Galo no Divã: Atlético MG 1 x 1 Palmeiras

("Mas é preciso ter força, é preciso ter raça, é preciso ter gana sempre...")

Ainda falta um pouco de Gana. Poderíamos ter levado os três pontos, bagunçado o chiqueiro. Mas aqueles velhos detalhes que não podem faltar, faltaram. Detalhes aos quais um campeão não pode estar desatento e dos quais não pode abrir mão quando precisa decidir. Não foi nenhuma tragédia. Mas deixou ainda mais escancarados os motivos de dúvida que temos discutido aqui.

Se eles comemoravam, nós não deveríamos ter ficado abatidos...

Bruno: Tranquilidade em alguns momentos. A reposição de bola não foi boa. Cruzamentos ainda provocaram calafrios.

Carlos Alberto: Muita disposição, mas no ataque não acertou um passe.
Welton Felipe: Normal - muitas emoções.
Werley: Notmal - segurança e simplicidade.
Thiago Feltri: Jogou bem. Mas se for pra assumir a lateral, que apoia e chega na área, tem que calibrar o pé. Na maioria das vezes, como ontem, erra um na cara do gol.
Jonílson: Homem-chutão. Não comprometeu, mas um pouco de tranquilidade não faria mal.
Renan: Esteve bem na maior parte do tempo. Não comprometeu.
Serginho: A cara do Galo. Muita raça e um bocado de técnica que é indispensável.
(Alex Bruno): Ajudou no final a suportar a pressão alviverde.
Júnior: Quando o Roth finalmente percebeu que ele estava em campo (parece que não estava), sacou-o.
(Tchô): Seis por meia duzia. Não aproveitou as qualidades que tem, próximo da área. Além de, como sempre, prender muito a bola.
Éder Luis: Começou bem, movimentou-se bastante. Teve que fazer a marcação de saída pelos dois lados, já que o Renanzim não fazia. Aí se perdeu.
Renan Oliveira: Algumas vezes preciso no passe. Outras tantas desligado e/ou sem disposição. Deu a impressão de estar acomodado e este foi seu maior defeito.
(Pedro Oldoni): Não viu a cor da bola. O centro avante alto entra pra cabecear e não tem uma bola aérea...

Celso Roth: Muito descontrolado no primeiro tempo, que passou todos os minutos esbravejando - sem razão - contra a arbitragem. Esqueceu do time que, mais uma vez, não suportou a pressão. No segundo tempo, acordou pra realidade, que o jogo é em campo e que sua função é orientar os seus comandados que estão lá. O time melhorou. Daí pra frente, as falhas (exceto a demora para tirar o Júnior) não foram culpa sua.

Início nervoso, o Palmeiras partiu pra cima e nossa resposta foi um tanto quanto descoordenada. Aos poucos as coisas foram se ajeitando e logo na primeira oportunidade, uma sequência 'sortes' nos deu o primeiro gol. O zagueirão deles falha, o Renanzim estava atento, o Éder acertou um chute, o Marcos falhou. Tudo muito incomum, mas fundamental para aquele momento. Porém, ao contrário do que costuma acontecer em jogos menores, o líder não se abateu. O jogo continuou lá e cá. No final, uma bela jogada do Diego Souza - é, ele não poderia ficar sozinho com o Weltão, que além de tudo já estava amarelado - deixou a bola nas cabeças do Coalhada, digo, Ortigoza.

A bagunça instaurada do meio pra frente, a inoperância do Renanzim e a inutilidade do Júnior eram os fatores a serem mudados no intervalo. Sem mudanças de peças, torci para a mudança de postura. Isto de fato ocorreu e, na maior parte do tempo, botamos ordem no galinheiro. Faltou competência para finalizar, pois houve oportunidades para ficarmos novamente à frente. Embora o domínio fosse nosso, o lado de lá acabou ameaçando em contra-ataques, mas a sorte e umas boas defesas do Bruno nos salvaram do pior.

Não fosse o abatimento pelo pênalti perdido, discordaria da substituição do Renam. Não estava lá tão bem, mas, no ataque, quem estava? A entrada do Oldoni era óbvia e esperada. Contudo, a saída desejada era a do Júnior - que sequer entrou - trazendo o Renanzim de volta pra sua posição. Dali, poderia servir o atacante que entrou. Não foi bem assim. O lateral-esquerda-meia-direita sem lugar, saiu para a entrada do Tchô que pouco contribuiu. O Oldoni continuou sozinho, o Éder mais perdido, e ao final, pedimos aos céus que nada acontecesse de ruim na zaga.

Foi um bom jogo, quando estávamos organizados, jogamos bem. Mas não foi suficiente. E não será o suficiente. E mais uma vez, saímos de um confronto direto sem vitória. Até agora não vencemos um sequer, dos que estão lá nas cabeças.

** De tão repudiante, já ia me esquecendo de um comentário. Por que não morrem logo aqueles malditos infelizes - pelo menos era a minoria - que vaiaram o Renanzim? Apostava em um aprendizado por parte desses acéfalos, mas desisto desta aposta. Agora só desejo-lhes a morte.