sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Galo no divã: Atlético MG 1 x 1 Goiás

Repetir repetir - até ficar diferente.
Repetir é um dom do estilo.
(Manoel de Barros)
Às vezes é como chover no molhado. Dia após dia o FEF tem apontado, questionado e discutido toda a bizarrice na administração atleticana e seus notórios reflexos no futebol. Mas a coisa não se cessa de repetir. A cada jogo, novos velhos comentários têm que ser ditos. E, como disse o Rodrigo, ler as resenhas que são publicadas por aí na imprensa oficial nos fazem crer que o Galo sempre joga bem, mas perde ou empata. Bah, vão pro diabo! O Galo tá mal sim. E enquanto houver água nessa fonte, chorevermos no molhado sim! Vamos repetir, repetir, até que pelo menos alguma faixa da torcida que nos acompanhe esteja mais lúcida e tente, aos poucos, como nós, fazer algo diferente pelo galo. Esse é nosso estilo.

Edson: Acertou 2 saídas de bola. Grande avanço. (olha só nosso nível).
Mariano: O que ele não sabe, todo mundo já sabe. E ele, será que já descobriu?
Marcos: Tchau!
Leandro Almeida: Só não dou adeus porque é da base e confio no Marcelo nesse tipo de trabalho.
Renan: Foi preciso 45 min. pra perceber que não era pra ele estar ali? Onde está o Feltri? (!!!)
(Denílson): Também não cumpriu a função de lateral, mas dadas as condições, ainda pouparei.. por enquanto.
Rafael Miranda: Apesar das limitações, ainda se destaca por ser quem quer jogar.
Yuri: Nada acrescetou além do Serginho, a quem substituiu.
(Tchô): Tentou algumas jogadas, mas talvez se desse melhor se o Pet ainda estivesse junto.
Márcio Araújo: Está começando o campeonato Amador em Itabira. Vou tentar trazê-lo pra cá.
Petkovic: Falhou muito qunado tentava driblar, arrancar, correr. Isso não dá! E está crônico.
(Gedeon): Pouco objetivo. Antes pecava por ser muito...
Marques: Jogou melhor do que nas últimas, mas insiste (será pela deficiência dos demais) em fazer o que não aguenta.
Jael: Surpreendeu com as cobranças de falta. Ainda falta se localizar melhor nas suas funções.

Não sei o que dói mais: Como louco por futebol assistir a uma partida de péssimo nível ou; Como amante do Galo, ver mais uma vez que nossa equipe não passa de medíocre.
A começar pela defesa: Não dá mais pra confiar no Marcos - que pra piorar, carrega a tarja de capitão - e nem mesmo no Leandro, que apesar da capacidade, está muito mal. Em vários momentos o Galo pediu pra levar gols. Levou um e por sorte (sim, foi sorte! outro juiz mais cri cri teria voltado o pênalti, corretamente) não levou outro. Contam ainda com o fraco apoio do Marcio Araujo que quando sobe, não volta nem por reza. O lateral direito até volta, mas não tem competência na marcação. Não temos lateral esquerdo e o Renan é aquele pra quem dizemos: "a natureza marca".. e como marca. O setor é só o Edson - quando está bem - e o Rafael, apesar dos pezares.
O meio também vem sofrendo. Sai serginho, entra yuri e nada muda. O pet não dá conta do recado, afinal não é todo dia que dá pra carregar todos nas costas. Ontem errou demais por isso. Querer fazre o que os outros não faziam. E também não fez. Márcio Araújo fica naquela coisa... corre muito, prende a bola mas não produz. O tchô entrou bem, mas talvez pudesse ter entrado no primeiro tempo, no lugar do yuri. E o Gedeon como titular, no lugar do Márcio. Estranho? pode ser, mas este último chuta para gol, tem muita iniciativa para as jogadas. O outro seria bom companheiro para que o Pet não ficasse tão sozinho. Assim...
... O ataque poderia ficar mais bem servido. Jael poderia sair menos pra criar jogadas (o que ele não sabe) e o Marques não precisaria assumir a função de lateral E ponta. Seria um time de futebol.
Mas o que vi, mais uma vez foi a mesma falta de opções pelas laterais, a mesma insegurança na zaga, a mesma falta de criatividade no meio e a mesma falta de competência no ataque.
Isso se repete toda rodada. Será que eles acreditam que a repetição desse estilo de jogo levará a algo diferente?
Não, pra esse caso não atribuo o pensamento do Manoel.

2 comentários:

Herberth Mendes disse...

Tivemos sorte, se sai o segundo gol do Goiás no lance do penalty arriscava ser outra goleada.

Jason Urias disse...

Muito doida a resenha Gus. Parabéns.
Não é preciso dizer que concordo em "chover no molhado".
Acredito, também, que, o dia em que isso se tornar um time de futebol, nossas perspectivas terão imenso ganho.