Galo no Divã: Vitória 0 x 0 Atlético MG

(Sobrou sorte. Faltou banco de reservas)

Deveria ter seguido os caminhos do Tom. Afinal, tendo as mesmas impressões que ele, deixar as imagens da secadora globo e ficar com a fantasia louca do radinho teria me frustrado menos. Ou pelo menos me emocionado mais...

Jogo garrado. E ninguém foi o dono da bola.

Aranha: Muito inseguro, rebatendo todas. Péssimas lembrançs do ex-goleiro.
Carlos Alberto: Posição errada, jogo errado.
(Serginho): Jogador certo no lugar errado. Não apareceu em campo.
Werley: Atrasado, inseguro, tomou duas canetadas e por pouco não fez algo pior.
Welton Felipe:Salvou a pele do Werley, do Aranha e do Time. Apesar de uns erros, foi fundamental.
Thiago Feltri: Pouco eficiente no ataque, talvez pelo medo de continuar subindo e levando todas nas costas do Apodi.
Renan: Um bocado nervoso, mas não prejudicou.
(Alex Bruno): Ajudou a dar uma boa segurada, em um momento que as ameaças ao gol alvinegro estavam críticas.
Jonílson: Ajudou a barrar o ímpeto ofensivo, sem nenhum brilho, mas também sem falhas.
Márcio Araújo: Quase não apareceu no jogo. Faltou sua presença ofensiva para ajudar o ataque mal servido.
Evandro: Na contra-mão. Quando o time tava mal, ensaiou boas jogadas. Quando a equipe tranquilizou, não fez mais nada o resto do jogo.
Éder Luis: Mostrou mais uma vez que se precisarmos de alguém pra decidir - com gols ou jogadas - ele não é o cara.

Alessandro: Oscilou muito, tendo mais momentos ruins do que bons.
(Kléber): Entrou pra cabecear e só teve bola no chão. Mostrou que aí não é a sua.

Celso Roth: Talvez neste jogo o esquema com três zagueiros fosse mais interessante do que no outro. Com exceção da lateral direita, escalou bem e, no andar da carruagem, não tinha muito o que fazer. Qualquer maior ousadia poderia sair caro demais.

Dez minutos de terror na zaga alvinegra. A coisa assustou nos primeiros segundos, quando, na saída de bola, os baianos vieram pra cima e a única reação foi um chutão pra lateral. Aí vieram falhas da zaga, rebotes do goleiro, péssimas saídas de bola... Como o pior não aconteceu, as esperanças de uma boa exibição voltaram.

Voltaram, mas não vingaram. Daí o jogo ficou feiosamente lá e cá. Apesar dos números que mostraram mais de dez finalizações de cada lado, a parte alvinegra praticamente não ameaçou. Em contra partida, os rebotes do Aranha, a fragilidade do Werley, as bolas nas costas do Feltri fizeram com que nossa grande arma fosse a sorte. A sorte da trave, de um dos maiores finalizadores ter sido o Apodi, de o bandeira ter acertado na anulação do gol (coisa rara), de terem errado um impedimento nos favorecendo...

Acredito que, após 15 minutos do segundo tempo, o Roth viu que para mexer no time: ou seria bastante ousado; ou, a falta de um bom banco não mudaria em nada. Pois, colocando na balança, acertou. O time não vinha tão bem organizado para investir em um atacante a mais ou um meia mais ofensivo e partir pra cima. Dadas as circunstâncias, segurar o empate foi a melhor saída. No fim, nenhum zero saiu do placar.

Mas esta não é e nem pode ser sempre a melhor saída. Hoje, mais uma vez, tivemos um jogo feio. Mais uma vez, não tivemos aquele adversário ultra competente que sonhei há um tempo atrás. Mas tivemos aquele desafio para o qual julgo que não estamos preparados. E com o qual conviveremos ainda muitas vezes ao longo do campeonato. Era a hora de mostrar que, diante de situações como esta, poderíamos nos superar. Isto não houve. Falta um grupo com mais força técnica, entre os 11 e entre os que substituirão na longa jornada de contusões, cartões e partidas.

Para a tabela, bom resultado. Para minha crença, sempre desconfiada, muito ruim. Estamos na briga. Até quando?