segunda-feira, 4 de maio de 2009

Da Diretoria: Estaca zero

O Tom disse isto 'istro dia':

"O Leão ainda me merece credibilidade , mas com data marcada. Nada me tira da cabeça que o Marcos é doido para ver a fera pelas costas e esta desarrumação da zaga com tamanha intensidade no jogo contra o vitória me faz lembrar aquele goleada para o Vasco..... Agora , sabe-se lá o q acontee nos subterrâneos do Galo....nós torcedores ficamos sempre com o julgamento das aparências e sequer a nós é permitido olhar para o fundo da superfície."

Pois é. A data foi marcada pra ontem mesmo. Ou hoje, sabe-se lá a que horas da madrugada o martelo foi batido e concretizou-se que o Leão não é mais o rei do galinheiro. Quem cantará de Galo agora é novamente Celso Roth.

A coisa já estava meio esquisita dias atrás. Como assim, o comandante não sabe quem vem para ser comandado? Estranho seria se não fosse no Galo. É só reler as palavras do Tom. As aparências no Galo são sempre sombrias e raramente temos alguma certeza (mas várias suspeitas) do que está por trás da(s) máscara(s).

Por falar em comando, a troca deste sempre que a coisa aperta é ainda, ao meu ver, uma das maiores burrices do futebol brasileiro. Uns e outros, aqui mesmo em Minas e também na capital paulista, já aprenderam.Nesta nossa pouca idade, quase 1 ano de FEF, vimos a história se repetir algumas vezes. Quando inauguramos o blog, o chefe era o Gallo. Em agosto, cedeu lugar ao Marcelo. Em dezembro, vieram com um papo de planejamento e trouxeram o Juba. Por motivos mais que óbvios, duvidamos que realmente era um planejamento com 'P' maiúsculo. Agora, ve fazem mais esta.

Acho que o Leão pagou caro por entrar na escolinha falastrona que virou a sede do galo e querer tomar o lugar dos mestres. Dizia-se que ele era a cara da torcida do Galo. Só não falaram que não podia copiar o chefe. Ali, quem pode falar bobagem é só o presidente - seja em que época for (e seus comparsas). Começou a falar de mais e deu no que deu. Mas algo não foi dito. O essencial, como sempre. E sabe lá se um dia falarão o real motivo.

Apesar dos resultados e do inegável péssimo futebol da equipe, não acredito que estes tenham sido as únicas e principais razões. Até porque, time com jogadores ruins precisa de muito mais do que um bom treinador para jogar bola.

Falemos do outro: Não gosto. Como disse ao Jason hoje, quando me ligou para dar a fatídica notícia, já vai começar dando errado até que me prove o contrário. E já faço uma meia culpa desde já. É possível que eu seja bem menos tolerante com ele, a menos que eu controle minha parcialidade.

O próprio Jason colocou uns prós, ditos pelo Vilaça, mas como ambos estão por aqui no FEF, prefiro que eles tragam a palavra. De início, digo que concordo que as diferenças entre um e outro podem até nos favorecer. E que, se for o caso, poderemos dar adeus, quem sabe, aos perna-de-paus a quem temos desperdiçado várias linhas a cada resenha.

Assumo que posso ter cometido uma certa injustiça, porque o que já ouvi algumas vezes é que na outra passagem do Celso por aqui, seus números (ah, os números) não eram ruins não. Vamos ver...

No mais, desejo boa sorte ao Gaúcho.

Futebol e competência andam passando longe do Galo.

17 comentários:

Jason Urias disse...

Seria um post se a rede aqui não estivesse tão ruim. Mas o Gus já descreveu muito bem esse troca-troca desenbestado.

Havia um problema de rede aqui na empresa e só agora tive acesso à internet. Antes, porém, o Vilaça me informa que o Celso Roth é o novo técnico do galo. "Melhor do que o Juba", disse ele.

Sei não. De verdade. O Roth teve relativo sucesso no Grêmio em 2008. Quando todos (inclusive nós) achavam que o Leão havia conseguido tirar o time do Galo da linha da mediocridade, vem os jogos contra "times de série A" e, pow!, duas marretadas.

Ainda não consegui assimilar a mudança. Não por uma maior predilieção ao Leão do que ao Roth - até porque, dos dois eu prefiro o Levir Culpi -, mas por não concordar com essa dança desenfreada das cadeiras no comando técnico do time.

Eu acredito que trabalho bem feito leva tempo pra se concretizar e até já concordei aqui que 2010 seria o ano para colher frutos melhores do trabalho do Juba. Entretanto, mais uma troca de treinador ocorre às pressas (Brasileirão começa domingo que vem) e, isso sim, não me sôa nada bem.

O contrato do Celso Roth vai até 31/12. Mas até lá, muita bola vai rolar. Ou não.

Tom disse...

Ei "deteretesto" de paixão o Levir, mas sabe que me surpreendí preferindo seu nome ao do Roth?
De qualquer forma não vou "puxar pra baixo" e vou apoiar em algo, nem q seja numa folha perdida neste vento de outono.

Herberth Mendes disse...

