quinta-feira, 31 de julho de 2008

666...


Belo Horizonte (... um tapa na orêia...) - Um tapa na orelha seria pouco. Tinha que bater na cara. Socar o nariz desses caras. E os politicamente corretos diriam "pô, violência e blá blá blá...". Blá blá o caralho! É preciso gritar na cara desses "césar prates" da vida. Francis e o restante dos incompententes que fingem jogar bola no time do galo.

A violência, claro, é simbólica. Socar o nariz do Márcio Araújo não vai fazer com que ele aprenda a dar passes certos. Não vai fazer com que o César Prates jogue bola, o Gedeon...

Neste exato momento que escrevo, escuto na Itatiaia que o Gallo foi demitido e o Alexandre Faria (que, a meu ver, deveria aproveitar a carona...) disse que acredita no Marcelo Oliveira e que "quem sabe é a hora de ele começar sua caminhada pra ser um grande treinador, no galo".
Em várias e várias conversas virtuais com o Gus e com o Beth, eu disse veementemente que o time não deveria contratar outro técnico para o lugar do Leão. Aí o tempo passa e as conversas também, comecei a achar que esse NÃO é o ano para o Marcelo. Como eu sempre disse nas conversas e no blog, o tal do Ano do Centenário tem um peso que não é possível de se imaginar e, tenho certeza, é, senão a causa, ao menos extremamente responsável pelos resultados que temos visto.

Não é hora de queimar o Marcelo. Traga o Tite, o Geninho (tá bom, adminto, estou de cabeça quente e a capacidade de discernimento está baixa...) de novo, qualquer merda dessas aí, porque a segunda divisão é certeira e aí, no ano que vem, na segundona, deixa o Marcelo trabalhar. Aí sim, vamos ver tanto que ele entende DO futebol do Galo. Enquanto isso, que se queime, mesmo, quem merece. Geninho, Tite, fracassados dessa estirpe...

Mas o time não é culpado, sozinho. O Gedeon num veio pra cá sozinho, né... E tem mais: a base do galo, que vinha ganhando tudo até pouco tempo atrás, já não é a mesma. Não se classificou para as finais da Taça BH de futebol júnior. Sintoma. Certamente. Sintoma.

E isso tudo é ódio catártico, por isso falei tão desgovernadamente assim.

Depois volto, com mais calma.

P.S.: Gus, o Júnior Brasil tá lendo o blog. Ele disse, durante a transmissão do jogo, que "o time do Galo beira a mediocridade". Exija seus direitos de copyright, royalties, sei lá o quê.

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Galo no divã: Atlético MG 2 x 1 Vitória

Praticamente 8.000 pessoas no mineirão. Esse pessoal não se emenda. Mais uma vez, o time não fez mais do que a obrigação. Aliás, como está difícil fazer a obrigação ultimamente. Coloco aqui uma observação, que já foi sinalada na imprensa, porém como um alerta. Se ao longo da semana, foi dito que o galo teria vencido os três times que subiram pra primeirona e que neste domingo era a chance de manter a supremacia vencendo o outro, quero reforçar que isso é alarmante! Um time que consegue vencer apenas equipes de 2ª divisão (sim, ipatinga e portuguesa SÃO equipes de segunda... enquanto coritiba e vitória ainda ESTÃO com esse status), com dificuldade e apenas no mineirão... algo está realmente muito errado. Seremos então, o 16° na tabela final?

Edson: Está se firmando, mantendo a segurança. Falta aprender saídas de bola.
Mariano: Cruza muito mal. Lateral direito tem a OBRIGAÇÃO de saber cruzar. Na defesa, não comprometeu*.
Calisto: Mesmo com muitos contras, ainda é melhor que o marginal que jogou na partida anterior.
Marcos: Continua lento trombador. Foi muito ao ataque armar jogadas (algo está errado...)
Vinícius: Pareceu um pouco atrapalhado mas não comprometeu*.
Serginho: Está na escolinha do Marcio Araujo. Individualista demais, mas não comprometeu*.
Francis: Não comprometeu*.
Gedeon: Mereceu o gol que fez e merecia os outros que perdeu. Vem tentando bastante, embora não seja sua função.
Petkovic: Ainda é o dono da bola. Quando sai, acaba meio time.
(Denílson): Pouco apareceu, mas não comprometeu*.
Marques: Teve alguns lampejos. Mas nem de longe é o titular da posição. (quem será?)
(Raphael Aguiar): Tem boa movimentação, mas ainda não tem nem ritmo nem entrosamento.
Eduardo: Ficou apagado naquilo que é sua função. Definir e criar condições para.
(Jael): Ótimo começo. No meio da área, sem goleiro, o centro avante chuta pra fora.
*Claro que não comprometeram. Com aquele timeco que o vitória apresentou, era difícil que a ruindade do galo superasse a dos baianos.

