Associação livre enviada pelo FEFiano Tom. Texto e pessoa dispensam maiores apresentações.
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VOTEM EM
NÓS
Penso
que o Kalil vá ganhar, por motivos óbvios.
Apoiar
governantes é praxe na “ética” do jeitinho brasileiro.
Mais
ainda em ambientes fechados, coorporativos, onde reina a padrinhagem e o jogo
de favores e reverências.
Kalil, um
absolutista, ganhará e ao que tudo indica, salvo um milagre, teremos mais do
mesmo por longos três anos.
O que mais
me intriga são seus erros recorrentes: incompetência, compulsão a repetição ou
conveniência?
Há
também o invisível poder que mesmo ausente e até distante é fantasmagoricamente
onipresente.
Seja lá
quem for eleito haverá, mesmo que a contragosto, o inescapável beija mão.
Mas há
divergências, inclusive dentro do grupo alinhado ao Kalil. Uma candidatura que
se apresenta numa paradoxal situação de oposição não opositora. Uma criatura
esdrúxula.
Oposição
mesmo é o Fred Couto.
Assisti
a todas suas aparições.
De todas
elas a mais conclusiva foi sua entrevista para o Observatório do Esporte.
Tendo a
pensar que para o momento ele seria muito mais produtivo para o Galo do que o
Kalil.
Alguns
aspectos me chamaram positivamente a atenção.
Em
especial sua fala sobre a necessidade de formação, renovação e rejuvenescimento
nos quadros diretivos do clube.
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Quem e como vota... |
O
problema do Galo chama-se Conselho Deliberativo, seus tentáculos, sua
inoperância oportunista ou conveniente.
Aquilo é
um feudo. São aristocratas que permitem a alguns plebeus participarem e assim
dar um desenho democrático ao circo (como diria Romário).
Kafunga
contava que aprovação de contas no Galo era assim: “Contas Diversas: deu tanto.
Diversas Contas: deu tanto. Fechou? Fechou! Então ta tudo certo”.
Muitos
plebeus ingenuamente acreditam que possam colaborar, fazem muito por onde até
perceberem que são meras peças na engrenagem, são coreografia e assim se conformam,
até abandonam.
Fred
promete dar vez e voz aos excluídos por ser este o seu estilo, ouvir, ouvir e
ouvir e depois decidir.
Promete
implantar metodologia para contratações de jogadores, técnico, extensivo as
categorias de base onde implantará um novo conceito na captação de jogadores.
Promete
refundar o marketing. Que não seja inchado como na era Ziza. Marketing fundamental
é time bom e títulos, o resto são ganhos conexos. Não há marketing capaz de
consolidar produto ruim.
Promete
uma atenção especial ao patrimônio do Clube e fala com autoridade porque o
conhece a fundo.
A
princípio não falou sobre o ansiado Sócio Torcedor, depois foi modulando seu
discurso e hoje tem uma fala panorâmica sobre este tema que é vital. Tal como Kalil, diz que o
problema é o estádio, porém nenhuma palavra sobre as contrapartidas, apenas
divagações. Promete estudos.
Ora,
entre a torcida já há projetos acabados, bem fundamentados feitos por gente que
estudou o assunto pensando no Galo.
Incrível
como um clube da nossa magnitude não tenha nada além que divagações sobre o
Sócio Torcedor.
E o
principal, o direito a voto do torcedor associado sequer é imaginada.
Este é o
ponto nodal onde Kalil e Fred são, neste aspecto, absolutamente iguais. Ambos
são conservadores.
Vêem o
Galo apenas do Conselho pra dentro. Sabem da nossa paixão. Sabem da nossa
fidelidade endêmica e que infelizmente muito nos contentamos com a ilusão e com
a paixão.
O que
pressenti na vaga idéia do Fred seria a concessão de benesses de fato e
penduricalhos filantrópicos
A
intervenção através do voto dos Sócio-Torcedores na escolha do Conselho será
muito mais valiosa para a torcida do que o dinheiro que reforçará os cofres do
Clube.
Mas, tomando
o conservador cenário atual como o nosso dado de realidade, pudesse eu escolher
votaria no Fred.
É uma aposta,
mas suponho seja bem melhor que a ‘certeza’ do palpite cravado que tivemos há
três anos atrás.
Se Fred
explicitar este projeto politicamente inclusivo junto à torcida terá imenso
apoio e estabelecerá um enraizamento de sua imagem não só como candidato, mas fundamentalmente
como uma liderança, uma outra e poderosa Voz Atleticana.
Mas
torcida não vota. Kalil ganha. E ai seja lá o que Alah quiser.