("
Eu sei tudo o que faço, sei por onde passo, paixão não me aniquila. Mas, tenho que dizer, modéstia à parte, meus senhores, Eu sou da Vila!" Noel/Vadico)
Quero dizer, da antiga Vila Olímpica, hehe. Até porque não sou de Vila Isabel, nem carioca e tampouco gênio como o Noel.
Sensibilizado com as questões colocadas no Copo Sujo e compartilhando em grande parte das opiniões e frustrações do Marcelo, nada como reforçar mais e mais. Não é por criticar e estar insatisfeito com uma série de mazelas que acontecem no Galo que deixamos de torcer fervorosamente.
Eu já não aguentava mais ter que falar mal e sempre a mesma coisa. Além do mais, nem de longe tenho o repertório que o Noel Rosa dispunnha para dizer das dores e dos amores cotidianos. Fato é que algo de diferente dos úlitmos jogos aconteceu hoje em campo. Mas, a paixão não me aniquila. Não poderei deixar de relatar o mais do mesmo que insistiu em reaparecer. Vejamos.
|
Não foi o melhor, mas foi o mais eficiente. |
Renan Ribeiro: Mais seguro, inclusive não rebatendo tantas bolas e operando pequenos milagres.
Patrick: Foi bem na proteção da zaga, mas nem tanto no apoio ao ataque, exceto no final do jogo.
Réver: Jogou bem, mas esteve mal posicionado nos lances de bolas aéreas, principalmente no gol.
Leonardo Silva: Este esteve bem posicionado e concentrado o jogo todo. Embora ameaça mesmo, só na segunda etapa.
Guilherme: Muito útil, na velocidade, marcação, desarme e passe. Peca ainda nas finalizações. Do que temos no mercado, está de bom tamanho.
Filipe Soutto: Muito tranquilo e consciente do que faz em campo. Mesmo não sendo tão exigido, aposto que briga por vaga.
Serginho: Esteve melhor do que nas últimas pelo fato de não ter subido tanto e de forma desenfreada.
Jackson: Machucou. E parece que foi feio. Mas...
(Giovanni):... o outro garoto estreou com um belo passe e um merecido gol. Pecou em lances de fomeagem e num chute ridículo alá Renanzim.
Renan Oliveira: Jogou bem como sempre faz, de cinco em cinco (ou mais) jogos.
(Daniel Carvalho): Abusou dos passes nas costas da zaga com a qualidade que já sabemos que tem. Que não machuque.
Mancini: Não gosto dele no ataque (quando são apenas 2). Mas hoje foi o diferencial de todo o jogo.
(Neto Berola): Sempre que tem oportunidade, cai. Que saco. Cansa.
Magno Alves: Começou com um peteleco estranho que não é de seu feitio. Depois mostrou o que pode fazer de verdade.
Dorival Júnior: Continua teimoso na escalação. Mas hoje foi feliz. E nas declarações, continua sendo. Disse, dentre outras coisas, que foi só uma bela vitória e nada mais. E que ainda não temos motivos para achar que está tudo bom. Os doutores em Galo de plantão poderiam xingá-lo, como fazem com quem critica o Galo.
Apesar de achar que não deveria, vou falar de novo. Os parâmetros são os piores possíveis. O time sensação do interior é ruim de doer. Só está classificado porque o quinto é o decadente Villa Nova e daí pra baixo a coisa é pior ainda. A zaga do América é em tempo integral pior do que os tempos ruins que vivemos com a nossa. Então, relativizemos os elogios.
O primeiro tempo começou com a corda toda. Em 10 minutos, parecia que tínhamos um melhor repertório de jogadas e um número elevado de finalizações, como sempre cobrávamos. Com 36 já liquidávamos o adversário com 3 gols de vantagem sem receber quase nenhuma ameaça no setor defensivo. E foram belos gols. Magno Alves recebe de Mancini e marca ao seu estilo de chute preciso. Como recompensa, recebeu um belo e difícil passe do Giovanni, em seu primeiro toque, e com força de quem estava seco pra marcar, deixou o seu. Renanzim, que já havia assustado o goleiro uma vez, deslocou-o num chute rasteiro e fechou o primeiro tempo. Até porque os 10 minutos restantes não mostraram muita coisa.
Do mesmo jeito que começou o primeiro tempo, veio o segundo. Domínio alvinegro e gols antes dos 15 minutos. Mancini que se destacava, colocou otro pra dentro das redes e quase foi pra galera, literalmente. Deu uma de homem aranha até o topo do alambrado. Mas a única coisa que ganhou com isto foi um amarelo, pois, impedido, não teve seu gol validado. Foi o Renanzim em boa tabela que continuou a contagem. Giovanni teve seu passe retribuído - só que pelo Magnata - e deixou o seu. Vieram as mudanças e o DJ disse que o bom do time é que não se acomodaram. Discordo. Ele é que não se acomodou e teve que encher o time de broncas a todo momento. E era mesmo necessário, pois numa das tradicionais bobeadas, veio um cruzamento da intermediária que encontrou o Obination Fake livre pra cabecear fora do alcance do Renan Ribeiro. Mas nos últimos quinze minutos o time voltou a jogar. Com dois gols de matador do Magno Alves, em meio a pequenos milagres do Renan e bola na trave do Daniel Carvalho, encerra-se uma das poucas (talvez 2) boas partidas do Galo no ano.
Vi e ouvi algumas pessoas exaltando a quantidade de e precisão nas finalizações do nosso time hoje. Concordo. Mas destaco algo que notoriamente tem sido um defeito de matar de ódio. Hoje reduzimos ao mínimo a quantidade de passes errados. Juntamente com isso, caprichamos também em bons passes em direção ao gol. Pra mim, o maior mérito da equipe hoje. Hoje.
Concordando com o treinador, digo que o ano de 2011 não me faz crer que, apenas por este jogo, as coisas melhoraram. Ainda não temos nada do que queremos, precisamos e merecemos.