Ao jogo.
Ruim, péssimo, de doer os olhos. Isso tem virado rotina nas partidas do galo. (curioso é que nas duas partidas contra times grandes que o galo jogou bem, ainda assim não conseguiu vencer). O consolo - para a posição da equipe no campeonato, mas não para o amante do futebol - é que os adversários tem mostrado semelhante incompetência.
E assim foi, o galo sem criar e o vitória respondendo na mesma moeda. Algumas tentativas do Pet é que vez por outra animavam a equipe. Mas nada que enchesse os olhos ou fizesse qualquer dos quase 8000 torcedores acreditar que dali sairia alguma goleada. Foi apenas nos últimos minutoso do primeiro tempo que saiu um gol, que na verdade posso considerar um gol contra. Um cruzamento horroroso do mariano encontrou uma perna do zagueiro que tentando cortar o lance acabou mandando a bola em direção ao gol. Marques que não tinha nada com isso, só teve o trabalho de empurrar.
O segundo tempo parecia melhor. O galo foi mais pra cima, mas quando deixava buracos atrás, era como rever o filme de todo o campeonato: A qualquer momento sairia o(s) gol(s) do adversário. Felizmente eles eram tão ruins que não conseguiram. Antes disso, Gedeon que ha varias partidas tem insistido, acabou conseguindo marcar o seu. Merecidamente.
Daí em diante, o jogo continuou feio, mas pelo menos estava nas mãos do galo. E era hora de reverter aquele saldo negativo adquirido contra o botafogo na última rodada. Pra variar, não aproveitamos.
Como se não bastasse, uma falha absurda da zaga - o marcos dava condição para o atacante e ficou parado pedindo impedimento - culminou no gol adversário. Não foi apenas ficar parado... ele não acompanhou também o zagueiro que estava no meio da área. Pois, no primeiro chute, Édson havia feito uma belíssima defesa a queima roupa. No rebote, a bola foi pro meio da área, onde deveria estar nosso zagueiro. Porém ela encontrou apenas o atacante marcou o gol do vitória. O único, pra nossa sorte.
É, hoje em dia, mesmo quando as coisas dão certo, temos que creditar ae uma porcentagem pra sorte. Quando ela não nos acompanha, já sabemos o que acontece.
Se dependermos apenas desse time aí, vamos esperar o segundo turno para ganhar daqueles timinhos de segunda.
E que a sorte também esteja presente no fim do campeonato, para que não sejamos nós apenas mais um desses timinhos de segunda.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Galo no divã: Botafogo 4 x 0 Atlético MG

"Aqui na terra tão jogando futebol. Tem muito samba, muito choro e rock and roll. Uns dias chove, noutros dias bate sol. Mas o que eu quero é lhe dizer que a coisa aqui tá preta"(Chico). Meu caro amigo Atleticano. O chico tem razão. A coisa aqui tá muito mais que preta! Era pra estar preta e branca, mas está muito preta mesmo. Ele só errou em uma coisa: Aqui na terra - do galo - NÃO tão jogando futebol.
Não há mais tolerância:
Édson: Poderia ser pior se ele não estivesse bem.
Marcos: Peladeiro. Não sabe marcar nem roubar bola. Só o faz quando tromba.
Vinícius: Está começando a se render à ruindade coletiva. Mas ainda tem crédito.
Mariano: Péssimo.
César Prates: Na minha terra eu chamaria de Marginal. E explicarei o porquê mais tarde.
Serginho: Medíocre.
Márcio Araújo: Alguém me empresta um fuzil AR-15?
Francis: Jogaria bem no time do Venda Nova.
(Yuri): Não fez nada. Aliás, fez merda. e também explicarei mais tarde.
Gedeon: Tentou muito. Onde faltou técnica, sobrou disposição. Mas não adiantou.
Eduardo: Completamente perdido em campo. De ja vu?
(Calisto): Lateral esquerdo entra no lugar de atacante pra ocupar sua vaga que era do lateral direita que foi expulso. Adilson Batista?
Renan Oliveira: Um pouco de qualidade. E só. Sem experiência, sem gana, sem posicionamento.
(Marques): Só tinha experiência. Prefiro a qualidade do Renan.

Medíocre. não só o time. Mas o treinador (que vinha sendo poupado por mim mesmo) e principalmente a famigerada diretoria. Que sequer tem dado as caras. Como é de costume no mundo podre que ajudaram a construir. Medíocre também é o futebol brasileiro que ontem proporcionou um show de horrores no engenhão. Dois times péssimos. Assistir ao torneio de futsal amador na minha cidade teria sido mais emocionante. Medíocre é a imprensa (que está sendo poupada no blog por falta de tempo) e que sempre vê um jogo e um time diferente do que os torcedores lúcidos vêem.

1° Tempo bizarro. Gol logo de cara, em uma jogada ridícula de um time igualmente ridículo. Mas o galo, de tão medíocre, aceitou. E não fizeram mais nada no jogo. Até que aos 40 min. as duas equipes ameaçaram fazer jogadas dignas de uma partida de 2ª divisão (é, antes estava pior). Porém o tempo acabou.
2° Tempo. O Gallo faz alterações que comprometeram ainda mais o time. Houve até tentativas de ir ao ataque, mas a desorganização, ineficiência, ruindade e burrice imperaram. Deu o óbvio. Botafogo 2 x 0. Não satisfeitos com isso, o galo perde(?) dois jogadores (?) e o Botafogo aproveita. Toca de lado, pois não tem muita criatividade e técnica também. E na fragilidade amplia o placar, a derrota e a vergonha do alvinegro mineiro.

