domingo, 19 de abril de 2009

Galo no Divã: Atlético MG 1 x 0 Rio Branco

"A state of mind is a contagious thing... Spread it around you never know what the future brings.." (Marillion)


Reencontro com o Gigante:

A coisa toda começa com o velho ritual. Vestir o manto, seguir caminho e, chegando nas imediações, trombar com os milhares de iguais, tão diferentes, que não hesitam em fazer ecoar aquele grito mais famoso das torcidas das gerais. Pois é, meus caros, foi assim que de fato começou meu sábado, após 1 ano sem saber o que é ver o Galo no Mineirão.

Dos portões para dentro, é o que todos sabem mesmo que nem todos ainda conheçam. Em um caso ou outro, sinto-me inclinado a compartilhar da mesma forma. Os tambores da maior 'organizada', assim como a música da 'velha' charanga dão o tom dos batimentos que só pulsam nos corações mais apaixonados. E não tem nada como rever aquelas bandeiras tremulando nas mãos de outros anônimos atleticanos. Bandeiras que por muito tempo estiveram fora dos estádios, que agora as vejo de perto, lembrando-me de uma época que só conheço pelas fotografias e palavras dos mais antigos.

Ah, Galo! Sem tamanho é a emoção ao ouvir 30000 vozes entoar o hino (e por que não dizer oS hinoS) do Glorioso, no preciso momento em que nossos representantes, trajados como nós, chegam ao campo - de batalha - rumo ao triunfo maior deste certame.

Lembro-me agora da saudade que batia no fatídico ADC, quando em protesto mais que legítimo deixamos de ir à NOSSA casa. Assim, vi novamente toda a emoção usual e desemedida do Atleticano no Mineirão sair de mim, assim como aqueles primeiros gritos guardados no peito.

Eu e Grazi. Voltar é ainda melhor.


Desencontro com o futebol:


Juninho: Sempre apronta as dele. Dessa vez compensou com belas e importantes defesas.

Marcos Rocha: Mal no apoio, razoável na defesa.

Leandro Almeida: Onde está seu futebol?

Marcos: Peca muito quando rouba bolas e tenta fazer lançamentos que não passam de chutões.

Thiago Feltri: Ainda bem que foi só um jogo. As (poucas) investidas no ataque foram péssimas.

Renan: Se for correr atrás do Ramires desse jeito, não sei não.

Rafael Miranda: Muito fora de ritmo, chegando atrasado nas divididas. Só não comprometeu pelas circunstâncias.

(Júnior Carioca): Errou uma bola. Parece que foi só isso que o treinador viu. O que vi foi uma qualidade de passe e lançamento muito superior aos que têm jogado, embora não seja lá grande marcador.

Carlos Alberto: O lutador de sempre. Embora não seja matador, não pode se dar o luxo de errar tantos gols na cara.

Chiquinho: Correria pra lá e pra cá, sem produzir nada. Frequentemente errou dribles, empurrava ou caia no chão.

(Kléber): Entrou com boa postura em campo, tentou jogadas interessantes. Precisa aprender a se desmarcar. É alvo fácil para a zaga.

Éder Luís: Muito bem em campo apesar das críticas. jogou para o time, mas pecou em lances cruciais em que poderia ter dado o gol de presente pra algum companheiro.

Diego Tardelli: Jogou muito bem e continua amigo da bola. Do jeito que pega, ela vai pro endereço. Como sempre, saiu muito da área e houve momentos em que o lance estava na área adversária e ele lá, perdido no meio de campo.

(Tchô): Teve pouco tempo e pouco aproveitou. Precisa de mais oportunidade mas precisa fazer por merecer.


Leão: Esse papo de jogar com força total sempre é balela. Tem que poupar sim. Não fez isso com o Éder e estamos sem nosso segundo atacante para o primeiro tempo da final. E, de mais a mais, em momento nenhum o time jogou como se tivesse com força total. Erro de avaliação do treinador que, no geral, foi mal!

