sábado, 23 de agosto de 2008

3.697

Belo Horizonte (ainda é muito) – É assim que as coisas funcionam. Já há algum tempo nós temos dito aqui que é preciso tomar atitudes que ajudem o Galo a mudar. Dentre elas a de o torcedor atleticano se compreender como agente ativo de um sistema. “Sistema” é um conceito de algumas teorias como a Teoria Sistêmica (que, por sua vez, bebeu na fonte da Teoria Geral dos Sistemas, desenvolvida por Ludwing Von Bertalanffy, na década de 30 e que desencadeou outras correntes teóricas, como a própria Tteoria Sistêmica e a Cibernética). Pretendo escrever algo mais aprofundado sobre isso mas como hoje é sábado e tô numa preguiça de dar dó, fica pra depois...

Mas, só pra resumir e para explicar onde quero chegar, considerando a noção de sistemas, o tal Ludwing falou que a realidade é feita de sistemas que são compostos por elementos interdependentes e que, para que a gente possa compreender o seu funcionamento (realidade) não podemos analisar seus elementos de forma isolada. Em outras palavras, o Sistema é um conjunto de partes que se interagem mutuamente e de forma interdependente que, conjuntamente, formam um todo unitário com determinado objetivo e efetuam determinada função. Assim, uma mudança de funcionamento em uma determinada parte do sistema altera o funcionamento do todo.

3.697 pessoas. Esse foi o público do último jogo do Galo. Mas o que tem essa “leréia” de sistêmica com o público do jogo? Lembra da mudança em uma parte do sistema...
É isso. O movimento de uma pequena parte (que já não é mais tão pequena assim) da torcida está refletindo em todo o sistema “torcida do galo”. O público do jogo de quinta pode ser indício de que a ficha começa a cair. Claro que os últimos resultados têm influenciado a ausência do torcedor muito mais do que a adesão ao “Público Zero”, mas o que é mais importante em tudo isso é que há movimentos indicando, atenção, indicando mudanças no comportamento da torcida (como disse o Gus, o FEF é um, a Revolução Atleticana é outro, a ATCAM, o “Público Zero”...).

E isto causa impactos em outros sistemas. A imprensa percebeu e noticiou a pouca quantidade de gente no estádio. E, assim, os sistemas vão se interagindo, ou vocês acham que o Marcelo não vai usar isso na hora de comer o fígado dos jogadores? Até o Ziza deve ter dito algo a respeito.

Mas issotudo não significa que as coisa vão mudar de hoje pra amanhã. Não. As mudanças são lentas e dependem muito do sistema “torcida do galo” e de sua capacidade de manter sua mudança de comportamento. Assim, menos pessoas nos próximos jogos seria a manutenção da alteração dos sistemas e a OPORTUNIDADE de mudança em outros sistemas como o sistema “diretoria do galo” e “time”.

O importante é que foi dado o “start”. Agora é repetir, repetir, repetir...

*Foto de Jorge Gontijo/EM/D.A Press

2 comentários:

Anônimo disse...

E O ZIZA? MORREU?

Gus Martins disse...

Preciso!
E.. não podemos deixar a peteca cair!
Não podemos continuar na parte do sistema que nos tem levado para baixo! E não se enganem, meus caros! Essas mudanças todas que o Jason falou, serão sim positivas. O sistema balaça de um lado, com estádio vazio (e outras coisas mais) hoje, e de outro lado terá que se equilibrar, com futebol, com direção competente e etc.
Nosso poder é limitado sim, mas de maneira alguma pode dizer que é pouco!

Continuemos, com "muita raça e amor"