No reino da mediocridade destacam-se alguns:
César prates. Conseguiu fazer um pênalti aos 30 segundos de jogo (e eu ainda nem tinha ligado a TV). Mais tarde foi expulso. Afinal, onde estão os comandantes? Na minha terra eu chamaria esse tipo de Marginal, aquele que vai na pelada para intimidar os demais, não pelo futebol, mas pela disposição que têm para atrapalhar o prazer dos colegas. Aquele que bate se for preciso, que toca a bola pro adversário, só pra mostrar que faz o que bem quer. Não foi só a indisciplina que destacou o garoto de 3.6, mas todo o conjunto de passes errados, arrancadas mal feitas, marcação ineficiente, e muita... muita burrice!
Yuri. Quando foi expulso em uma falta desqualificante, um comentarista disse. É jovem, tem 18 anos, ainda tem o que aprender. É jovem, mas está em um TIME PROFISSIONAL. Será que não sabe as regras do jogo? Isso é o mínimo. Carrinho por trás é vermelho mesmo. E onde está a punição?
Tolerância zero sim!

Educação se aprende em casa. Limites se aprende em casa. Referência, trazemos de casa. Toda criança sabe que não faz bem pra saúde fumar. Mas não é raro vermos um garoto de 5 anos enfrentar o pai, dizendo que irá fumar porque este também o faz.
Quem é a diretoria do galo pra punir alguém?
Com quem os jogadores (os da base) irão aprender algo de bom, se não tem referência? (É, Marcelo Oliveira... e te colocaram pra fora outra vez...)
Quem punirá os velhos, experientes e irresponsáveis, marginais, que cometem crimes contra a nação atleticana, se foram contratados por outros que cometem crimes ainda piores?
Quem punirá?
Não tenho resposta, Meus caros amigos. Só sei que os punidos, no fim das contas somos nós. Afinal.. "Muita mutreta pra levar a situação. Que a gente vai levando de teimoso e de pirraça. E a gente vai tomando e também sem a cachaça. Ninguém segura esse rojão".

quarta-feira, 23 de julho de 2008

VTBCC!

Somos um bando de putas. Atleticanos, somos um bando de putas. Fato.

Mas, jogadores, recado: nós temos tolerado ruindade; nós temos tolerado desatenção; nós temos telerado falta de gols; nós temos tolerado incompetência. Mas, vou gritar pra ver se fica claro: NÓS NÃO TOLERAMOS COVARDIA!!!! Nós não toleramos filha-da-puta (tem hífen?) nenhum querendo fuder o time. César Prates, vá à merda! Leve contigo Márcio Araújo, Mariano, Francis, Calisto, Amaral, Marcos e a mula do Gallo!

Gustavo, peço perdão por adiantar a resenha e peço que, por isso, não desista de fazer o "Galo no divã" (tá precisando, mais do que nunca).

O César Prates decidiu que iria avacalhar o jogo e, o pior, o time todo comprou essa idéia. Repito: NÓS NÃO ACEITAMOS COVARDIA! Falta de competência pode ser superada com vontade, disposição e vergonha na cara. Mediocridade e falta de respeito NÓS NÃO ACEITAMOS!

O time do Botafogo, igualmente ridículo, senão pior, pedia encarecidamente uma goleada e, esses covardes medíocres não aceitaram "a proposta" do adversário.

Bicho, mais não falo. Esse time não merece meu ódio.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Galo no divã: Atlético MG 3 x 2 Coritiba

Trinta minutos do primeiro tempo. O placar apontava zero a zero. Com alguns passes errados dentro de campo, a torcida começa a vaiar o time do Flamengo. Qual é o nível de tolerância dessa torcida, cujo time ainda é o líder do brasileirão, tem feito uma campanha muito boa e tem um time bem armado?
Volto a citar nosso amigo Herbert e a concordar com ele que as vaias não são nada agradáveis e, se for pra ir ao estádio e vaiar, é melhor não ir. Pois bem. As torcidas organizadas do Galo abraçaram a iniciativa de alguns torcedores para não ir a campo. "Time medíocre, público zero". Protesto para esvaziar o mineirão (por dentro) não entrar, não colocar faixas e mostrar o quanto toda tolerância tem limite. (lembrando aqui o comentário de Eliana na última resenha).
Assim, todo torcedor, de organizada ou não, foi chamado a participar do protesto, não entrar no mineirão e, se possível, protestar do lado de fora do gigante da pampulha, abraçando-o simbolicamente no começo da partida.
Como já tenho feito isso, de não ir ao mineirão, e agora morando fora de BH já não iria mesmo, aderi ao protesto não assistindo e nem ouvindo o jogo. Não sei como foi, a não ser pelo pouco que li na internet. E, sinceramente, nem quero saber.
O resumo da partida pra mim é o seguinte: Não fez mais do que a obrigação. Não me venham com papo heróico de que o time virou um placar adverso. Ainda assim não fez mais que a obrigação. Se tomou dois gols estúpidos, nada mais lógico do que corrigir a estupidez. Pelo menos, dessa vez conseguiram.
Vencer é sempre bom, afinal, 'esse é o nosso ideal'. Mas pra honrar o nome de Minas, ainda falta muito! Ainda tem um longo caminho pela frente.
Contudo, ainda fiquei de alguma forma decepcionado. 6500 pagantes pra mim foi muito, muito para uma torcida carente, muito para quem quer protestar, muito pra quem se diz insatisfeito. E desejo que não aconteça como sempre na torcida atleticana, que acostumou-se a contentar com pouco.
Essa vitória NÃO foi suficiente para minimizar os motivos do nosso protesto. Protestemos sim, e mais e mais! Continuemos não enchendo o estádio, enquanto não tivermos retorno disto (motivo para ver o galo é nossa paixão, e isso sempre teremos, mas precisamos de um retorno de dentro de campo e de dentro das salas da sede de Lourdes).
A minha tolerância está lá em baixo. Não serei comprado com uma vitória sofrida contra um time mediano.
E a sua?

