segunda-feira, 9 de março de 2009

Galo no Divã: Democrata GV 1 x 3 Atlético MG

(com um salve para as atleticanAs!)

O ano ainda não começou pra mim. Ficar à toa só dá mais preguiça. E, na falta do que fazer, vou curtindo esse ócio nada produtivo.
Entretanto, se eu recebesse algo em torno de R$ 50.000,00 por mês, para fazer aquilo que gosto, com boas condições de trabalho, por escolha minha, antes de tudo, eu repensaria essa preguiça e moleza.

Esse não tem preguiça. Também por isso já completou a primeira dezena na artilharia. (Foto Superesportes)

Juninho: Não foi exigido, porém continua sem dar a segurança que precisamos.
Marcos Rocha: Não apoiou e nem defendeu direito. Está muito perdido de uns jogos pra cá.
(Werley): Entrou com a postura de sempre e sem aparecer fez sua parte.
Leandro Almeida: Não voltou ao melhor do futebol ainda. Dá pro gasto contra times fracos.
Welton Felipe: Preciso de um bispo para excomungar esse aí.
Júnior: Foi menos brilhante, mas não menos competente.
Márcio Araújo: Enquanto está na defesa, tudo bem. Mas já passou da idade de aprender a dar um passe heim!
(Pedro Paulo): Melhorou a movimentação, porém pouco objetivo.
Renan: O mesmo de sempre, para o nosso azar.
Carlos Alberto: O mesmo de sempre, para a nossa sorte.
Éder Luis: Muito perdido no primeiro tempo, posicionou-se melhor no segundo.
Kléber: No primeiro tempo só fez falta. Depois do intervalo não fez falta.
(Chiquinho): Movimentou-se melhor que o anterior, mas sem efetivas construções de jogadas.
Diego Tardelli: Estava feito barata tonta no primeiro tempo. Quando o time corrigiou, voltou a posição certa para fazer (2 vezes) o que sabe.

Leão: Chega de falar dos méritos. Essa história de bronca no vestiário já deu. O time tem que vir pronto (e bem escalado) de 'casa'.

Parecia que seria mais um daqueles absurdos que vemos vez por outra nos gramados quando há confrontos entre time grande x time pequeno. Dada as listras preta e branca da camisa do Democrata, parecia que estes eram o time grande. Não pela técnica ou, qualidade individual ou postura tática. Esses são elementos imprescindíveis para um time grande. Mas outra fundamental demonstrada pelo pessoal de Valadares foi a postura de não tomar conhecimento do adversário e, dentro de seus limites, partir pra cima. Do outro lado, o Galo, sabe se lá por que, completamente acuado, sem atitude, criatividade, postura e tudo o mais que se espera.
E o primeiro tempo realmente foi um absurdo. O placar foi até mentiroso. Os rapazes que saíram da capital mereciam ter levado pelo menos mais um gol sem sequer fazer nenhum. O futebol foi horroroso!

No segundo, aquela história que já conhecemos. Se não fosse o ofício e a paixão, poderia eu simplesmente decidir e sugerir assistir apenas aos segundos tempos dos jogos do Galo. Porque depende de um rugido no vestiário para alguma coisa tomar forma. Dali pra frente, foi o básico. Time com estrutura, jogador melhor e mais preparo físico, tem mesmo é que ganhar. O Galo venceu porque a vitória estava diante dele, o adversário pediu pra ser derrotado. Não foi preciso esforço. Aí está o meu medo. Será que o time terá postura e competência quando realmente houver desafio?

A escalação do time também ja mostrou que estamos numa novela. Não dá para termos um cara como Welton Felipe vestindo a camisa 3 do galo. Todo jogo tenta (e em muitos consegue) complicar alguma coisa. Não dá para ter um volante lento como o Renan (no clássico ele mostrou porque). Os times fracos não aproveitam sua lerdeza, mas um já aproveitou e outros também o farão. Meio campo é lugar de meia. E não de atacante. O Kléber demonstra ser um cara com uma postura bacana em campo. Daí a esperar que ele arme jogadas, é demais. Por que não pos logo o Chiquinho? Tudo fica para o segundo tempo...

