quinta-feira, 30 de abril de 2009

Galo no Divã: Vitória 3X0 Atlético

Belo Horizonte (Há algo de podre na savana Atleticana) – Como já disse no “Em campo” abaixo, horrível. Referia-me, no entanto, ao primeiro tempo, mas o jogo permaneceu assim até o apito final. Completa desorientação, uma apatia absurda e um resultado vergonhoso. E ainda tem gente que discorda da afirmação de que o Galo, hoje, é time pequeno. “Tenha a Santa paciência!”, diria meu pai.

Ver o Vitória tratando (merecidamente) o Galo como se fosse um time do sertão baiano é o maior indício da afirmativa acima. Seria cômico, não fosse trágico.

Juninho: Ridículo. Péssimo. Horrível. Já deu. Precisamos de outro. E bom!
Élder Granja: fora de ritmo, apresentou melhora defensiva ao setor, mas errou muitos passes.
Marcos: Lento, perdido, estabanado, apavorado.
Leandro Almeida: O Gus já disse. Daqui pra frente, deve ser chamado de Leandro “esponja”.
Júnior: apoiou muito pouco, apesar de ter ficado muito tempo lá na frente, o que provocou um espaço danado pro péssimo Apodi jogar.
Renan: O gol contra coroa a incompetência de um volante que deveria marcar e roubar bolas, mas que não conseguiu fazer isto uma única vez no campeonato. Êita saudade do Xáves...
Carlos Alberto: sem dúvida alguma, sua pior partida no ano. É impressionante como seu futebol vem caindo nas últimas três ou quatro partidas.
Márcio Araújo: Menos pior em campo. O menos preguiçoso e o menos desligado.
Lopes: Eu e minha barriga de chope conseguimos mais velocidade e agilidade que ele.
(Yuri): Entrou um pouco melhor que a média do time, mas não conseguiu fazer muita coisa.
Éder Luis: Apagado, como todo o time, bem que tentou produzir alguma coisa, mas sem seu companheiro de ataque ficou difícil. No único lance de perigo que produziu, o Alessandro retribuiu com um lance bizarramente digno das peladas do Supergalo lá de Caeté. Aliás, o Tchola, ex-artilheiro ex-cachaceiro consagrado do Supergalo não perderia esta chance.
Diego Tardelli: Não vinha bem até se contundir num lance despretensioso no meio de campo. Pisou na bola e torceu o tornozelo. Dúvida para os próximos jogos.
(Alessandro): Se é falta de ritmo de jogo, não sei, mas que foi inócuo neste jogo, foi.
(Kleber): mostrou vontade, mas o isolamento e a pouca técnica atrapalharam bastante.

"Viu, gente! Eu num falei que essa zaga é uma baba!?!?!"


Eu acompanhava o final do episódio de ontem de Boston Legal e a vizinhança já resmungava pelo prédio, denunciando a tragédia. Mudo para o plin-plin, o relógio marcava 4 minutos e um gol contra o galo. Os minutos seguintes foram a sucessão dos mesmos erros infantis e pirracentos que tem sido cometidos até aqui, mas que a incompetência da grande parte dos adversários do Campeonato Mineiro fizeram o (des)favor de esconder.
Mas ontem foi diferente: a apatia era gritante, o time estava visivelmente desencontrado e desorganizado. Erros de posicionamento se sucediam e, num deles, o Renan, que marcava um atacante no mínimo 20cm maior que ele, antecipa a jogada, raspa sua vasta cabeleira na bola e “manda pro fundo das redes”. Dois a zero.

Imediatamente lembrei-me do Diego Rodrigues e comecei a pensar em uma resposta “à altura” para sua indignação. Imaginei-o à frente da TV assistindo ao jogo à beira de um surto, mais pelos erros (absurdos, é verdade) do árbitro que pela indiferença do Leão à beira do campo, pelos erros de escalação, pelo péssimo goleiro, pela incompetência e apatia do time.

O segundo tempo não foi muito diferente, mesmo com as alterações que o Juba fez. O time continuou errando muitos passes, desorganizado na marcação e lento nas investidas (?) ao ataque, ainda que um pouquinho menos apático.

No final, o resultado não refletiu muito bem o jogo. Os três gols do Vitória poderiam, tranquilamente ter se transformado em cinco, seis, não fosse a incompetência do ataque baiano.

