Ano I

Belo Horizonte (Como passa rápido...) - Há pouco mais de um ano surgia este modesto blog. A paixão pelo Clube Atlético Mineiro era o ponto comum entre três amigos e das discussões acerca da vida do Galo apareceu a idéia de colocá-las num espaço onde pudéssemos compartilhá-las com outros apaixonados que quisessem embarcar nessa viagem. O Futebol é Freud!

Desde o início, a proposta era de tentar lançar nosso olhar para o Galo de um lugar que não o comum, um lugar que nos proporcionasse uma visão diferente, uma perspectiva pouco visitada, um posto de observação diferenciado que (pretensiosamente) nos fizesse juntar aos que olhavam o comum, bem como nos juntar aos que também se cansaram da mesmice.

Muitas vezes conseguimos. Muitíssimas outras vezes, não. Mas a indignação, o estado crítico de emputecimento, foi o fator motivador das críticas às vezes ácidas que fizemos. Foi motivador, também, para as declarações de amor ao Clube.

Muita coisa aconteceu ao longo deste ano. Nascemos alguns dias após o início do ADC; aliás, é dele que se trata nossa ‘certidão de nascimento’. Talvez por isto tenhamos sido tão ásperos diversas vezes, mas uma aspereza completamente mergulhada na realidade, nos fatos. E, no final deste ano, os fatos escancararam o caos que foi o aclamado e esperado Ano do Centenário.

Ano novo, vida nova. Será? Começamos o Ano I d.c. (depois do centenário) exatamente como terminamos o ADC. Sem motivos para diminuir a dose de emputecimento crítico. Apesar da relativamente boa campanha no Mineiro, o Gus nunca deixou de ressaltar que “campeonato mineiro é campeonato mineiro”, ou seja, que esta competição não seria a prova de fogo para o time. A vinda do novo treinador, a melhora tática do time – ainda que em relação ao time do ADC, que não era lá grandes coisas – a campanha no Estadual, a derrota para o rival e a saída do treinador foram indicativos de que mudanças nem sempre mudam tanto.

Presidente “novo”, treinador “novo”, time “novo”. Um novo que está assim mesmo, entre aspas, indicativo de um misto de desconfiança esperançosa, de uma esperança desconfiada.

Mas não é esta a essência do ser atleticano? Não é pelo desejo de ver o Galo glorioso de novo que nós estamos neste estado crítico de emputecimento? Não é esta ambivalência do amor que rege nossos passos por este caminho tortuoso que é o amor pelo Galo?

Um ano compartilhando idéias, alegrias, tristezas, desabafos... Nós do FEF agradecemos a todos vocês que tem estado aqui conosco! Obrigado por nos ajudar a construir o blog, a construir novas idéias, reconstruir idéias antigas e, principalmente, reconstruir, diariamente, nosso amor pelo Clube Atlético Mineiro!