Já deu, não aguento falar mais nisso, mas é quase tudo o que tem mostrado rodada após rodada. E tenho que lembrar a nossa única derrota no campeonato. Se os times do interior esperam a nossa reação no segundo tempo, outros times do nível que haverá no brasileirão, não esperam. Tanto é que a reação no segundo tempo do clássico não adiantou em nada. Tudo bem que na partida em questão, o Galo teve uma postura mais digna na primeira etapa, mas como tem sido recorrente, foi na segunda que resolveu mostrar a que veio. E por uma série de fatores, dentre eles o próprio adversário, não resolveu.

6 comentários:

Anônimo disse...

Como diria alguma daquelas revolucionários duplas sertanejas unodecafônicas do cancioneiro da música de chorar braZileira:
"É o CALOOOOR...."

Anônimo disse...

Eu quase desliguei a TV, realmente o jogo foi muito ruim, o LA e o Kleber (será maldição do nome?) fazendo muitas faltas... Felizmente no segundo tempo as coisas melhoraram mas nada que dê alento e esperança de bons resultados contra os grandes. Ainda temos umas molezas pela frente antes de topar com adversários melhores. Talvez até lá o Renan Oliveira possa ocupar essa vaga do Kleber e o Serginho volte pra botar o Renan cover no seu devido lugar.

Jason Urias disse...

Ow! Nem quando eu fazia escolinha de futebol lá em Caeté eu via tamanha desorganização! Dos jogos do Galo que vi até hoje, o de ontem foi insuperável no quesito desorganização tática, principalmente no primeiro tempo! Pior que time de várzea! Pelarmosdedeus!

Não há mais o que dizer, mesmo, Gus. Já chega de esperar a segunda etapa pra jogar bola!

E, se a entrada do Kléber no time era pra deixar o Tardelli mais "solto" e o Éder voltando para armar (e marcar), não funcionou. Não sei se por opção do Leão ou se por desobediência tática do garoto. Esta segunda opção parece mais lógica, visto a substituição.

Ao menos uma coisa dever ser dita: até agora o time já demonstrou que o problema não é mais estrutural, como vinha sendo ultimamente. O Leão tem conseguido organizar este conjunto e até dar uma "personalidade" para ele. O problema, agora, permanece pontual. O Welton Felipe TEM que sair da zaga, precisamos de um bom volante desarmador (o nome "amaral" passou pela minha cabeça, agora... hehe) e um centroavante poste - que não é problema único do Galo. No final das contas, o time melhorou, sim. Mas é preciso mais. Muito mais!

Breno Souza disse...

Cara aquela bola na trave foi fantástica, eu fiquei arrepiado com a determinação e vontade de jogar, mas fala sério... Aquele gol no finalzim foi o triunfo par o Ronaldo. Agora o time do galo poderia aproveitar alguns ensinamentos do runchunchudo, ser modesto é ser bom naquilo que você designou a fazer. Ser modesto é a imprensa de martelando, mas de repente (que por sinal quanta baboseira) a mesma mídia o torna como o Deus. Realmente eu não entendi aquela desorganização do galo, me fez lembrar a época que eu jogava plekos (futebol com preguinhos, onde você da um peteleco na moeda, ou tampinha e sai batendo em qualquer um até entrar no gol) e achava que era o bambambam do futebol. Gente os grandes tão chegando por aí. Chega de brigar pelo 14º lugar no brasileiro!!!

Anônimo disse...

Só um detalhe, o jogo entre curintian e parmeira tb no primeiro tempo foi dedadó.
Coincidentemente melhorou no segundo.
Não foi exclusividade nossa não.

Gus Martins disse...

Pois é. Infelizmente, futebol de baixa qualidade não é exclusividade nossa, do galo, nem de minas. É do país inteiro.

Muito disso é colocado sobre a concorrência desigual que leva os melhores para fora.
Mas a parte mais importante talvez esteja aqui dentro mesmo. E está ligado à tal competência administrativa.
Se não podemos competir com os de fora, no mínimo temos que ter força para desbancar os daqui que têm a mesma desvantagem. E o que me deixa indignado é que o Galo está longe de mostrar esta força...