No início do ano Kalil já queria Roth. Só aproveitou a deixa pra trazê-lo agora.
A primeira passagem dele realmente não foi das piores, o problema é que foi em 2003.

Tom disse...

Sem dúvida Herberth o Kalil só estava esperando por uma casca de banana no caminho do Leão.
Acho q o o Leão já prestou excelentes serviços ao Galo. Desta vez porém eu não estava gostando da sua postura não, creio q embarcou no discurso da diretoria como foi bem colocado no texto do Gus e encrencou com algumas peças do elenco....
Enfim, vamos ver no que vai dar, o que não dá é torcer contra o Galo.

Flay Ferreira disse...

É, só nos resta esperar. Na minha opinião a demissão do Roth do Grêmio foi injusta, por sinal após seqüência de derrotas para o rival, como o Galo. Mas será que dará certo aqui? Seus números no Grêmio são poucos gols sofridos e, igualmente, poucos marcados. Mas quem entra em campo, excetuando-se alguns técnicos xiliquentos, são os jogadores. E o plantel do Galo não é comparável ao do Grêmio. Vamos ver. Só o tempo tem as respostas.

Gus Martins disse...

Pois é... deixar de torcer, não deixo mesmo! Mas perdoem-me (e critiquem na hora) se eu me mostrar menos tolerante ao Roth...

Depois da goleada de 5, eu estava sonolento com a tv ligada. Aí ouvi na ESPN o PVC falando: "Celso Roth sempre foi uma sombra pairando por cima do CT do Atlético MG. A Gente sabia que com o estopim curto, no primeiro encontro sairia uma faísca entre Kalil e Leão".
Na hora corri pra net pra ver se tinha acontecido a troca.
Embora eu tenha esquecido de falar isto aqui no FEF, esse trem ficou na minha cabeça.
Alguém sabe por que o PVC falou isto? Ou, já havia algum rumor (para além deste desejo do início do ano...)?

eliana disse...

O kalil fez como o marido traído que manda tirar o sofá da sala depois de ter flagrado sua mulher com outro no dito sofá, ou seja, fez o mais fácil mas não necessariamente o correto. Só revelou mais uma vez a falta de profissionalismo e planejamento. No início de 2008, o Muricy tava na forca no SP, como é um clube e time com estrutura, segurou a barra até o fim do ano e o resultado todos sabem. A verdade é que os dirigentes do Galo não são proativos, e não são porque falta-lhes tino para contratar jogadores.

Tom disse...

Eliane , por gentileza, gostaria que vc me esclarecesse o que entende que seria uma atitude profissional - segundo entendí - neste episódio.
Seria a manuteção do Leão?
Quanto ao planejamento não houve como o Kalil fazer isto e muito menos a outra chapa também teria esta condição.
Kalil pegou um bonde velho, desgovernado, lotado de passageiros pendurados por todos os lados, um cabideiro cheio de pendurucalhos inúteis e um criado mudo vazio.
Planejar o que? Só lhe restava a pontualidade de arrumar dinheiro para por salários em dia, contratar técnico, retornar o Bebeto e assim por a coisa para andar , mesmo que de forma tropega, como está sendo.
Claro que houve erros e muitos, mas houve também impossibilidade financeira que viabilizasse acertos ou minorizassem os erros.
Não há nos quadros do Galo qualidade e perfis de pessoas que pudesseem geri-lo de melhor forma, e se há são impossibitadas de mostrarem serviço.
Uma estrutura arcaica como a nossa - ao contrário do lado de lá que tem uma ditadura neo-liberal, mas eficaz - não nos oferece alternativa a não ser este modelo caudilhista que o Kalil personifica.
Mudança no Galo não se dará por vias políticas convencionais . Mudanças no Galo só acontecerão através de uma ruptura.
Talvez o Kalil na sua fúria possa vir a ser o lider messiânico que ao ser desidealizado favoreça o acontecimento desta ruptura e a possibilidade do aparecemento de novos paradigmas no horizonte de nós todos, Atleticanos.

Tom disse...

Adendo: qto a contratar jogadores creio que além de tino falta também condição financeira.
Lembrando que a vinda de nomes desconhecidos nos remeteriam imediatamente para um passado de anteontem...
Imaginemos se fosse anunciada a contratação de um tal de Ramirez, vindo do formidável time do joinvile?
O que não leríamos de Kalil= Ziza= Fato.
Por outro lado paira também o fantasma dos Alex Alves da vida.

Gus Martins disse...

Ignorância não é pecado. Neste caso, só temos que lamentar a falta de profissionalismo que paira sobre os céus alvinegros.
Mas, dentro da falta de tino, o mínimo que desejo de postura profissional é menos falastrisse. Que assumisse que "se cheirar mal eu taco fogo e mando embora" e não me venha mais com falas mentirosas de que há planejamento e que estão fazendo a coisa certa.
Não duvido da honestidade e boa intenção do presidente e, mesmo não conhecendo outros, acho que o Kalil é o melhor para estar lá hoje. Mas que diga para os quatro cantos que fará do jeito que quer e que acha certo, em vez de dizer que fará tudo bunitinho...
"Kalilzinho light é o diabo que o carregue" hehehehhehe!