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Galo no Divã: Internacional 1 x 0 Atlético MG

Assisti apenas ao primeiro tempo e começo do segundo e, mesmo assim de longe. Seria já um sintoma do que está por vir?
Como não acompanhei toda a partida, deixo as observações individuais para quem o fez.
O que vi foi mais do que aquele timeco ruim de que sempre tenho falado. Mais do que laterais que não sabem cruzar, meias que não sabem armar e atacantes que não sabem definir.
Foi um grupo completamente frágil.
Concordo com o Jason quando ele diz que o Gallo tem dado uma melhor uniformidade e condição de grupo para o time, e que isso tem ajudado.
É verdade. Tem ajudado o time a não passar vexames maiores, porque até fez algumas boas partidas. Mas a ruindade coletiva se coloca visível nessa fragilidade. O time tá jogando junto, bem armado, o treinador vem acertando em grande parte das alterações. Mas não basta. Porque tecnicamente os jogadores são de medianos pra baixo. E o que sobra é isso.
Uma zaga que não tem a menor noção de como cortar um cruzamento e deixa o Nilmar(!!!) livre pra cabecear...
O ataque completamente inoperante que não aproveita o pouco que vem do meio...
Foi duro constatar que a verdade é pior do que o que o próprio gallo ja sabe. Se não for 100% de doação do time, como ele disse, o time empataria.
Eu já penso que se o time se doar 100% ainda terá que contar com a sorte. Sorte esta que também tem nos faltado.
Com o que poderemos contar?
Não podemos contar há muito tempo com a diretoria.
Então, pra vocês, Diretoria, não contem conosco - torcida - nos próximos domingos no mineirão!

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Galo no Divã: Cruzeiro 2 x 1 Atlético MG

Motivos para comemorar é o que não faltava. Afinal, ontem foi dia mundial do rock! Havia muito o que fazer para celebrar este dia. Mas, como não podia deixar de ser, o coração de puta pendeu pro outro lado e mais uma vez me vi de frente à TV assistindo a um espetáculo de horrores.
Edson: Não teve culpa. Aliás, respondeu muito bem no primeiro tempo quando foi exigido.
Vinícius: Mais uma vez, foi o melhor. Mas...
Marcos: Não comprometeu tanto quanto das outras vezes, mas junto com o vinícius, acabaram falhando justo no momento que não podia.
Mariano: Hã?
César Prates: Começou muito mal, mas depois melhorou e se manteve regular.
Renan: Não entrou em campo.
Márcio Araújo: Continua prendendo muito a bola. Só fez número em campo.
Serginho: Parecia assustado com o jogo. Não apareceu.
Petkovic: Não produziu, mas não acho que deveria ter saído, pois vez por outra acaba sendo o único capaz de um bom chute, passe, lançamento, etc.
Danilinho: Quando ficava em sua posição, deu trabalho. Mas em alguns momentos da partida, ficava na área, o que não é a dele (apesar do gol). Jogou melhor do que nos últimos jogos, mas os defeitos são os mesmos de sempre.
Eduardo: Também parece que se assustou. Não teve a mesma pegada e garra das outras partidas. Sabe-se que técnica ele não tem mesmo. Então, faltou o algo a mais.
Marques: Já passou da hora. Não era pra entrar. Principalmente no lugar do Pet. Se for pra deixar um velho em campo, que seja o Pet.
Castillo: Castigo. Cadê o renanzim? (não é atacante, mas poderia ter outra armação).
Almir: Deveria ter entrado antes, e fazendo o esquema que foi feito pra entrada do Castillo. Talvez com mais tempo tivesse produzido mais.

Venceu o menos pior. Se fosse qualquer jogo, teria dado simplesmente a lógica. O time pior perde. Mas não é um jogo qualquer. Clássico não é jogo qualquer e o brasileirão não é um campeonato qualquer.
E também não foi uma derrota qualquer. Foi perder para o arqui-rival após outras 6 partidas sem conseguir um triunfo sequer. E também foi completar a quinta partida sem vencer no brasileirão, sendo a terceira no mineirão. E daí que os outros adversários eram da prateleira de cima? O Sr. Presidente não gosta de dizer que o Galo é melhor que 80% dos times? Então tinha por obrigação vencê-los também (e oportunidades não faltaram).
O começo do jogo me lembrou a primeira partida das finais do Mineiro deste ano. Seria um massacre. Isto não aconteceu porque o time das marias é muito feio. E aos poucos o galo percebeu isso e equilibrou o jogo. Mas com um time muito feio também.
Daí em diante, foi um show de lances perdidos. Cada time torcendo para que o adversário fizesse logo um gol. Até que, de que não se esperava, saiu um. Daí, três minutos depois, a zaga do galo consegue devolver a gentileza.
O segundo tempo foi mais frio, mas continuou com esse estilo. "Faz o gol aí, adversário". "Não, faz você". E as marias fizeram.. no final.

