Belo Horizonte (Existem mais coisas entre o céu e a terra...) - Logo quando vi a notícia achei que havia alguma coisa estranha. Eis que surge uma fonte de comparação. Em coluna no superesportes, o Ivan Drummond disse que o Minas gasta muito menos para manter seu Futsal e vive "incomodando" nos torneios que disputa.
Apesar de a reportagem dizer que havia dois atletas na seleção sub-20, a razão da existência de um departamento de Futsal seria manter um time que disputasse as principais competições do país nas principais categorias. O que não acontecia no Atlético. Não sei exatamente quando foi, mas há pelo menos 6, 7 anos o Galo não tem um time de Futsal "principal". O quê, então, justificaria um investimento de 524 mil reais em um departamento desses? Não se tem notícia de nenhum jogador que, nestes últimos anos, tenha saído do Futsal para o "campo", e isso derruba qualquer argumento indicando o Fustal como "seleiro" celeiro (valeu, Eliana!).
Assim, parece que o departamento extinto era, digamos, uma válvula de escape... Espero que a decisão do Kalil tenha sido acertada. Ao menos, é o que parece.
7 comentários:
Irei ser um pouco polêmico ao não concordar com você Jason e muito menos com decisão do Kalil. Nunca o futsal foi escola para se fazer atletas de gramados, claro que existem bons jogadores que passaram por quadras. A falta do Atlético participar da competição nacional é pelo fato da falha em alguma esfera administrativa que não consegue vender o CAM futsal como uma forma rentável e de respaldo econômico. Depois do BI campeonato em 1999 o atlético permaneceu por mais um ano e logo após se desfez de seu elenco. O que falta para o Atlético é uma infra estrutura mais ambiciosa. Sim! Eu sei que tudo está focado no Capital, na renda que pode ser gerado então vamos lá... A liga Futsal do Brasil "(...)foi criada em 1996 com o objetivo de incrementar e envolver os principais clubes brasileiros, que já tinham um calendário de competições, mas necessitavam de uma estrutura mais profissional para alavancar a modalidade no País." Bom logo no ano posterior adivinha o que acontecera? Isso mesmo o Atlético/Pax Minas se consagrava campeão. Ainda tendo como artilheiro da competição Vander Carioca. A final no Mineirinho foi de 16.685 Pagantes. Se o ingresso custasse R$10,00 Só nesse jogo arrecadaria R$166.850,00. No ano posterior, se não me falha a memória, foi o ano que o Galo lotou o Mineirinho onde ouve aquele auê de público pagante real, e nesse ano o Atlético terminou apenas na 6ª colocação. Agora me vem o presidente falar que vai cortar o orçamento de 524 mil porque o fustsal não participa de nenhuma competição, tenha dó. Poderia sim o CAM montar uma estrutura, nada exorbitante, para poder voltar as quadras e fazer receitas, pois sabemos nós que o futsal não é um investimento inválido, mas apenas mal administrado como todas as outras coisas que rotula-se CAM. A justificativa para cessar o Futsal seria, não temos envergadura moral para sustentar tal peso daí a necessidade de fecharmos o buteco. Gente Prestenção... Dá pra fazer!!!
Breno,
eu não disse que o Futsal já foi seleiro de atletas e sim que o fato de justamente não haver nenhum oriundo da modalidade desfaz qualquer argumento neste sentido (de o futsal ser seleiro).
Acho que o mais importante (ao menos foi o que motivou o post) foi os dados que o colunista deu sobre o Minas, este sim com um Futsal atuante desde muito tempo. A diferença do que é gasto pelo Minas para jogar, efetivamente, para o que era gasto no Galo só pela existência do departamento é de R$11 mil/mês. Muito significativa.
Assim, a lebre que "levantei" foi em relação à aplicabilidade da grana, melhor, à direção do investimento. Como o clube "investe" R$43 mil/mês num "time" que não joga (quiçá disputa) competições de sua natureza, sua razão de existir?
Portanto, ao menos por ora, apóio a decisão do Kalil. Já que não tínhamos time de salão, que não se invista dinheiro em fantasma.
(Tudo bem. Fantasma é radicalismo, pois a "base" do salão revelou dois jogadores para a seleção canarinha das quadras. Assim, o "investimento é, em partes - e muito pequenas - justificado. Mas a questão é: para onde iriam as revelações? Não há time de cima e, por conseguinte, não há como aproveitá-los. É isso.)
Pois é.
O Galo gastava o dobro do que gasta o Minas sem aparecer nem metade do que este último vinha aparecendo.
Ou seja, muito dinheiro jogado fora.
O futsal nunca foi e (parece) nunca será rentável como no campo. Mas traz bons frutos, nome, ajuda a inflar a paixão. O time bi campeão brasileiro e campeão mundial é claro exemplo disso.
Então não seria esperando retorno financeiro para custear o campo que o galo deveria investir no salão. Mas que o salão voltasse a ser grande e auto-sustentável, uma vez que seus custos também são menores.
Desfazer um setor que não funciona é válido. Time que não joga, existe pra que?
Mas ainda acho que o Kalil não fez o certo. Se o time não joga é porque tá mal cuidado. Talvez fosse mais interessante ele cuidar direito do futsal para que ele voltasse ao que era antes do que desfazer, esperando que um dia as coisas melhorem para começar de novo do zero...
É. Um dia...
Agora acho que é hora de cuidar das prioridades, pq a coisa tá feia e estamos no I d.c!
Aí, sim, depois cuidar de "expandir" a marca, como disse o Gus.
Insisto que, devido ao contexto, o Kalil fez bem. Ou será que fez o menos pior?
Pelo que foi dito e pelos não ditos concordo com a medida do Kalil.
Tabém concordo com a decisão do Kalil, era preciso cortar gastos para investir melhor no futebol de campo, este sim, atrai a massa mesmo quando o time está mal. Só uma pequena correção: o certo é 'celeiro', que ao pé da letra é lugar onde se guarda cereal, que deriva de Ceres, deusa da colheita, dos grãos...
Vou com o Breno neste trecho: «é pelo fato da falha em alguma esfera administrativa que não consegue vender o CAM futsal como uma forma rentável»
Na análise temos o Futsal da Pax(97-99) trazido pelo americano Zé Roberto, acolhido pelo Curi e comandado pelo Miltinho Ziller.
E o Futsal ziziano(07-ADC), permeado por conchavos [;)]com o club Recreativo, cujo manda-chuva é o Beto Bom de Bola.
O 2°, sim, além de não possuir uma Ktg Adulta; apropriou-se do sucesso do 1°.
Cabe suscitar que o estadista é indiretamente responsável pelo sucateamento da modalidade que ora fecha; visto que ele apoiara o Leôncio na Eleição 06.
E que o fechamento não é pra sempre. Desde que surjam patroc. p/ bancar integralmente, o Carijó tá aberto a voltar com a Máquina das Quadras.
Postar um comentário