Estes dois jogos mostraram que ainda temos um time razoável, apesar de ter um artilheiro inspirado. Mas vocês conhecem o ditado da andorinha, né?, e é preciso muito mais que isso pra almejar algo maior seja no Brasileirão, na Sul-americana ou na própria Copa do Brasil.

É preciso muito, mas muito, mas muito mais pra que o galo volte a ser grande, Galo, viu “seu” Diego!

E, é bom que se diga, continuaremos criticamente emputecidos!

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Horrível, esse Galo!

Belo Horizonte (E ainda tem campeonato Brasileiro...) - Onde já se viu, o time adversário bater uma falta rolando para um segundo batedor e ninguém, atenção!, ninguém se MOVER na barreira?

Será que o Leão vai tirar o Renan? E olha que eu nem estou me referindo ao gol contra?

Por que ele não levou o Carlos Alberto pra Bahia?

Horrível. Não há outra palavra pra descrever o futebol apresentado no primeiro tempo.

Será que a teoria do acidente psicológico faz sentido?

Túnel do tempo...

Belo Horizonte (Tô ficando velho...) - Taffarel; Paulo Roberto Costa, Luis Eduardo, Ademir e Paulo Roberto; Éder Lopes, Gutemberg (Canela), Daniel Frasson e Darci (Zé Carlos); Euller e Renaldo. O técnico era Levir Culpi. Foi com este time que o Galo garantiu sua classificação para as quartas-de-final em 1995, segundo O Canto do Galo. (Aliás, moçada, vale gastar alguns minutos neste blog. O trabalho do pessoal de lá é sensacional e ajuda não só a preservar a memória esportiva do Clube, como também facilita muito o acesso a informações simples, mas muito importantes para nossa memória).

O primeiro jogo terminou com vitória nossa por 3 a 2 e o segundo, no Mineirão, terminou empatado em 1 a 1.

Eu não entrarei no mérito das escalações. Não sei se existem meios para se comparar o elenco daquele time, que tinha Darci, Gutemberg e Daniel Frasson(!), mas que também tinha Éder Aleixo (nos finalmentes, é bom que se diga. Mas era o Éder...), Euller, Renaldo e Taffarel.

Naquela época a gente não esquentava a cabeça...

O fato é que hoje, 14 anos depois, o Espora Afiada e o Leão do Bonfim de enfrentam novamente visando alcançar as quartas-de-finais.
Espero que tenha restado um pouco de vergonha na cara dos atuais jogadores e que eles lancem mão do que ainda resta para não morrer na cova do Leão.
Se for verdade que a história sempre se repete, de uma forma ou de outra, naquele ano o Galo vinha de uma derrota para elas, pela última rodada do 1º turno. Só que apenas (não acredito que escrevi isso...) por 2x1.
Que sirva de exemplo. As duas.




Mudanças são boas. Mas nem sempre.

Belo Horizonte (Transmissão concluída com sucesso) - Em meio à balbúrdia causada pela humilhação de domingo, surgem duas notícias de extrema importância: Renan Oliveira está liberado para retomar a preparação física e o volante Serginho está prestes a ser liberado, também. Ótima notícia!

O Interessante é que
a notícia surge justamente no momento em que se discute muito o setor de cobertura da zaga. Aqui no Futebol é Freud falamos sobre o assunto recentemente.

Agora, resta saber como o Serginho será utilizado pelo Leão. Isto, claro, se o técnico não olhar torto pra ele como tem feito com uns e outros.

Aliás, tenho percebido que surgem algumas críticas ao trabalho - e principalmente ao estilo - do Juba. Vi um comentário que dizia que o trabalho do Leão tem prazo de validade - coisa que o Vilaça está falando desde segunda-feira - principalmente devido a sua "postura áspera" diante de comissão técnica, jogadores e torcedores.

(Cá pra nós, né. Tem repórter que faz até Madre Tereza de Calcutá perder a paciência. Os caras fazem cada pergunta estúpida que, muitas vezes, concluo que as respostas "ásperas" foram até educadas...).

Quê iiiisso Leão! Num precisa apelar, né...
Um dos que compartilha desta idéia, do "prazo da validade" é este cara aqui. Bem, a Placar é do "eixo", né mano!, então, já viu...

Não sei. Questionar a capacidade do Leão como treinador, agora, é, no mínimo, suspeito. Dizer que ele é desatualizado e que não ganha nada desde 2002 também me soa estranho. Apesar de não ter opinião definitiva sobre isto, continuo concordando com o Tom, que tem dito frequentemente que o trabalho do Leão é pra (/a partir de?) 2010.

