sexta-feira, 24 de abril de 2009

Galo no Divã: Atlético MG 2 x 0 Guaratinguetá

(será que to deixando de ser pé frio?)

Daqui pra frente o páreo é duro. Times do interior, pouquíssimos. Numa competição ou noutra. Estaremos novamente de frente com os 10 grandes times do sudeste-sul e outros 9 que contam com uma força extraordinária em seus domínios, principalmente os do nordeste. Com o Brasileirão batendo na porta está difícil crer que a postura que o Galo tem assumido em campo será perdoada pelos bons adversários.

Éder Luís não conseguiu superar a marcação do Guará. Foto e legenda: Superesportes.
Realmente, eles viram outro jogo. E ecoam a injustiça que tem vindo da massa. Perguntem aos zagueiros o que o Éder fez com eles...

Édson: Salvou em alguns lances, tentou atrapalhar em outros. Como sempre. Nada confiável.
Marcos Rocha: Ensaiou boas subidas e cruzamentos. Ficou devendo na defesa. Não sabe roubar bola.
Leandro Almeida: Influenciável. Aprende o que tem de ruim nos companheiros... do Marcos aprendeu a dar chutão quando poderia tocar pro lado.
Marcos: Um pouco estabanado, saindo em momentos errados e quase comprometendo.
Júnior: Muito preso no primeiro tempo. No segundo teve o setor esquerdo todo livre, mas só resolveu aproveitar no último minuto.
Renan: Mal como sempre no primeiro tempo. Melhorou no segundo.
Márcio Araújo: Fez o que sabe. Roubou bolas e errou todas as armações pro ataque. Precisa entender que não é ele quem deve fazer isso.
(Rafael Miranda): Entrou bem, ajudou ao Renan a se encontrar no jogo e contribuiu para fechar o setor que estava mais oferecendo riscos para o Galo.
Carlos Alberto: Vem caindo de produção estranhamente. Sem uma posição certa em campo e errando jogadas preciosas no ataque.
Lopes: Ineficiente. Até foi bastante acionado, mas facilmente marcado. Não produziu.
(Alessandro): Não conseguiu fazer nada. Errou todas as jogadas e perdeu oportunidades para finalizar. Em parte, pela falta de ritmo. Outra, por ter sido colocado em posição errada.
Éder Luis: Muito bem em campo, na movimentação e armação de jogadas, além dos desarmes e incômodos que provocou na zaga adversária. Está pecando no último passe e na finalização, o que em nada justifica a postura da torcida.
(Kléber): Entrou no finalzinho sem tempo pra mais nada.
Diego Tardelli: Jogou muita bola! Mas comete o mesmo pecado... ficar lá de bobeira no meio de campo pra armar uma jogada.. a jogada sai, bola na área e ele não está lá.

Leão: Bem na escalação. O time não correspondeu. Melhor ainda nas substituições. Consertou o meio campo. Pena que o Alessandro ficou mal posicionado e não conseguiu mostrar futebol.

Poderia deixar hoje toda a resenha por conta do Jason que, ao meu lado no mineirão, foi preciso ao dizer, por volta dos 10 minutos do primeiro tempo - quando já estávamos 1 tento a frente no placar: "isso sim é que time grande tem que fazer". Pois, lá pelos 30 e tantos minutos ele volta o comentário e diz "o Galo insiste em jogar como time pequeno". Pois bem, meus caros, foi este o jogo.

Primeiro tempo começou fulminante. O time pra cima, buscando todo tipo de jogada e oportunidades. O próprio gol começou em uma cobrança de lateral, numa sobra de bola teve a esperteza e presença do Éder que (mais uma vez) deixou o Tardelli na cara do goleiro que o derrubou. Aos 3 minutos o placar já indicava que aquele número seria mudado com frequência no jogo.
Que nada. Daí pra frente o time recuou, mostrou mais uma vez a deficiência no meio e deixou o Guará partir pra cima, desordenadamente, com pouca técnica mas dando muito susto - com participações do Édson, claro - na massa alvinegra.
Concluimos naquela hora que a dupla de volantes era a responsável por toda a desgraceira que víamos em campo. Para se defender, não davam o combate na hora certa - muitas vezes nem estavam acompanhando o atacante - e com isso os zagueiros erradamente saíam estabanados deixando a meta escancarada. Nas saídas de bola, o jogo não começava pelas laterais, mas sim com os volantes que não tinham a mínima noção de ler uma jogada e dar um passe para o jogador certo. Perdemos várias oportunidades de ataque.

