segunda-feira, 20 de julho de 2009

Palavra do Presidente

Belo Horizonte (Palavra do Presidente) - Não foi exatamente uma surpresa a adesão do Alexandre Kalil ao twitter, já que imagino ter sido uma ação pensada jundo com o departamento de marketing do clube.

De toda forma, não deixa de ser um canal de comunicação (!) mais próximo do torcedor (?) ou, ao menos, que oferece a ele uma visão mais aproximada do Kalil. Oferece, também, um viés de sua famigerada personalidade. A diferença é que esta 'oferta' não é interMEDIAda, lapidada ou preparada, o que nos dá uma outra perspectiva, digamos, diferente.

Em sua página, entre recados que explicam o por quê da criação do perfil até de sua solidão para "curtir o Galo", ele fala sobre as alegrias que a torcida atleticana tem tido neste passado ultra-recente.

Mas a declaração que mais chamou minha atenção foi esta: "O importante é que continuamos líderes. E eu avisei... Acostumem-se com a alegria... Ela não vai parar."

Imediatamente após terminar de ler a frase comecei a pensar no tom da declaração. Eufórica demais? Excessivamente confiante? Aí, me veio à mente todas as discussões que temos tido aqui no FEF sobre a nescessidade de reforços para o elenco e a postura do Kalil quanto à esta constatação. O que me leva a duas hipóteses: ou a euforia excessiva está 'cegando' o Kalil, o que significa que os reforços NÃO virão, ou, a partir do "Ela não vai parar", pode-se pensar que, ao contrário, eles virão, sim, e que o A.K. está escondendo o leite para não chamar (mais) a atenção.

E vocês? O que acham?

19 comentários:

Gus Martins disse...

Não só não acredito que a tal 'alegria' não vá parar, como sequer me entrego de cabeça nesse sentimento. Isso é papel da massa (não pensante, diga-se de passagem).

Presidente, por mais eufórico que esteja, tem que ter pés no chão.

Pelo histórico, não acredito em cartas na manga guardadas para manter esta dita alegria.
Por outro lado, o trabalho deste ano me faz crer que a queda será menor do que aquelas de outras promessas...

No meio disso tudo, fico com a lucidez do Roth. Que ontem também não ficou satisfeito com o placar!

Jason Urias disse...

Pois é, Gus. Enquanto escrevia, eu pensava exatamente sobre isto, ou seja, sobre o papel e o lugar do Presidente.

Este tipo de euforia não deve estar presente no alto escalão do comando alvinegro. O Roth, como você citou, tem a postura muito mais adequada, o que deveria servir de exemplo.

Isto nos leva a outra questão, a da profissionalização da administração do Clube. Mas aí já é outro papo, pra outra hora...

Tom disse...

O AK jamais perderá o seu lado torcedor , isto é parte constitutiva de sua identidade como Atleticano.
Ele não é politicamente correto, graças a Deus, aliás como nenhum dos grandes presidentes q já tiveram foram.
Os q pousaram de politicamente corretos vcs viram no que deu: vide RG.

Tom disse...

CORREÇÃO: posaram e não pousaram , se bem q o RG pousou mesmo no , HEHEHE...

Gus Martins disse...

É, Tom... lembro-me que ce tinha colocado isto em um outro tópico um tempo atrás. Concordei e concordo de novo.
Meu medo é que isto extrapole a sala da diretoria e contamine quem não pode ser contaminado. E o (bom) trabalho que vem sendo feito.
Isto não deve mesmo 'ser tirado' do AK, mas também não pode ser passado assim à revelia pra qualquer um que não lide com a questão da mesma forma que ele...

Tom disse...

É verdade Gus, mas também creio que El Kalifa seja suficientemente esperto para saber dosar e destinar estes discursos populistas, muitos deles produzidos de forma deliberada.
Descobri através da "Psicologia das multidões e análise do ego", que a natureza da relação lider - massa é semelhante à especial relação materno filial.
Tal como as mães, o lider consegue estabelecer com seus seguidores uma linguagem que só há decodificação e entendimento possivel entre os lados vinculados nesta relação.
Enquanto o lider conseguir racionalizar seu delírio, mais obterá uma resposta produtiva e pragmática da massa.
Mas, o problema é q que chega uma hora em que tudo vai litealmente pro brejo.
"Nada é perene, apenas a burrice", já nos ensinou Nelson Rodrigues.

Jason Urias disse...

Era para isto que eu chamava a atenção: o torcedor extremo, fanático e desmedido.