Portanto, não acho que agora seja o momento adequado para este tipo de mudança.

P.S.: Agora, "acidente psicológico" é boa, né não?

terça-feira, 28 de abril de 2009

Blindness

Belo Horizonte (Rapidinho, porque ainda tenho que fazer a passagem de turno!) - Enquanto lia os comentários do post do Terreiro, vejo o seguinte:


59Diego Rodrigues:

Chrisian e amigos torcedores,o Galo está sendo massacrado pelo idiota do Benja no seguinte endereço:

http://www.lancenet.com.br/blogs%5fcolunistas/benja/comentarios.asp?idpost=22827

Concordo que a goleada foi um vexame, mas daí ao cara falar que o time se apequenou com o passar dos anos e que praticamente não vale mais nada no cenário nacional é sacanagem.
Gostaria de contar com os frequentadores do Blog para respondê-loà altura!!!O cara além de já ter feio isto foi ele quem iniciou aqule polêmica do Bebeto de Freitas escrachando ele no seu blog.

Conto com vocês!

Bem que o Gus avisou: cada time tem a torcida que merece!

Agora, me respondam vocês: o Benja está errado?

Problema: meio-campo.

Belo Horizonte (será uma cabeça de bode enterrada?) – Vendo o Terreiro do Galo, hoje, deparei-me com uma sugestão para a escalação do time para jogar contra o Vitória, quarta, pela Copa do Brasil (é verdade que agora ela se chama Copa KIA do Brasil?) e ele sugere este time: “Juninho; Elder Granja, Welton Felipe, Leandro Almeida e Thiago Feltri; Renan, Carlos Alberto, Júnior e Yuri; Éder Luís e DieGOL Tardelli”.

Já disse lá no Terreiro que não concordo com tal escalação. Welton Felipe? Acho que esse moço já mostrou que não tem condições técnicas para disputar campeonatos de alto nível, então, pra mim ele não tem mais lugar no time. O mesmo vale para o Renan: ele está totalmente perdido ali na proteção da zaga. E isso é sua função básica! Imaginem então, na secundária, que é dar cobertura para as subidas do Júnior?!

O nosso maior problema, ultimamente, tem sido o setor de meio-campo. Penso que neste momento a melhor escalação para a meia-cancha (meiacancha?) do Galo deveria ser: Rafael Miranda e Márcio Araújo como os primeirões; Carlos Alberto apoiando um pouco pela esquerda e o Júnior Carioca como armador. Isto mesmo! Armador! Acho que só o Leão não percebeu, ainda, que ele NÃO é volante! Até que o Renan Oliveira se recupere, acho que ele tem bom passe e poderia municiar bem o ataque.

Apesar de o Márcio Araújo e o Rafael não estarem em boa forma, eles são os que tem melhores condições de executar a função de proteção à zaga. O M.A., quando começou aqui no galo jogava assim e se saiu muito melhor. O Miranda está fora de ritmo e, apesar de não ser “aquela Brastemp”, já fez o Luxemburgo querer seu futebol no Ipyranga Paulista.

O Vilaça discorda completamente. Ele acha que nem “xodó da vovó”, nem Márcio Araújo e nem o Carlos Alberto merecem a titularidade. Pra ele, o meio deve ser formado por Renan, Fabiano, Serginho (ainda em recuperação), Renan Oliveira.

Eu até acho, mesmo, que o Serginho deve voltar ao time quando tiver recuperado completamente sua condição física e seu futebol. Ele é um Júnior Carioca melhorado (considerando o JC como volante), porque sabe marcar e tem ótimo passe e saída de bola. O Serginho é titular.

Como disse, nosso problema é o meio-campo. Muitos analistas tem dito que é a zaga. Observemos, então: no jogo de domingo, logo nos primeiros minutos, já foi possível perceber que o Júnior não jogaria de lateral (como foi até agora). Alguém deveria dar cobertura para que ele tivesse a desejada liberdade, o que aconteceu, de fato durante todo o primeiro tempo. Rafael Miranda e Carlos Alberto se revezavam por ali para fechar aquele setor.

Esta não é uma representação do esquema tático do galo, mas imaginem que o 8 e o 7 do time de preto são Renan e Márcio Araújo: vejam o que sobra pro Marcos e para o Leandro Almeida...