No segundo tempo o treinador corrigiu isso tudo. Curiosamente ainda assim não aproveitamos. As alas estavam escancaradas para a subida de laterais, principalmente o Júnior que contava com o Miranda na cobertura. Mas ele não ia. Tentaram ajudar o Alessandro acionando-o sempre. Em vão. Enquanto isso, Tardelli continuava jogando bem, mas deslocado. Éder se doando em campo como um louco, mas quando mandava pra área não tinha outro atacante bem posicionado. Foi difícil suportar os minutos finais. Mas no apagar das luzes, veio o alívio com outro golaço sem querer querendo do Júnior, premiando-o pela boa partida que ele poderia ter feito.

6 comentários:

Jason Urias disse...

É uma sacanagem o que a torcida do Galo tem feito com o Éder Luís. Demonstram uma intolerância absurda com seus (poucos) erros. Talvez pq eles tem sido em momentos importantes - na hora de finalizar ou de dar o "último passe", como disse o Gus -, mas isto não justifica as vaias e a impaciência exagerada.

A Itatiaia escolheu o Júnior como melhor em campo (a escolha aconteceu imediatamente anterior ao seu belo gol). Aí, me lembrei do Beth dizendo no Mineirão, nos jogos conta Uberaba e Rio Branco: "Ou, será que esses caras estão vendo o mesmo jogo que eu"?

O Júnior não jogou mal, mas não foi, em hipótese alguma, o melhor em campo. Pra mim, Éder Luís e Tardelli disputariam o prêmio.

Herberth Mendes disse...

Jason, concordo com vc, quando a torcida cisma com um, ele vira Cristo. Isso é filme antigo no Galo, infelizmente. Éder, mesmo com seus defeitos na finalização, é importante pra caramba nesse time. Num tô falando que ele seja um craque.
Na ponta do lápis: é o segundo artilheiro (perdeu gols também) e deu várias assistências (também fez raiva em muita gente melhor posicionada).
Mas recentemente, que eu me lembre: fez o gol lá no Uberabão, abriu a goleada contra o mesmo Uberaba, tirou o Galo do sufoco contra o Rio Branco no 1º jogo fazendo o 2º gol, deu passe pro gol no sábado.
Pesando tudo, sou muito mais ele no time.
Tomara que domingo esses que só jogam pedra não chorem sua ausência.

Breno Souza disse...

Enquanto isso M.A. está aderindo a campanha da super cola Bond. O cara colou a bola no pé, fez passes horrorosos não deu criatividade nenhuma no meio, que por sinal foi o setor mais problemático nesse jogo a meu ver. Agora vem a prova de fogo, e como Leão disse, o Galo é o time que está buscando chegar junto ao passo que temos o rival com quase todo o mesmo elenco de ano passado. Vamos ver o que vai dar...

Tom disse...

Desde o empate e o sufoco lá na casa deles o clima deste jogo para mim foi o de freak show.
Do nosso lado só ví mesmo:
1) a tentativa de solo na guitarra do Tardelli, que acabou em batucada.
2)a cesta do Junior , de "trêis", "de trêis....."
O resto eu preferí não ver, me recusei a ver.
Não ví o Lopes, não vi vários outros, uma sombra do Alessandro e a presença terrorífica do Edson sob o Arco do Triunfo.
E dormi mal....
Ps: esta mania de vaiar que a torcida assimilou é mais um dos resultado dos anos medíocres de nosso passado imediato.

Flay Ferreira disse...

É Breno, acho que o patrocínio que está fechado com o Galo é Tree Bond. Só pode ser. 'Massa', Eder Luiz, Lopes, Marcos, estão todos se achando os donos da bola. Contra o Guará até o Carlos Alberto fez merda. Tô com medo desse jogo contra as Marias. Nosso meio de campo está ausente, a zaga inoperante... Sei lá, tô com muito medo. Mas para o Brasileirão estou com esperança, no Fabiano, Alessandro... Talvez melhore. Há algum tempo precisamos de um xerife, como o Gilberto Silva, que não tem aprecido. Mas futebol é assim, uma surpresa atrás da outra. Deixar de torcer é que não vou!
Gaaalooooooo!

Jason Urias disse...

Pois é, Tom. Nós (torcida do Galo) temos que entender que time grande merece "torcida grande". Torcida que ajude o time.

O que temos visto, entretanto, é o império da mediocridade em detrimento da sensatez. "Ó, que puxa!"