O lugar deste sujeito é na arquibancada e não na presidência do clube. Claro que o amor pelo clube é essencial para ocupar aquela cadeira, mas o amor quando máscara da paixão é desregrado, desmedido, cego e burro.

E, Tom, tenho muitas, mas muitas dúvidas sobre a capacidade do Kalil em saber dosar seus discursos. Ela já deu 'mili' provas do contrário.

Talvez o caminho do meio seja sublimar este amor para o bem do clube. Transformá-lo em força motriz das mudanças tão nescessárias à instituição, ao invés de, frequentemente, desperdiçá-las ao vento.

Tom disse...

Pois é Jason, mas frente a nossas últimas experiências de presidentes e das possibilidades que se apresentaram na última eleição eu estou achando a insanidade do Ak muito sauda para o corpo e a alma Atleticana.

Jason Urias disse...

Ah, sim, Tom. É óbvio que é melhor ter o A.K. na presidência do que o Itamar Vasconcelos... hehe

E, só pra não perder a oportunidade de polemizar, quanto a nossos últimos presidentes, no geral, acho que o Ziza foi um dos melhores! Pela relativa ordem administrativa que ele conseguiu colocar na casa, dentre outras coisas.

Porém, seu maior erro, indubitavelmente, foi a falastrice. Nisso ele foi imbatível. Até mais que o A.K.

Herberth Mendes disse...

Gosto muito do Kalil, só que ele exagera. Realmente tem jogado palavras pra galera. Porém, tem feito um bom trabalho visto a nossa limitação financeira.

Tom disse...

Sem dúvida Jason, Itamar nem se compara ao Bias Fortes ( filho do Walmir e contra parente do RG - cunhado se não me engano).
Quanto ao Ziza realmente ele colocou ordem na casa: a ordem de São Francisco....hehe.

Gus Martins disse...

É, também acho que o Kalil sejá o 'mió que tá teno'... mas um pouco de cuidado não faz mal a ninguém...

Eliana disse...

Acho que o AK é mineiro por descuido. Não gosto dessa gente falastrona, nem quando tem razão, ainda mais quando fica provocando o arquirrival, o que só inflama os ânimos das torcidas que já andam se enfrentando sem razão. Fosse eu, nem mencionaria as Marias, aliás, proibiria que o nome delas sequer fosse mencionado.

Tom disse...

Concordo com a Eliane, mas a têmpera do AK é esta mesma e ele não é mineiro , ele é turco..hehe.
Jason, vc entendeu a máxima do São Francisco né?
Sarney quando governou o país a seguiu ao pé da letra.....hehehe.

Jason Urias disse...

Concordo totalmente contigo, Eliana.

Ô, Tom, desculpe a 'ingnorânça', mas tendi não...

Fiquei pensando se tinha algo a ver com caridade, mas isto é uma coisa que o o Ziza não foi...

Se bem que a Galoucura deve discordar, né mesmo?!?! hehehe

Tom disse...

Jason a máxima de São Francisco diz: "É dando que se recebe"...

Jason Urias disse...

Aaahh... hehe

Apesar da máxima franciscana, ele teve papel importante em sua passagem pelo Galo.

Agora, que fique claro uma coisa! Não estou pedindo o retorno do Leôncio e não estou dizendo que ele deveria ter ficado! Não é isso!

Só não acho que ele foi o demônio que dizem que foi.

E o importante é que foi embora.

Tom disse...

Meno male Jason.
Mesmo assim continuo não entendendo em que o ziza teve importância.
Será q vc se refere ao retorno à série A?
Isto era obrigação.
Qdo presidente só foi papo dez e deu uma pseudo aparência neo empresarial ao clube.
No mais só praticou o método da barra de gelo.....

Jason Urias disse...

Tom,

ele acertou os salários ultra atrasados da peaozada, a galera do salário mínimo; fez acordos judiciais que facilitaram bastante a vida do galo; conseguiu o incentivo do governo para ser aplicado na base (que, sabe-se lá se o foi aplicado lá, mesmo).

É verdade que quis supervalorizar seu trabalho, a tal "pseudo aparência neoempresarial", como você disse e foi muito gogó, mesmo - o que considero seu maior erro e desrespeito para com a torcida, nos chamando de bobos.

Agora, pô, Tom! Claro que a 2ª era obrigação! hehe

De qualquer maneira, acho que as (poucas) ações importantes que ele concluiu foram muito importantes para que a atual direção tivesse o mínimo do mínimo de condição de trabalhar.

That´s it!