Na madrugada vi aquele programa da Alterosa com os caras da itatiaia. Alguém que não me lembro, falou que o Gallo disse essa semana que se o time for 99%, empata. Que se não der tudo de si, não tem jeito.
No fim da minha última resenha, eu disse que a função dele seria tirar leite de pedra. E ele já demonstrou que sabe disso. Por isso tenho poupado o treinador das críticas mais ácidas. Contudo, ontem ele mexeu mal. Não dá mais pro Marques. E o Pet, por pior que esteja, sempre pode fazer algo mais útil do que os demais. O Castillo já não deveria ser mais usado. Vamos procurar alguém na base (não para ser o salvador, mas para ser alguém para se investir). O Almir é mais atrevido, e a zaga das marias tentou entregar o jogo várias vezes. Por que ele não entrou antes?

De qualquer forma, o que aconteceu ontem, foi só mais um capítulo da novela mexicana dirigida pelo Sr. ZICA. (por falar em mexicano, ainda trouxeram um reserva de lá).
O duro é saber que essa novela está só na metade. E que no final, quem morre - de raiva, de ódio, de tristeza - é o torcedor.
Mas eu continuo torcendo:
- para que o presidente e o diretor morram o quanto antes.
- para que o Gallo tenha alguma luz e consiga buscar alguém na base pra ajudar no trabalho.
- contra os vários times que estão lá em baixo continuem lutando pra cair (porque tem mais gente além do galo que quer a segundona)
- contra o vento...

sábado, 12 de julho de 2008

Que seja pelo elenco.

Belo Horizonte ("Minha atitude mais rock ´n roll é ter barriga" - Ricardo, do The Presleys. Apoiado, companheiro!) - O diretor de futebol do galo, em entrevista ao portal superesportes disse que a contratação do meia-armador Lenílson era um sonho antigo. Já trabalhou com ele no América.

Bom, sinceramente, não tenho muito a dizer sobre a condição técnica desse jogador. Não me lembro muito bem de suas atuações pelo São Paulo, time pelo qual jogou em 2006 e 2007. As informações da reportagem dizem que ele esteve mais no banco do que entrando como jogador titular, tanto no São Paulo quanto no time mexicano que estava defendendo.

A necessidade de se qualificar o elenco é inegável. O campeonato é longo e nós já estamos mais do que cançados de saber que time (11) só é pouco pra disputar 7 meses de competição - ainda mais esse ano, que tem a sulamericana - e é preciso ter "peças de reposição", como gostam de dizer os comentaristas de futebol.

Entretanto, a impressão que tenho é que a necessidade imediata do elenco é de atacante de qualidade. Nego bom de bola (ô gus, o genin foi e o vanderlei foi atrás. Prova que oc não estava errado), que tenha condições de fazer como o Pet - que, admito, tem queimado minha língua, ainda que em fogo brando...- ou seja, chegar, matar a responsa no peito e jogar bola.

(Por falar em Pet, em entrevista ao bola na área, da TV Alterosa: "Se as três ou quatro assistências que faço por jogo fossem aproveitadas, com certeza estaríamos em melhor situação na tabela". Pois é...)

Pelo fato de o Lenílson ser um armador, estou pensando acá que tem o Tchô aí né, querendo mostrar futebol...

Mas, prefiro pensar na contratação como uma oportunidade de se reforçar o elenco, que urge por um matador.

Ô saudade do Guilherme...

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Vai dar merda

Belo Horizonte (Parabéns, Bruno!) - Quando a gente fala em profissionalização do futebol do Galo, nós não temos a intenção de sermos chatos, nem de ficar pegando no pé, pura e simplesmente para deleite nosso. É para o bem dessa instituição que tanto gostamos.

Quando falamos que é preciso ter na administração de um clube de futebol que almeja status de empresa pessoas com mentalidade compatível com tal status é para se evitar estes tipos de estupidez!

Muitos torcedores ficam emputecidos com as declarações do idiota do Zezé mas, pensem, a diretoria pede, meu Deus! Os caras ficam dando motivo pra ele dizer esse monte de merda, com razão.

É claro que há muita coisa mal contada e que, devido a isso, não há como saber pra onde pende a verdade. Mas o que fica claro é que falta profissionalismo na administração do Galo. Faltava quando o Paulino e o Cury afundaram o clube. Continua faltando agora, mesmo quando há indícios de mudanças. Sem esta reestruturação é impossível fazer com que nos tornemos um Clube saudável esportiva e administrativamente. Impossível!

O Itair, que não é trouxa, já está cuidando na justiça para que sua conta bancária engorde (mais) um pouquinho. Eu só quero ver como é que o caso vai ser tratado pela diretoria. Só quero ver se o Clube vai ser responsabilizado pela idiotice de um babaca que fala merda no rádio sem pensar minimamente nas consequências. Acéfalo!, diria o Levir. Aliás, foi por uma dessas que o Ramon mamou uma grana da diretoria. Devia ter ido pra conta do Levir.

