Galo no Divã: Avaí 0 x 0 Atlético MG

("Até a pouco 'tava tudo bem
Agora me sinto debaixo de um trem
Maldita ressaca" Velhas Virgens)

Com um quê de saudade da nossa 'abandonada' velha virgem, mais uma vez a Ressacada não nos trouxe boas coisas. Empate com sabor de vitória, pela circunstância do jogo, como dizem muitos. Empate com sabor de empate, para a tabela de classificação, como disse o Breno.

No fim acabou que deu pra segurar...

Fábio Costa: Jogou muito.

Diego Macedo: Melhor que no outro, mas não o suficiente.

Jairo Campos: Mal no primeiro tempo. Bem no segundo.

Cáceres: Mal no primeiro tempo. Muito bem no segundo.

Werley: Bateu tanto a cabeça que o Luxa o tirou.

(Neto Berola): Não foi muito objetivo, mas estava bem. Até o cartão.

Fernandinho: Não dá pra esperar muito mais do que fez no primeiro tempo. Mas quando a coisa apertou, se superou e ajudou a segurar as pontas.

João Pedro: Mais tranquilo, seguro e participativo.

Serginho: Ajudou bem a cobrir as falhas do lado direito. Pela função, perdemos sua qualidade ofensiva. Mas valeu o sacrifício.

Diego Souza: Ainda bastante lento e desentrosado. Ficou muito avançado e perdemos a ligação defesa-meio-ataque.

(Ricardinho): Fez o que sabe bem no meio campo. Segurou o jogo, mas pouco ajudou no ataque... até pelas circunstâncias.

Daniel Carvalho: Muito pesado mas mostrou uma técnica que nos falta muito no ataque. Não mereceu a expulsão.

Diego Tardelli: 2009 é passado.

(Fabiano): Mais um que ajudou bem a honrar o hino quando a coisa parecia acabada.

Luxemburgo: De um péssimo treinador para o velho excelente fexô entre as duas etapas de jogo. A 'organização' inicial foi das piores possíveis e a alteração no intervalo fez lembrar o grande treinador que já foi.

Tudo começou na escalação: Três zagueiros e a velha incerteza do que isto pode acarretar no time do Galo. Já dissemos várias vezes. Culpa do esquema? Claro que não. Mas, na cultura alvinegra, este estilo não dá certo. Aí piorou na entrada em campo. O Repórter questiona ao Tardelli se ficou surpreso com a mudança no esquema e, 'gaguejante', responde que sim e sem conseguir articular outras palavras diz apenas que o treinador sempre quer o melhor. Pô, se o próprio time entra em campo sem saber o que vai fazer, o que podemos esperar? Um primeiro tempo como o que tivemos, no mínimo. Pressão do Avaí, nossa zaga na roda, ataque inoperante e a esperança depositada nas mãos do goleiro. Desta vez deu certo e não sofremos gols.

Na etapa seguinte, a mudança que não seria surpreendente se o Luxa tivesse sendo no Galo como foi naquele velho Palmeiras dos anos 90. Sai um zagueiro que só atrapalhou e entra outro atacante. Nesta nova formação, não só a característica ofensiva, mas abriu-se possibilidade de articular o meio com o Diego Souza um pouco mais recuado. Além disto, a zaga voltou a atuar como sabe. Daí os zagueiros deram conta do recado. E mais, o time começou a encurralar o adversário. Mas em um momento de vontade exagerada do Daniel Carvalho e rigor mais que excessivo do árbitro, perdemos um grande jogador. Surpreendentemente, ao contrário de tudo que vem acontecendo com nosso time, continuamos pra cima e melhor que o outro time. Criamos mais e com um pouco mais de precisão poderíamos ter aberto o placar. Desta vez os catarinenses é que estavam acuados. Mas aí, um carrinho desnecessário do Berola levou o árbitro a outro excesso. Dois jogadores a menos seria o fim. (O árbitro seguiu a regra ao pé da letra. Mas: Os outros árbitros não fazem isto no campeonato, ou seja, temos uma tremenda falta de critério; Não me lembro de este próprio árbitro atuar desta maneira. Alguma coisa fica pairando no ar...).

Mas não foi o fim. O Luxa mais uma vez mexeu bem, pos o time todo recuado e sabe-se lá como os jogadores enfiaram na cabeça que tinham que jogar por si e mais um. Fizeram isso e suportaram a considerável desvantagem. O Avaí devia ir pro ataque e foi. Mas não causou nenhuma ameaça próxima do que foi o primeiro tempo.

Pois bem. Nada muda a catástrofe que é marcar apenas um ponto, somando 10 em onze jogos e ocupando as últimas posições. Mas, mostra um pouco do que dissemos da última vez: Os jogadores não desaprendem a jogar. O Fexô parece - no intervalo - que também não desaprendeu. Mas o que vem acontecendo para que o time se apresente na maior parte dos jogos - e no primeiro tempo de hoje - com um time pequeno e mal treinado?

Vamos ver o clássico...