(como diria o Bóris, velhão, Isto é uma vergonha!)
Obsceno. No Houaiss, dentre outras coisas, aponta que na linguagem corrente é aquilo de ‘aspecto frio ou horroroso’, que se deve evitar ou esconder. É uma adjetivo que denota obscenidade. Obscenidade é o caráter do que, por sua inconveniência não está de acordo com as regras do decoro; caráter do que é chocante. Decoro, por sua vez, no mesmo ‘pai dos burros’ diz da postura requerida para exercer qualquer cargo ou função, pública ou não.
Em alguma discussão em sala de aula, foi trazido pela professora o tema do obsceno, trabalhado por um psicanalista de quem (pra variar) não me lembro o nome. Obsceno é aquilo que está fora da cena. Ou deveria estar. É o que não deve aparecer, permanece por trás das cortinas enquanto a cena se desenrola no palco. Por trás, apenas a fantasia.
Pois não pensemos que esta coisa de arbitragem é desculpa de perdedor ou Fantasia de atleticano. Não é. É coisa obscena mesmo. Aquele que não deveria aparecer, a lei a ser seguida ou mesmo transgredida não entra no jogo como ator principal. A cena do futebol foi feita para ser atuada pelos atletas. Mas vez por outra, os árbitros têm insistido nesta impostura, nesta falta de decoro, na obscenidade de aparecer onde não devem. E provocar o horror de nos obrigar a assistir algo muito diferente do que nosso eu está disposto a suportar.
Na verdade, os palhaços também atuam no palco... (Foto: Superesportes)
Juninho: Resumiu ontem tudo o que falamos dele. E precisamos de outro.
Werley: Perdido como os demais. E como tem sido, só foi útil na zaga.
Leandro Almeida: Lento e atrapalhado.
Marcos: Mal posicionado a maior parte do tempo.
Júnior: Perdido em campo. Pelo menos não perdeu a técnica, que apareceu num dos raros momentos de lucidez.
Renan: Também resumiu toda a sua participação no jogo de ontem. Lerdeza acima de tudo.
Márcio Araújo: Voltou no tempo. Naquele em que não tínhamos meio e ataque e ele tentava em vão fazer o que não sabe.
Lopes: Não produziu, não se movimentou, não agrediu o gol adversário.
(Édson): Entrou numa fria. Não teve culpa de nada que houve antes. Mas mostrou,como sempre, que nem pra reserva dá pro gasto.
Carlos Alberto: Sua garra e disposição tomaram a forma de uma absoluta desorientação.
Éder Luis: Desconectado do Jogo. Movimentou muito, mas sem objetividade.
Diego Tardelli: Mais uma vez, quando o time não se encontra, ele de desespera e quer cobrir todas as partes do campo. O próprio camisa 9 mostrou que seu lugar é na área. Ali fez 2 vezes o que sabe.
Leão: A escalação foi a mesma de antes. O time não. Por que será? Falta a famosa bronca no vestiário? Acho que muito mais...
(achei que eu tava doido, mas realmente foi só uma substituição... será que faltou isto também?)
Jogo horroroso! Deixando todo o espetáculo da arbitragem de lado, a partida foi lamentável. Se o trio do apito e bandeiras estragou uma parte, os times se encarregaram de estragar a outra.
Os paulistas, a quem não restava muita coisa na tal crise, se atiraram pra cima, como loucos. Os desatentos podem até pensar que o time é bom, que não merecia cair no paulistão (não é, Éder Luis?). Isto não é verdade. Ninguém cai à toa e o time deles é horroroso. Mas, no desespero, excedeu-se na vontade kamikaze de dar alguma resposta(como já previa o Leão). O Galo é que não soube segurar a onda e se perdeu.
Se o time de lá avançava e chutava de qualquer jeito, os mineiros não conseguiam se fechar, nem reagir. Não houve defesa, meio nem ataque. A única coisa positiva que acompanhou o Galo no interior paulista foi mesmo a sorte. Esta permitiu que não levássemos goleada, que os pernas de pau de lá chutassem pra fora, que deixassem o Tardelli frente a frente com o goleiro, etc.
Me envergonho de ter precisado contar com a sorte num jogo como este.
*Ainda não me envergonho de ser puta. Se tudo correr bem, após um ano, estarei de volta ao NOSSO gigante da Pampulha.
3 comentários:
Do circo de horrores, salvou-se o segundo gol do Tardelli: rapidez, inteligência, habilidade, oportunismo... pena que foi a exceção.
Resumiu tudo: Obsceno. Tanto os jogadores quanto o trio parada-dura. O Galo estava perdido em campo, sem noção de posicionamento tanto na defesa quanto meio e ataque, erros crônicos de passe, mesmo os mais fáceis, e apatia e falta de atitude totais. A propósito, meu eleito de hoje é o Renan. O que essa múmia ainda faz como titular no Galo? O meio de campo ficou totalmente vulnerável e, por isso, mesmo sendo deprimente, o Guará fez jogadas que, pra um desavisado, pareciam ser de um timaço, com trocas rápidas de bola e triangulações. Ele não errou sozinho, o Massa, e todo o resto do time, ajudou (ou atrapalhou)nisso, mas o fato é que ele não tem condições de ser titular. O gramado estava horrível, é verdade. Mas não é desculpa, mesmo porque o outro time era pior e também teve esse fator contra. O pior é ter que admitir que o Guará, mesmo horrível, foi muito melhor e, sim, até mereceu vencer. É melhor o Leão rever seus conceitos sobre estratégia, e também sobre suas peças, de jogo, porque ontem...
Ieu aqui, Galo esfolado já até esperava, mas nem tanto, nem tanto....houve momentos de thriller total, recorrência de velhos pesadêlos, horror....
A bola sobrevando a área é pura angústia, não só para nós torcedores, mas também atinge do goleiro ao ponta esquerda.
Êpa, ainda existe ponta esquerda?
Direita eu sei que já acabou....
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