Enquanto isto, Márcio Araújo cobria o lado direito e trabalhava como cabeça-de-área, ajudando na proteção da zaga. E o Renan, deveria marcar o Kleber. Vocês viram no que deu.

No segundo tempo, com a saída do Márcio Araújo, a casa caiu. A cobertura do lado esquerdo falhou, assim como a da zaga. Não preciso repetir o resultado, não é?

O fato é que os volantes que deveriam dar cobertura à zaga não estão cumprindo esta função e isto obriga os nossos zagueiros a adiantarem a marcação até o setor dos volantes. Está no Galo no Divã do jogo contra o Guará e posso dizer que vi isto acontecer em todos os jogos que vi in loco (Uberaba, Rio Branco e Guará).

Seria bom a diretoria incluir na lista de reforços – além do goleiro, do zagueiro e do lateral – um bom volantão cabeça-de-área, que é pra melhorar o setor. O Brasileirão vem aí e já vimos que, contra time grande, a coisa pode ficar feia.

domingo, 26 de abril de 2009

Galo no Divã: Cruzeiro 5 x 0 Atlético MG

O que ele vai falar agora?
Acabou de me responder na rádio. (se alguém estiver acompanhando na 'mais ouvida', saberão do que estou falando).
Assumiu a responsabilidade. Basta? "Achamos que estamos fazendo o certo". Achar, simplesmente não basta. Em um ramo profissional, achismo já caiu por terra. Futebol não é lugar para amador. Alertamos isso.

"Vou continuar rasgando contrato errado"... enquanto isso, há muita gente rasgando dinheiro ao sustentar essa vergonha. Muita gente, no meio da qual me incluo pelo menos nas duas últimas semanas. O que serviu para mostrar que ano passado, eu NÃO estava errado!

**Referências não faltam no FEF. Apenas coloquei algumas, no meio de tantas que a preguiça e a má vontade do presente momento me impedem de pesquisar.

NÃO há desculpa, como pediu o comandante maior.

O time ficou na roda. E rodou. (Foto globo.com)

Juninho: Definitivamente, NÃO temos goleiro.
Werley: Definitivamente, NÃO é lateral.
(Marcos Rocha): Não fez nada.
Leandro Almeida: Infantil. No futebol e na atitude.
Marcos: Muito mal. Tentou comprometer. E conseguiu.
Júnior: Muito preso na defesa. Perdeu mais uma oportunidade de se destacar onde sabe jogar.
Renan: Bem no primeiro tempo. Voltou ao normal, no segundo.
Rafael Miranda: Lutou o jogo todo... em vão.
Márcio Araújo: Ruim com ele. Pior sem ele.
(Kléber): Só apareceu na súmula. Em campo, nada.
Carlos Alberto: Nas poucas oportunidades que teve, errou. Como tem sido recorrente.
Lopes: Perdido, pouco acionado, muito mal na execução das jogadas.
(Chiquinho): Não fez nada. Assim como aconteceu em quase todas as partidas.
Diego Tardelli: Assim como na última vez que tivemos um atacante, na final, amarelava.

Leão: Afobado. Acertou na escalação. O placar do intervalo era aceitável. Não aceitando, errou ao mexer muito cedo no time. Abriu para que o adversário aproveitasse.

Primeiro tempo. Clássico é isso. Marcação daqui, oportunidades dali. Um time com consciência da sua limitação e inferioridade técnica. Assim me pareceu o galo dos 45 minutos iniciais. Um gol, para qualquer lado era possível. Um gol adversário, dadas as circunstâncias era até mais provável. E, nas últimas voltas do ponteiro, ele aconteceu. Até aí, tudo normal.

Intervalo caótico. Alguma coisa de estranho aconteceu. Confesso que até torci pela saída do Márcio Araújo. Embora não seja eu que receba milhares de cifras em minha conta corrente todo o mês, acabo assumindo também uma culpa que não está em mim. Mas é fato que desejei, inocentemente que o Volante cedesse seu lugar a um homem mais avançado.
Ingenuidade de que eu me perdoo (por motivos narcísicos mais que óbvios). Mas não perdoo o profissional que se mostra ingênuo numa hora destas. Pois, quando você abre a porta, o estranho logo entende que este é um convite para entrar. E quando este é um pouco atrevido, entra como quer.