Unknown disse...

Ói o PVC:

"Celso Roth é o novo técnico do Atlético. Leão cai depois de ser excluído do jogo contra o Cruzeiro. Há uma semana, Alexandre Kalil garantiu que não faria mudanças radicais por causa de uma derrota. Fez por uma derrota e um empate. Mas, principalmente, porque Celso Roth é seu sonho de consumo.

No final do ano passado, Kalil aguardava ansioso pela não renovação de Celso Roth com o Grêmio. Renovou. E Leão foi a aposta porque o Galo ficou sem outra opção no mercado. Celso Roth é boa contratação e ajudou o Galo na campanha de 2003, a melhor do Galo nos pontos corridos.

O Atlético terminou em sétimo lugar, com Roth nas primeiras 20 rodadas e Kalil como diretor de futebol. Roth caiu na vigésima rodada, depois de perder para o Fortaleza por 4 x 3, porque Alexandre Kalil já tinha deixado o cargo de diretor de futebol. O Galo estava na mesma sétima posição em que terminou o campeonato. A melhor classificação do Atlético na história dos pontos corridos."

Tirei daqui: http://espnbrasil.terra.com.br/pvc/

eliana disse...

A falta de profissionalismo a que me referi, não acontece só no Galo, mas na maioria dos clubes brasileiros, deu errado, tira o técnico. Também não sei se seria profissional manter o Leão, a diretoria optou por fazer alguma coisa pra dar satisfação à torcida e esse algo foi aparar o Juba. Os defeitos que citei acima acompanham o Galo há tempos, é verdade que o futebol hoje em dia está muito mais 'mercenário' que antigamente, então fica difícil contratar bons jogadores sem dinheiro, mas se olharmos a história do Atlético, veremos que os melhores jogadores, na maioria esmagadora, não foram os mais caros, vieram graças ao tino dos dirigentes de então. Infelizmente, temos que reconhecer que os dirigentes das Marias têm isso de sobra.

Tom disse...

Eliasna agora clareou.
O Kalil sempre gostou do Roth e o Leão só veio em razão dos compromissos do gaúcho qdo ele assumiu.
Não me surpreendeu de forma alguma a demissão do "Juba", até para q o K. não entrasse em contradição com o q tinha dito sobre a derrota em 2008.

Jason Urias disse...

O sonho do Kalil era o Levir Culpi, e não o Roth. Quem disse isso foi o próprio Alexandre.

Tom disse...

É o Kalil pendula entre os dois, mas ao que consta a primeira opção pré Leão foi o Roth- de repente pela inviabilidade do Levir.

Borusso disse...

Perspicaz a lembrança que o Tom teve do zag. Marcos e seus velhos ardis!!
Uma pena o Juba ter saído assim. [:o]Não é possível que ngem em Vespa tenha avisado o Leão do perigo que o beque significa! Iustrich, mencionado num dos links (no jogo do Tatu), teria suspeitado.
Em 07 Marcos fizera o mesmo complô pra derrubá-lo. Portanto, achei estranho que o Juba ainda o escalasse nesses últ. meses.

A Eliana mandou singularmente (do sofá) benzaço [:)][8)] ao analisar o acontecido! Nos últ. 11 anos trocamos de coach 29 vzes, com 6 idas e voltas.

E mui boa tb esta observação: “se olharmos a história do Atlético, veremos que os melhores jogadores, na maioria esmagadora, não foram os mais caros, vieram graças ao tino dos dirigentes de então.” Com ctzª!! Vieram à mente na hora o Gerson, trazido do tb Galo de Jundiaí, então na 2ª Div. Paulista, e que virou um goleador; Marques, tocado da Gávea de contra-peso na negociação do Cleissom; Luizinho, descartado pelo Felício Brandi; Dario, vindo do S. Cristóvão(?) praticamente de graça...

Na desidealização do Kalil que o Tom propôs, gostaria de levantar que o atual Presidente [:D]estava no grupo que aplaudiu a largada do bonde e cortou o lacinho rosa da inauguração; visto que o Alexandre apoiara o Bigode na Eleição 06.

Borusso disse...

Otro sinal de (não por falta de grana) planejamento mal feito se deu em novembro ADC: Renanzim foi convocado pra Slç U20. Em vez de segurá-lo na Cidade do Galo pra fz a Pré-tmporada, o Estadista permitiu que ele fosse pra Teresópolis. Retornou (¬¬Quel surpris [:x]...) da Venezuela pregado e machucado.

Uai, qtº ao anúncio do gde meia do Joinville, no começo seria esse desapontamento mesmo que o Tom disse. Com o tmpo o jogd ia mostrar o gde futb que ora conhecemos, e a Massa daria a mão à palmatória.

Trocar o Juba pelo Roth foi coisa de time e clube pequeno.

No fim do ADC cheguei a gostar do que o Celso Juarez fazia, por sua campanha na Liga. Mas dpois de vê-lo pipocar, ao entregar o título pro SPFC, com 11 ptºs[:o] de vantagem sobre este...e de trocar idea c/ amigos(as) gremistas...Atualmente partilho da opinião do Gus. Não gosto do Roth.