domingo, 2 de outubro de 2011

Galo sem Divã: atlético mg 1 x 1 Ceará

atlético com 'a' minúsculo. Este é o time clube que decidirei se vou acompanhar em 2013. Na terceira divisão. 2012 já está sacramentado, indiferentemente das minhas previsões inicias e mesmo se os crentes ainda apostam o contrário.

Não assisti. E nem foi por maldade, mas o encontro com antigos moradores do bairro em evento singular me fez desistir de ir pra casa, tão logo cheguei em Itabira. As companhias ilustres, entretanto, conviveram com o meu radinho colado no ouvido. Claro, ainda não havia retirado todas as minhas atenções para o último fio de esperança irracionalidade que cortava meu peito. 
O que ouvi, independente de todas as ácidas críticas que costumamos fazer à imprensa mineira, foi o atestado de que o time caiu. E, como diz o Tom, o galo do Kalil não sobe mais. Aiás, um parêntese sobre o mandatário: Tudo que ele disse nos últimos dois anos resultou no contrário. E a última pérola da semana foi que o galo não cairia. Entenderam?

Pois bem, se não é o suficiente, pensem no jogo que assistiram, ouviram, ouviram dizer ou viram os piores momentos. Se você não consegue ganhar com um adversário com dois jogadores a menos ainda no primeiro tempo, tendo perdido pênalti e sabendo que eles chegaram em nossa meta apenas duas vezes, o que dizer dos jogos que virão? Não é ruindade, não é azar, não é imaturidade, não é roubalheira, não é incompetência. Já disse algo parecido em outros tempos. É a soma disto tudo que insiste em se aglutinar em vespasiano.

Também não é mais meu pé frio. O gol do Ceará saiu justamente quando tirei o fone do ouvido pra traçar uma conversa mais interessante do que estava o jogo com as infinitas chances perdidas do alvinegro de Minas. Assustei-me quando retornei e o placar já era outro. O placar havia mudado. A escrita do galo, não.

Se disseram por lá que ainda há trabalho, há que se focar nos próximos jogos, penso diferente. Eu devo me focar em meu trabalho, em meus estudos, que já consomem energia demais por si mesmos.
Quero dizer, no final das linhas, que, embora seja praticamente impossível transformar qualquer amor em indiferença simplesmente da noite pro dia, já dei início ao trabalho neste rumo.
Claro, o espaço continua aberto para falarmos - enquanto pudermos - sobre tudo o que sempre dissemos. Mas, jogo, não! Não mais. Até o fim.

E se há algo que ainda pode resurgir após as mudanças dramáticas dos eventos, fiquem aí com o Dream Theater e seu mais novo album.
("You build me up, you break me down, until I'm falling to pieces. The price I pay to live this way and the fantasy stays alive. I can't live up, I can't let down, and leave you falling to pieces. I crash and burn, I never learn, I'm tour morbid obsession")

14 comentários:

Jason Urias disse...

A tarefa de transformar o amor é difícil e não acontece repentinamente, como vc disse. Mas o galo tem se empenhado bastante ultimamente, e tem conseguido.

Pior do que o ódio, a raiva e a revolta, pior do que tudo isso é a indiferença. E ela tem se apresentado mansa, sorrateira, mas forte.

Ê galo...

Tom disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Tom disse...

Fiquei foi vendo o Tom Zé ensinando a fazer Rock Tupiniquim no Rock in Rio do Rio com um início arrasador através da minimalista Balcão de Negócios para em seguida demonstrar que "O Rock Ronca na calcinha Carioca" e finalizar com a definitiva Ogodô.
O Mutantes que veio depois foi constrangedor, mas bem melhor que este time q arrumaram para vestir o manto do Galo.

Tom disse...

Vamos cair aos "Xutos e Pontapés"

Tom disse...

Bom dia: sonhei que o Cuca Cagão tava com prisão de ventre.
Isto é bom ou ruim?

Jason Urias disse...

Sei lá, Tom. Tomara que seja bom. Que numa sessão de descarrego ele tenha uma diarréia miraculosa pra banhar todo o time e limpar a aura podre que cerca isso aí que a gente tem insistido em chamar de time.

elianA disse...

"o contrário do amor não é o ódio, é a indiferença." É por isso que aceito quem vai ao estádio e vaia o time. Se faz isso, é porque ainda dói, ainda incomoda, ainda se importa. Quando vem a indiferença, nem no radinho mais. A campanha do Galo nos últimos muitos anos tem mostrado que a torcida é resiliente, mas, como diz a Fátima Guedes, "infelicidade cansa".

Tom disse...

O Jason sua proposta foi profunda, tem a ver com a homeopatia não tem não?

Jason Urias disse...

Tá mais pra escatologia, Tom... hehe

Tom disse...

Ananias da Lusa é bom
Paulo Rodrigues do Bahia tb
Isto o BMG não compra.

Tom disse...

Romano lateral esquerdo do Avaí tb.

Tom disse...

O @alvarodamiao mostra q Kalil mentiu no caso Tardeli. Contrato ia até 2013 segundo a CBF. Por estas que temo pela tal saúde financeira do #Galo.

Daniel Martins disse...

Mesmo com o péssimo momento do time, queria eu estar em BH ou 7lagoas, pra ir todo fds assistir o jogo. A merda já aconteceu, melhor apoiar agora do que re-protagonizar o "Vamo Subir Galo"...
Como tou longe, a desanimação só aumenta...

Um pequeno raio de esperança, e ingenuidade é claro, surgiu. último jogo será contra as marias. Já pensou derrubar elas e se manter na A? Ô...

Jason Urias disse...

Se pra você que está longe o desânimo tá assim, imagina pra gente que tá aqui pertim, Daniel...

Tá osso.