No segundo tempo, entraram à vontade. E as bolas estufaram as redes alvinegras mais quatro vezes. Atestaram tudo o que temos falado aqui há quase um ano. De maneira prática e cruel. Mostraram que nada está construído, que ainda não temos motivo nenhum para comemorar o pouco da obrigação que a 'nova' diretoria tem Achado que faz. Nosso 'time' mostrou que ainda é um amontoado, que o comandante tem poucas opções e que, no meio destas, se embaralha ao ponto de ficar sem nenhuma.

Mas tem um lado positivo.
Não é aquele lado que os demagogos falam que 'aprendemos com os erros'. Não, até porque nos erros já estamos escolados. Mesmo assim, o aprendizado tem passado longe da cidade do Galo.
O clássico de hoje mostrou uma coisa muito melhor. Ainda posso confiar no futebol. Neste esporte que me faz querer assistir tudo quanto é jogo, que me faz sair no domingo de manhã e assistir a um torneio amador de masters no interior. Sim, eu posso acreditar neste futebol porque hoje eu vi que, quem sabe jogar, joga. Quem deseja jogar, joga melhor ainda. E no final, apesar dos acidentes que ocorrem esporadicamentes, o bom futebol irá prevalecer.
Só tenho o pezar de dizer que há anos este bom futebol sumiu do lado glorioso da lagoa...

** Permito-me um adendo. A torcida e o time se merecem. Os mesmos que se vangloriam por lotar estádios, são os mesmos que vaiam injustamente alguns jogadores. A mesma que se orgulha tanto de não abandonar o time, é a que vai embora após os dois primeiros gols. Covardes. Este é o nome cabível à maioria dos torcedores (torcedores sim, atleticanos não) que estavam lá, mas quando veio a tempestade jogando para longe a camisa branca e preta, nada fizeram contra o vento. Ao sair o segundo gol, para mim já estava atestado. Não pelo placar, mas pela postura. O título estava do outro lado. Mas não virei as costas. E é pelas costas que quero ver aqueles que se viraram...

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Galo no Divã: Atlético MG 2 x 0 Guaratinguetá

(será que to deixando de ser pé frio?)

Daqui pra frente o páreo é duro. Times do interior, pouquíssimos. Numa competição ou noutra. Estaremos novamente de frente com os 10 grandes times do sudeste-sul e outros 9 que contam com uma força extraordinária em seus domínios, principalmente os do nordeste. Com o Brasileirão batendo na porta está difícil crer que a postura que o Galo tem assumido em campo será perdoada pelos bons adversários.

Éder Luís não conseguiu superar a marcação do Guará. Foto e legenda: Superesportes.
Realmente, eles viram outro jogo. E ecoam a injustiça que tem vindo da massa. Perguntem aos zagueiros o que o Éder fez com eles...

Édson: Salvou em alguns lances, tentou atrapalhar em outros. Como sempre. Nada confiável.
Marcos Rocha: Ensaiou boas subidas e cruzamentos. Ficou devendo na defesa. Não sabe roubar bola.
Leandro Almeida: Influenciável. Aprende o que tem de ruim nos companheiros... do Marcos aprendeu a dar chutão quando poderia tocar pro lado.
Marcos: Um pouco estabanado, saindo em momentos errados e quase comprometendo.
Júnior: Muito preso no primeiro tempo. No segundo teve o setor esquerdo todo livre, mas só resolveu aproveitar no último minuto.
Renan: Mal como sempre no primeiro tempo. Melhorou no segundo.
Márcio Araújo: Fez o que sabe. Roubou bolas e errou todas as armações pro ataque. Precisa entender que não é ele quem deve fazer isso.
(Rafael Miranda): Entrou bem, ajudou ao Renan a se encontrar no jogo e contribuiu para fechar o setor que estava mais oferecendo riscos para o Galo.
Carlos Alberto: Vem caindo de produção estranhamente. Sem uma posição certa em campo e errando jogadas preciosas no ataque.
Lopes: Ineficiente. Até foi bastante acionado, mas facilmente marcado. Não produziu.
(Alessandro): Não conseguiu fazer nada. Errou todas as jogadas e perdeu oportunidades para finalizar. Em parte, pela falta de ritmo. Outra, por ter sido colocado em posição errada.
Éder Luis: Muito bem em campo, na movimentação e armação de jogadas, além dos desarmes e incômodos que provocou na zaga adversária. Está pecando no último passe e na finalização, o que em nada justifica a postura da torcida.
(Kléber): Entrou no finalzinho sem tempo pra mais nada.
Diego Tardelli: Jogou muita bola! Mas comete o mesmo pecado... ficar lá de bobeira no meio de campo pra armar uma jogada.. a jogada sai, bola na área e ele não está lá.