Essa não deve ir, de maneira alguma, pra conta do Clube.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Galo no divã: Atlético MG 1 x 1 Flamengo

Paulo César de Oliveira, o árbitro. Quando vi isso ontem à tarde, já imaginava que seria mais uma daquelas palhaçadas. O cara é ruim mesmo. Mas, como tem ocorrido neste campeonato brasileiro, o juiz NÃO influenciou na história do jogo. Pois é, né, galo. Mais uma vez tropeçou na própria incompetência.
Edson: Está melhorando. Bom sinal.
Mariano: Jogou mal e só acertou 1 cruzamento. (ouvi no bar alguém dizer que ele falou que isso não é o forte dele). Então vai jogá de voltante, p****!
Marcos: Ainda lento, pesado. Só chega no adversário fazendo falta. Como centro-avante, salvou a pátria.
Vinícius: Continua sendo o melhor do setor defensivo. Sem contar que mostrou uma raça danada.
Amaral: Não esteve em campo. Só apareceu na hora de sair.
Renan: Onde está o Rafael Miranda?
Serginho: Péssimo primeiro tempo. Errou todos os passes, não marcou nada. Melhorou no segundo e ajudou um pouco a equipe, mandou bola na trave (esse foi azar mesmo heim... ô zica!).
Márcio Araújo: Também não entrou em campo. Quando aparecia era pra prender bola ou errar passes.
Petkovic: Acho que ele também já perdeu a paciência. Mas nesse caso, foi mal negócio. Porque várias vezes tentou resolver sozinho. E não tem mais físico pra isso.
Danilinho: Chegou a hora de comer banco um pouco. Pra ver se resolve treinar chutes a gol e parar de querer driblar 3 na entrada da área.
Eduardo: Não jogou mal, mas muitas vezes se deslocou do meio da área para as pontas, para fazer alguma jogada que os laterais é que deveriam fazer. Aí prejudicou o ataque, que ficou sem referência na área.
Casillo: Castigo (não me cansarei de repetir)
Élton: Entrou bem, em um momento que o time estava melhorando.
Rafael Aguiar: Deveria ter entrado antes, quando entrou o 'Castigo'. E quando entrou, era melhor ter entrado no lugar do Castigo e não do Eduardo. Enfim, não comprometeu, e também não teve muito espaço para aparecer ainda.

Jogo estranho. Pelo andar das coisas, no primeiro tempo, achei realmente que seria outra lavada daquelas. Marcinho estava deitando e rolando em cima da zaga completamente bagunçada. As laterais não funcionavam, o meio se enrolando com a bola e o ataque, como de praxe, não fazia nada. O time entra no 4-4-2. Bom sinal? Que nada. Se ele acerta em voltar com 2 zagueiros, erra feio ao escalar DE NOVO o Danilinho como atacante. E ele mostrou DE NOVO que não é. Assim fica difícil. Já que ele não abre mão do Danilinho e sabe que o galo não tem outro atacante (até que o Rafael Aguiar prove o contrário), não seria melhor utilizar o 4-5-1? É vergonhoso, entrar com apenas um atacante? Não quando você SÓ tem um. Não quando você acha que seus meias são bons a ponto de não poderem ficar no banco. Não quando você sabe treinar e fazer sua tática funcionar de acordo com as características do time (salve, luxa!). Pois bem. Se tem o Pet, Márcio Araújo (que é bom mas tá pisando na bola), Danilinho, Renanzim, Almir e daqui a pouco o Tchô, porquê não 'encher' o time de meias e prepará-lo para jogar nesse esquema?
Jogadores como Danilinho e Marques(que so da pra contar com ele uma vez ou outra) fariam bem o papel de ir nas pontas (coisa que os laterais têm demonstrado não saber fazer) e caras como o Pet poderiam ficar na sobra.
E isso rende assunto. Ontem, as bolas espirraram na área do flamengo e sempre sobravam pra ninguém. Não tinha uma alma alvinegra na entrada da área pra pegar o rebote e mandar para o gol. Falta de jogador não era, porque o galo também tinha 11 em campo.
Aliás, o gol saiu em uma dessas. Porém, a bola espirrou foi pra dentro da área mesmo, onde o Marcos estava bem posicionado e marcou. Impressionante como os zagueiros (Leandro, Marcos e Vinícius) têm feito isso muito melhor que os atacantes.
Depois disso foi uma série de gols perdidos de um galo que pressionava o líder do campeonato (que já não se portava como tal). Aí faltou sorte na bola do Serginho. E de resto, faltou competência mesmo. Faltou a presença de atacante que decide, de lateral que cruza, de meia que pega rebote, de time que joga com o coração. Tiveram esforço, mas se curvaram diante das próprias limitações.
Cabe ao Gallo agora tentar fazê-los superar.
De tudo fica ainda algo de positivo.
O Galo de Geninho, perdia porque o Geninho é uma mula, horroroso, péssimo de tudo (vocês viram ontem né?). O Galo do Gallo perde (empata) porque o time é realmente fraco. A missão do Gallo vai ser tirar leite de pedra. Como fez o Leão.



quarta-feira, 9 de julho de 2008

Até agora...

Belo Horizonte (Blogadinha rapidinha) - Vocês me respondam, por favor: por quê, meu Deus, o cara já não entrou sem o amaral?

Danilinho, Renan, Mariano, Márcio Araújo, Serginho... Ninguém em campo, até agora.
Vou dormir, porque amanhã é dia de labuta e, do jeito que as coisas estão indo...