Afinidade é isto. Do jeito que vem, é bem colocada. (Foto: superesportes.)


Quinze minutos de permissividade. O Galo não atacava e se rendia às investidas de um adversário sem forças, mas com algum entusiasmo. Passado este tempo, alguns esboços de jogada foram surgindo. Com eles, vieram com mais clareza as deficiências de que temos falado. Em primeiro lugar, no banco de reservas. Não foi nada difícil constatar que na ausência do titular a lateral esquerda fica às moscas; que a zaga anda caindo pelas tabelas; que os volantes são lentos demais para o ritimo do futebol de primeira divisão; que o lado direito não pode se contentar em defender...

A quase cinco minutos do final, um alento.O ataque ainda nos dá esperanças. Com boas movimentações, Éder consegue um passe para o matador deixar sua marca. O artilheiro, quando está na área, está qusae imbatível. Mas é preciso que fique mais lá. O companheiro de ataque, vem se movimentando e sendo taticamente indispensável. Mas são vários passes errados para um acerto. É sim o setor que dá mais alento, mas ainda há muito o que melhorar.


No segundo tempo parecia que voltaríamos aos bons momentos de futebol deste ano. O ataque marcando saída de bola, deixando o adversário sem alternativas. Porém, quando a bola estava no meio, os volantes não chegavam e a zaga se adiantava, perdendo a bola e dando os tradicionais sustos na torcida alvinegra.

Neste lá e cá (fragilidades de lá e deficiências de cá), acabarama aparecendo algumas chances de gol para ambos os times. Do mesmo jeito que perderam dum lado, perdemos de outro. Mas, pelo nível do time que temos, não poderíamos. Então, o sinal de alerta nem dá sinais de que irá se apagar.


Em tempo: A emoção de estar no mineirão em jogo do Galo começa quando aproximamos do estádio e "termina" (não termina nunca) quando nos afastamos dele. O problema é que, com a exceção do golaço do Tardelli, que causou uma explosão, os 90 minutos nos deram mais motivos para continuar xingando, esbravejando e manter tudo o que temos feito no FEF.

9 comentários:

Jason Urias disse...

A maior deficiência talvez nem seja a zaga, apesar de estar mal.
Os volantes é que são responsáveis por boa parte da lambança do setor defencivo.

Por não combater no meio de campo, obriga a zaga ase adiantar, abrindo espaços na cara do gol.

O Renan, bicho, pelamordedeus! Não é possível que o Leão não consiga enxergar que ele é quase totalmente inócuo em campo!? Não desarma quase jogada alguma e não ajuda a zaga.

Pra mim, deveria seguir o mesmo caminho do WF. Pra fora do time.

Gus Martins disse...

E... daí pra frente, os dois seguirem o caminho do Carlos Júnior

eliana disse...

O Galo tem feito uns gols bonitos, de jogadas bem trabalhadas, de rapidez, técnica, inteligência... a gente fica pensando por que não é sempre assim. De resto, é torcer pra essa praga do Renan ter uma contusão séria porque, do contrário, o Leão não tira ele do time. Falando nisso, e o Serginho, volta quando?

Tom disse...

é por ai, mas creio q aos trancos e barrancos para o momento poderemos chegar lá.
Serginho demora um pouco ainda e tb resta saber se o Leão irá gostar dele.

Gus Martins disse...

Esse trem de depender do Leão gostar num vai dá certo... Júnior carioca que o diga né...
Espero que o Serginho tenha melhor 'sorte'...

Tom disse...

eu tb Gus.

Jason Urias disse...

O Serginho jogou com o Leão em 2007, não?

Vilaça disse...

Será q entraremos no brasileiro com este meio campo de Renan e compania,se não contratarmos um bom volante e um meia vai ser dificil arrancar vitórtias só da arquibancadas.

Jason Urias disse...

Vilaça, ao que tudo indica, sim. O Herberth fez uma Projeção sobre o time titular para o brasileiro. Eu não acho que muda muita coisa do que ele disse.