Leão: Bem na escalação. O time não correspondeu. Melhor ainda nas substituições. Consertou o meio campo. Pena que o Alessandro ficou mal posicionado e não conseguiu mostrar futebol.

Poderia deixar hoje toda a resenha por conta do Jason que, ao meu lado no mineirão, foi preciso ao dizer, por volta dos 10 minutos do primeiro tempo - quando já estávamos 1 tento a frente no placar: "isso sim é que time grande tem que fazer". Pois, lá pelos 30 e tantos minutos ele volta o comentário e diz "o Galo insiste em jogar como time pequeno". Pois bem, meus caros, foi este o jogo.

Primeiro tempo começou fulminante. O time pra cima, buscando todo tipo de jogada e oportunidades. O próprio gol começou em uma cobrança de lateral, numa sobra de bola teve a esperteza e presença do Éder que (mais uma vez) deixou o Tardelli na cara do goleiro que o derrubou. Aos 3 minutos o placar já indicava que aquele número seria mudado com frequência no jogo.
Que nada. Daí pra frente o time recuou, mostrou mais uma vez a deficiência no meio e deixou o Guará partir pra cima, desordenadamente, com pouca técnica mas dando muito susto - com participações do Édson, claro - na massa alvinegra.
Concluimos naquela hora que a dupla de volantes era a responsável por toda a desgraceira que víamos em campo. Para se defender, não davam o combate na hora certa - muitas vezes nem estavam acompanhando o atacante - e com isso os zagueiros erradamente saíam estabanados deixando a meta escancarada. Nas saídas de bola, o jogo não começava pelas laterais, mas sim com os volantes que não tinham a mínima noção de ler uma jogada e dar um passe para o jogador certo. Perdemos várias oportunidades de ataque.

No segundo tempo o treinador corrigiu isso tudo. Curiosamente ainda assim não aproveitamos. As alas estavam escancaradas para a subida de laterais, principalmente o Júnior que contava com o Miranda na cobertura. Mas ele não ia. Tentaram ajudar o Alessandro acionando-o sempre. Em vão. Enquanto isso, Tardelli continuava jogando bem, mas deslocado. Éder se doando em campo como um louco, mas quando mandava pra área não tinha outro atacante bem posicionado. Foi difícil suportar os minutos finais. Mas no apagar das luzes, veio o alívio com outro golaço sem querer querendo do Júnior, premiando-o pela boa partida que ele poderia ter feito.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Campanha Paz nos Estádios

Belo Horizonte (Nunca é tarde...) – O Campeonato Mineiro chega a reta final e, como era de se esperar, Atlético e Cruzeiro estão na final. Como aponta o ótimo trabalho realizado pelo O Canto do Galo, o derby já ocorreu 440 vezes.

Há menos de uma semana para o início das finais, bate aquela vontade danada de ir a campo para ver o Glorioso de perto, torcer pelo triunfo diante do maior rival e sair do terreiro com o peito estufado e orgulhoso pela vitória. Entretanto, já não tem mais sido assim. As inúmeras histórias de violência que circundam o jogo tem feito muitas pessoas (inclusive eu) desistir de ir ao clássico ver o Galo de perto.

Hoje, e infelizmente só hoje (mas sempre é tempo, não é?), vi que existe um movimento entre blogueiros contra este absurdo que se tornou a rivalidade futebolística. É a Campanha Paz nos Estádios – Blogueiros Unidos em Busca de Justiça, iniciada pela Casa do Torcedor e pelo Terreiro do Galo.

Este é um ótimo momento para trazer o assunto à tona, pela proximidade das finais do Mineiro. O FEF apóia irrestritamente esta campanha e, a partir de agora, o banner estará aqui ao lado para que não nos esqueçamos nunca de que lugar de torcedor é no estádio. De marginal, na cadeia.

Ah! O texto de lançamento da campanha está
aqui.

terça-feira, 21 de abril de 2009

Perguntas que não se calam

Belo Horizonte (Será que há venda de ingressos hoje?) – Durante o jogo contra o Rio Branco, o Gus e eu conversávamos sobre a ineficiência do volante Renan no time do Galo. Naquele jogo (e em todos os outros até agora), ficou fácil perceber que ele não cumpriu seu papel em campo, que é o de proteger a zaga; não marcou ninguém e, ainda, resolveu ir ao ataque periodicamente. Sem sucesso, é claro.