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Galo no divã: Atlético MG 1 x 1 Palmeiras

Os 3 pontos mais fáceis que foram jogados fora esse ano. 2005 também foi assim. Inúmeros empates e uma série de oportunidades perdidas dentro de casa. E ainda há gente que me chame de pessimista quando comparo esses dois times. A segundona está aí. Tudo bem que há muita concorrência, tem muito time feio querendo ir pra lá. Mas o Galo tá na briga pra cair!
Edson: Parece mais seguro, até mesmo nas vezes que (quase) falhou.
Vinícius: Tomou um racha na cabeça e saiu.
Welton: Não comprometeu, mas ainda ficaria mais seguro com aquele que foi substituído.
Marcos: Ainda está muito lento. Entra muito errado nas jogadas e faz falta demais.
Mariano: Causou boa impressão. (Além de não ser velho e machucado). Assim, tenho esperança.
César Prates: Vinha jogando bem. Mas, peraí. Brasileirão não é ranca (embora seja esse o futebol do galo). Tomar 2° cartão amarelo por chutar a bola pra longe é coisa de amador.
Renan: Deve estar com crise de identidade. Não deu conta da lateral. Na sua função normal, também não deu. Além do pênalti. O cara que adora chutar forte querer bater daquele jeito, contra oMARCOS? ele não assiste futebol?
Serginho: Estou vendo ele como um márcio araújo melhorado.
Márcio Araújo: Estou vendo ele como um márcio araújo piorado.
Danilinho: Minha paciência já se esgotou. Ou sai da área e vira meia de uma vez ou sai do time. Atacante que não chuta tem que morrer.
Eduardo: Esse chuta. Jogou bem, fez gol, sofreu penalti, mandou bola na trave. Mas eu sempre fui contra ele como titular (nunca falei isso aqui não, mas...). Isso porque ele é novo. E o time do galo é muito feio. Temo que ele seja queimado por causa do time. Vamos ver..
Castillo: Castiggo
Rafael Aguiar e Elton entraram no 2° tempo e nada acrescentaram.

O galo jogou um bom primeiro tempo. Mas algumas coisas deveriam estar claras na cabeça de algumas figuras. O gallo ja deve ter percebido que o danilinho é medroso e não chuta no gol. Por que não mudou ele de posição ou o 'ensinou' a chutar? Comprometeu muito o ataque do galo. Nessas horas eu vejo o quanto o marques e o pet bichados são melhores que ele.
O time tem um atacante que chuta, cabeceia, faz gol, etc. E coloca um volante que chuta forte pra bater penalti fraco... Alguém entende isso? Será que com o resultado final alguém percebeu o tanto que faz falta um gol perdido?
Quando começou o segundo tempo, meu medo era um só. O galo ja não estava tão bem. E do outro lado, tinha o Luxa. Mesmo com o time todo desfalcado, o cara não é bobo né. Tanto é que pos o time pro ataque e acabaram empatando. Quem são os responsáveis?
Como diria o Dodô (ex futura contratação de peso): "Pergunte a quem jogou".

sábado, 5 de julho de 2008

Finalmente minha promessa deu em algo!

Acho que agora estarei liberado para voltar ao mineirão!
Depois de ter feito minha promessa de que não voltaria lá para ver um certo perna de pau em campo, parece que to liberado!
Se bem que tem mais gente querendo me ver longe de lá viu....
"me dê motivos... pra NÃO ir embora..."

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Onde há fumaça...

Belo Horizonte (Napalm?) - Não assisti à ESPN ontem, mas o Dolabela disse que tá certo.

Pois é, tava falando agora a pouco sobre uma entrevista que l ide um suposto "pega-pá-capá" que rolô no vestiário do Flu, ontem, depois do jogo.

Sei não...

terça-feira, 1 de julho de 2008

O mal-estar na Cultura[1] Atleticana

Parto do que o Jason postou "A diretoria pro divã: Por que não?". E antes que comecem as acusações, defendendo-me logo. Afinal, lanço comentários acerca de 100 anos de história, dos quais vivi apenas ¼. Sobre os outros 75 apenas sei o que foi me contado e o que li a respeito – e que confesso, nem foi tanto assim.

De qualquer forma, é notório que a administração alvinegra sofre de uma prostração incomensurável e que dura já não sei quantos anos. E não é de hoje que a imprensa traz notas sobre os desentendimentos que acontecem na cúpula atleticana. Aliás, muito me admira que esses fatos cheguem à mídia. Ou não aprenderam ainda que roupa suja se lava em casa?

O fato é que existe um mal-estar. Sabemos, como diria Freud, que a maior fonte de sofrimento do ser humano provém das relações com os próprios seres da mesma espécie. Sabemos também que 'sofrimento' é um dos sobrenomes do Clube Atlético Mineiro.

Um dos últimos capítulos dessa vertente do sofrimento atleticano foi protagonizada pelo presidente e pelo ex-diretor de futebol no caso da contratação do atual treinador. No fim das contas, trocou-se o diretor de futebol. Embora a presidência tenha dito que isso NÃO aconteceu pelas divergências na citada negociação, temos vários motivos para não acreditar nisso. Indiferente de quem esteja com a verdade nesse caso, é fato que aí está instaurado outro mal-estar.

