Galo no Divã: Boafogo 3 x 1 Atlético MG

Um gol do André em um lance que seria comum, haja visto a frequência com que acontece em jogos de futebol mundo afora. Mas em jogo do Galo é apenas mais um daqueles achados que não dão qualquer esperança e mostrem o mínimo de organização e competência. Vendo que foi aos 44' do segundo tempo, jpa com 3 gols no lombo, aí é que não vale nada mesmo. Aliás, o tom twittou que valeria pra vermo que o André não é daqueles que viverá de Ganso/Neymar dependência. Mas, depender de Serginho e Gui-Bunda vai ser sempre isto aí.

Tudo o que aconteceu antes foi um show de horrores. O time voltou do vestiário todo macambuzio. A entrada do André ainda não havia surtido qualquer efeito e a inexplicavel do Triguinho sim. Se o Rick já não andava bem, a lateral ficou ainda pior. Junte-se isso à peneira da zaga e aos 9 minutos temos o terceiro gol. Fico curioso para saber o que foi dito nos vestiários, para evitar que tudo o que aconteceu fosse evitado e que a obrigação começasse a ser cumprida bem antes dos 44 minutos. Mas o vestiário do Galo é incompreensível.

O primeiro tempo, daquele jeito que a gente se acostumou no Brasileirão. O time termina sempre pior do que começou. E, menos pela desvantagem numérica do que pela postura catatônica, o final já estava escrito desde o início. Sem conseguir se recuperar do primeiro gol, tomamos um segundo gol típico do Galo. Os cariocas trançavam pra lá e pra cá na frente da área enquanto os marcadores - leia-se Pierre - olhavam de longe. Aí vem um chute e um gol. Antes, aos 9 minutos, o Centro-avante não contratado pelo AK subiu mais e melhor que o Lima pra um belo cabeceio. Antes, notem que o Rick estava looonge do lateral deles e quem veio desesperado pra tentar combater foi o Bernard. Se não cortam a jogada em seu começo, dá nisso. Como sempre.

Se o jogo acabou em um lance bom do Galo - o gol do André -, ele também começou assim. Foram apenas 4 minutos de um futebol que daria esperança ao mais crente. Inclusive com boa jogada do Bernard e uma conclusão que se fosse um pouco melhor poderia não ter esbarrado nas mãos do goleiro. E foi só. O resto foi o resto.

Cuca: Incoerente na escalação e no discurso. Há quem acredite nele.

(Daniel Carvalho): Entrou com a fatura encerrada e teve poucas chances de produzir. Mas será culpado por isso.

Magno Alves: Quando chegou não gostava de ser chamado de veterano. Deve ser chamado de velho mesmo.

Guilherme: A bunda da mulher melancia deve custar menos.

Bernard: Se jogasse em um time, já teria se destacado. Aqui, será queimado logo logo.

(André): Sabe finalizar, mas sem a bola é pouco útil.

Mancini: Jogador que verdadeiramente veste a camisa e tem a cara do Galo. Já foi grande um dia. Hoje é como o time.

Dudu Cearense: Tem qualidade, mas entrou em ritmo farofa. Dá uns sarrafos aqui e outros alí só pra dizer que tem vontade. Não engana.

Pierre: Errou. E muito. Inclusive em aceitar ser escalado nessas condições.

(Triguinho): O que faz alguém pensar que um cara que não treina há tempos - como disse o próprio - pode entrar e resolver algo? Fácil deduzir o resultado em campo.

Richarlysson: Péssimo na marcação e absolutamente nulo no apoio. Nem as pancadas que costuma distribuir foram dadas.

Serginho: Vestiu a camisa do Patric e começa a se candidatar para a vaga de pior do time. Contra tudo que já apostei nele.

Léo Silva: Deu uma de Réver, achando que é craque e foi tão lento e mal posicionado quanto ele.

Lima: Deu uma de Réver, achando que é craque, tentou cobrir o companheiro ruim e deixou de fazer o que deveria em sua posição.

Renan Ribeiro: Não falhou em nada e não defendeu bola alguma.

Eis que assumo minha ingenuidade.

Repito, não tenho fé. Tento fazer uma leitura minimamente razoável do que vejo dentro e fora de campo e, junto com o que penso sobre futebol, tento lá minhas mirabolantes previsões. Mas, pra decepcionar de vez o Tom, sinto que devo mudar minha primeira constatação do campeonato. A de que o Galo não cairia, seja com que técnico fosse, com que elenco contasse. Assim como não brigaria por Libertadores jamais. Aconteceria que novamente disputaríamos os últimos 3 pontos que dariam a derradeira vaga para outra desperdiçável Sulamericana.

Mas as coisas estão virando em minha cabeça. Acho que não será bem assim não. Fala-se tanto em mudanças, mas algo radical precisa acontecer. Rebaixamento nem é lá algo assim tão absurdo de se pensar, posto que passamos por isto e desde então este fantasma jamais deixou de nos assobrar (exceto naquele ano com o Juarez cuja minha previsão mais famosa indicou o 'quase' em que estagnamos). 

Mas será assim. Brigaremos novamente até a última rodada para escapar da degola. Mas o golpe de foice, dadas as contigências da nova tabela do Brasileirão, será dado por quem não poderia, mas deverá. As marias é que nos enviarão de volta para a série B, posição que já assumimos desde que voltamos pra A. Claro, cair é uma coisa. Diante do rival é outra. Haverá um caos digno das previsões maias pro ano de 2012. Se as consequências, de mudanças internas, tais como algumas das 7 profecias vingarão, é outra história. Se não me agarro na fé, tampouco nos astros. Mas está tudo bagunçado mesmo, por que não?

("O que está acontecendo?
O mundo está ao contrário e ninguém reparou" Nando)