Galo no Divã: Corinthians 2 x 0 Atlético MG

("Onde está o caminho que me leve de volta... onde é que eu fui parar...?" 14 Bis)

Começamos o mês de agosto assim. Foi aí que viajei na maionese com a seguinte idéia "Supondo que ganharemos do Coritiba e, pensando catastroficamente, perderemos os demais, corremos o risco de fechar a fase om 31 pontos. Podendo ser ultrapassados - salvos os confrontos diretos que têm nesse meio - por um monte de gente e fechar na 6ª ou 7ª posição". Findada a primeira fase do campeonato, não foi tão longe disto. Assumindo que, contra os colorados, ainda teremos uma derrota em potencial, estacionaremos nos 32. A catástrofe não foi tanta, mas fomos ultrapassados. E fechamos fora dos que iriam para a Libertadores. Espero que, como de costume, a segunda metade do campeonato seja mais interessante para nós.

O que foi que eu fiz..?

Bruno: Não teve culpa no gol. Mas teve no gol que não foi. Espalmar bola para o meio da área é de matar. Isto está na cartilha de qualquer goleiro.
(Édson): Não peneirou e, em alguns momentos até pareceu seguro. Deu azar num daqueles chutes que o cara nunca acerta. Tinha que ser com ele...
Marcos Rocha: Na defesa estou desistindo. Não aprendeu nada até hoje sobre marcação e desarme. Sem a cobertura do Márcio Araújo, não pode entrar em campo.
Werley: A mesma postura de sempre, inclusive quando foi adiantado. Pena que não bastou.
Alex Bruno:Fraco. Não mete medo em ninguém, além da própria torcida.
Thiago Cardoso:Para os padrões do time na partida, estreou bem. Precisa de um jogo melhor para mostrar serviço.
Thiago Feltri: Mal na defesa, como sempre e não conseguiu produzir no ataque. Mas foi um dos menos piores.
Renan: Não segurou o rojão e o afobamento de todo o jogo culminou na expulsão infantil.
Tchô: Cumpriu bem o papel de marcar... o Júnior. Ficou na cola do camisa 6, não jogou bola e nem deixou o outro jogar.
(Marcos):Após a contusão, está de volta o 3° zagueiro. Alex Bruno não dá. O Marcos ainda é a melhor opção de reserva.
Júnior: Em condições normais, já não tem jogado. Dava sinais que, pela esquerda, ajudaria o Feltri. Na verdade, se embolou com o Tchô e todo mundo se atrapalhou.
(Rafael Jataí): Mostrou disposição e posicionamento adequado. Poderia ter entrado de titular para mostrar melhor o futebol e de quebra ajudar o time a jogar como sabe.
Éder Luis: Procurou muito o jogo. Mas não encontrou.
Diego Tardelli: Sequer procurou. Mas não tinha jeito. Voltar pra armar não é função dele. Ficar plantado na área a bola não chega. Aí não tem atacante que jogue bem.

Celso Roth: Pior armação e piores substituições do torneio. Que o time estava todo bagunçado, todo mundo sabe. Mas quem conhece e treina os jogadores diariamente é ele. Supor que uma hora ou outra essa seria a condição do time é o mínimo que se espera. E se esperava que, mesmo com qualidade inferior, armasse um time com estilo de jogo semelhante ao que tem sido.


O time sem volantes perdeu a direção. (hehehehe). A falta de jogadores pelo meio defensivo fez com que sofrêssemos mais uma vez com aquilo que o Herberth já disse algumas vezes: O Galo não funciona no 3-5-2. Estranho é que, se o treinador estava disposto a lançar um estreante, como fez no segundo tempo, poderia ter entrado de cara com ele, para armar o time na formação usual. O desentrosamento do volante, no caso, não seria desculpa, uma vez que este foi um problema pra quase toda a equipe.

Pior jogo que assisti neste campeonato. Claro, com certeza houve piores, de outros times, mas que obviamente não assisti. Dois times pra lá de desfigurados. Porém um lado soube utilizar bem os seus lampejos, enquanto o outro ao desperdiçar os primeiros bons momentos, desapareceu do jogo. Por vários momentos preferi acompanhar mais uma partidinha de Tênis. Acreditem, estava mais movimentada!

No primeiro tempo, parecia que o jogo ficaria equilibrado. Que nada. Logo logo, nossa zaga ficoudominda pelo ataque de lá, nosso meio foi inoperante e o ataque inexistente. O time todo acuado também pela arbitragem que, embora não tenha influenciado no resultado, presenteou o 'cai-cai' paulista com faltas inexistentes, além de cartões que frearam nossos jogadores (até mereceram, mas o outro lado fez igual sem receber nada). Em um dos lances que o Rocha não consegue marcar, um chute, um desvio, um azar. 1 x 0. Como desgraça pouca é bobagem, tivemos que queimar logo uma substituição onde menos desejaríamos.

Segundo tempo era esperar que o treinador desistisse daquele esquema. Em vão. Não só manteve como fez uma substituição estranha. O meio continuou sem jogador para criar e as laterais - que ele quis abrir e avançar - não cumpriram com o determinado. Pra completar, a expulsão de um volante o fez colocar outro, limando qualquer possibilidade de um investimento mais agudo no ataque.
Resumo da ópera: A pelada foi desenrolando e arrastando por intermináveis 50 minutos de 2° tempo em um tédio absurdo que fez o Mano passar o tempo inteiro sentadão se refrescando com bons goles d'água. O belo segundo gol corinthiano só serviu para nos colocar medo de tomar uma goleada e deixar ainda mais apático o já moribundo alvinegro de Minas.