E de quem é a culpa? De certa forma é curioso fazer esta pergunta, tendo em vista que não acredito que a CULPA seja de um ou de outro, mas que TODOS têm RESPONSABILIDADE nisso que ocorre. Não posso deixar de lembrar, contudo, como Freud, que a culpa é um dos mecanismos que a sociedade organizou para manter uma certa ordem. Mas não a culpa que um atribui ao outro, mas a culpa que já é internalizada. A culpa que é sentida mesmo sem cometer um suposto ato de infração. Há uma Lei social estabelecida – na psicanálise, o mito edipiano é o que instaura a lei. E a lei é o que determina sanções, mas abre outras possibilidades. Trocando em miúdos: Internalizando a lei, a pessoa já se sente compelida a cumpri-la e, só de pensar em seguir o rumo contrário, aparece o sentimento de culpa.

Sendo este um dos temas do Mal-estar freudiano, nada melhor do que usar disso também para falar do nosso. Mas, em que medida essa culpa se insere na realidade alivnegra? Ora, parece-me que algo está faltando na organização ética e legal no comando da instituição Clube Atlético Mineiro. Mataram o pai da horda e esqueceu-se de colocar um símbolo no lugar[2]. (Ou, seria o Elias Kalil, ao que me consta, esse último símbolo?). Qual é a lei, o símbolo, introjetado no inconsciente do comando atleticano que o leva a responsabilizar-se eticamente pelo Galo? E ao menos sentir culpa, se for preciso? Temo que no momento não exista.

O que sobra dessa falta de referência e compromisso com a instituição Clube Atlético Mineiro é uma nação de apaixonados que convivem diariamente com outro tipo de conflito. Se a relação com o outro é a causa da maior parte do sofrimento humano, o sujeito consigo mesmo já deve se haver com outros embates. Um deles, também tratado por Freud é o do id x superego.

Na segunda tópica freudiana, o aparelho psíquico é descrito de maneira dinâmica, com instâncias que o estruturam. São o id – Instância com forte carga de pulsões, inconsciente. A Reserva de energia psíquica. O ego (eu) funciona como organizador dessas pulsões, na medida em que deve se estabelecer em um meio termo entre as exigências do id e as do superego. Este, por sua vez, se apresenta como uma instância crítica que incide com muita força sobre o ego(eu), em nome da lei social introjetada.

Pode-se dizer, pois, que id x superego, grosso modo é o conflito entre os prazeres inconscientes e o que a sociedade determina. Freud trata do tema como o conflito Princípio do Prazer x Princípio Realidade.

Pelas freqüentes manifestações da torcida atleticana, seja apoiando o galo na reta final de 2005, seja quebrando recordes de público em 2006, seja nos protestos no ano do centenário, como a lavagem da sede no dia de ontem (só pra citar algo mais recente), cada vez mais estou convencido de que a paixão atleticana está com os dois pés grudada no princípio do prazer. Sim, é algo completamente inconsciente, pulsional, irracional, visceral. Desmedido, sem sentido, sem explicação e com fervor. Esta é pra mim a paixão atleticana.

Disse em outro tópico que, diferentemente do senso comum, acredito que paixão tem limite sim. E esse limite é a realidade. O limite onde cada um deve abrir mão de uma cota de prazer desmedido, atribuir um sentido ao que está acontecendo e ceder à realidade. Os orientais sabem disso. É o famoso caminho do meio. Não custa dizer que esse conflito Prazer x Realidade também é uma fonte de mal estar na cultura atleticana. Dessa vez, explicitamente nos torcedores. Quem é o vencedor? No caso, tem sido o princípio do prazer que, inconsciente e desmedido, traz consigo o gozo. O sem sentido que freqüentemente traz consigo o sofrimento que o atleticano tanto conhece. Qual o caminho do meio? Como disse antes, cabe ao ego(eu) organizar o conflito. Essa instância é aquela com a qual o sujeito se reconhece. Assim, se é o ‘eu’ quem pode orientar-se para a realidade, pergunto mais uma vez, torcedor atleticano: Qual a parte que lhe cabe neste latifúndio?



[1] Alusão ao livro Mal-estar na Cultura – Sigmund Freud.

[2] Totem e Tabu. Sigmund Freud.

Apoiados, companheiros!

Belo Horizonte (incoerência é a palavra) - O pessoal do Revolução Atleticana comandou a manifestação na sede do Galo, ontem. Achei muito interessante o que disse o Luiz Gomes, "um dos idealizadores do movimento".

Ele conseguiu resumir sensacionalmente bem o que vimos dizendo aqui, desde de a criação do ECE. Os dois últimos parágrafos da reportagem esclarecem muito da opinião e do propósito do movimento, que já conta com o apoio do ECE. Vejam que aparece, também lá, a palavra "mágica" incoerência, que temos escrito muito aqui.

"O problema do Atlético é estrutural", "a diretoria está fragmentada e sem rumo", "e isso se reflete cada vez mais em campo" são algumas frases que tocam o cerne da questão.

Será?

Belo Horizonte (Yo no creo em brujas...) - Sairam as datas dos jogos contra o Botafogo pela Sulamericana (num tem hífen não?). O primeiro jogo será no engenhão e, a "decisão", aqui no terreiro do galo.

Será que desta vez vai? As outra duas decisões contra o Bota foram lá. Quem sabe agente leva, né!?!?

Superstição pura...