Não. Não é o de despedida.
Então o Leão colocou o Júnior Carioca em campo. Todos vocês sabem que nós aqui no FEF sempre pedimos uma chance maior a este volante pela qualidade do seu passe e por sua visão de jogo. Era, assim, uma ótima oportunidade de conferir, in loco, se estávamos certos em apoiar o rapaz.

O Galo no Divã deste jogo já contou o que aconteceu. Ele demonstrou, como suspeitávamos, excelente qualidade no passe. Fez ótimos lançamentos e mostrou que tem visão de jogo. Antes que alguém diga que estou exagerando nos elogios e dizendo que ele é craque, quero deixar claro que não é isso. É importante lembrar que o contexto ao qual me refiro é este time do Galo.

Apesar das qualidades, não foi difícil perceber que há algumas características que precisam ser melhoradas. Por exemplo: ele não é um volante marcador. Não é aquele cara que se posta frente à zaga e ajuda na marcação dos atacantes adversários. Não é aquele cara que desarma jogadas, rouba bolas e depois passa la pelota a quem tem mais intimidade com o ataque. Não. Talvez seja este o motivo que faz com que o Leão não o escale como titular. Com tais características, o Júnior Carioca se torna um jogador mais de armação, de apoio ao ataque do que de apoio ao setor defensivo.
Discutindo isso durante o jogo, o Herberth disse concordar que ele permaneça na reserva por acreditar que, neste caso, a disputa de posição do Júnior Carioca é com o Lopes (um pouco, também, com o Carlos Alberto) e não com Renan e/ou Márcio Araújo.

Mas por que, então, não aproveitar a qualidade do passe desse jogador? Ainda mais se compararmos este quesito com o Márcio Araújo? Não seria uma opção colocá-lo em campo justamente em seu lugar? Por que manter no time um jogador que não cumpre sua função básica, como é o caso do Renan?

Ainda que tudo isto seja somente especulação e ainda que o Leão esteja certo e o Junior Carioca não tenha qualidade para ser titular, acho que valeria a pena observá-lo entre os titulares. Ao menos aproveitá-lo melhor, mesmo que entrando no decorrer das partidas. Nem que seja pra perceber que tudo isso que temos dito é a mais pura balela.

domingo, 19 de abril de 2009

Galo no Divã: Atlético MG 1 x 0 Rio Branco

"A state of mind is a contagious thing... Spread it around you never know what the future brings.." (Marillion)


Reencontro com o Gigante:

A coisa toda começa com o velho ritual. Vestir o manto, seguir caminho e, chegando nas imediações, trombar com os milhares de iguais, tão diferentes, que não hesitam em fazer ecoar aquele grito mais famoso das torcidas das gerais. Pois é, meus caros, foi assim que de fato começou meu sábado, após 1 ano sem saber o que é ver o Galo no Mineirão.

Dos portões para dentro, é o que todos sabem mesmo que nem todos ainda conheçam. Em um caso ou outro, sinto-me inclinado a compartilhar da mesma forma. Os tambores da maior 'organizada', assim como a música da 'velha' charanga dão o tom dos batimentos que só pulsam nos corações mais apaixonados. E não tem nada como rever aquelas bandeiras tremulando nas mãos de outros anônimos atleticanos. Bandeiras que por muito tempo estiveram fora dos estádios, que agora as vejo de perto, lembrando-me de uma época que só conheço pelas fotografias e palavras dos mais antigos.

Ah, Galo! Sem tamanho é a emoção ao ouvir 30000 vozes entoar o hino (e por que não dizer oS hinoS) do Glorioso, no preciso momento em que nossos representantes, trajados como nós, chegam ao campo - de batalha - rumo ao triunfo maior deste certame.

Lembro-me agora da saudade que batia no fatídico ADC, quando em protesto mais que legítimo deixamos de ir à NOSSA casa. Assim, vi novamente toda a emoção usual e desemedida do Atleticano no Mineirão sair de mim, assim como aqueles primeiros gritos guardados no peito.

Eu e Grazi. Voltar é ainda melhor.


Desencontro com o futebol:


Juninho: Sempre apronta as dele. Dessa vez compensou com belas e importantes defesas.

Marcos Rocha: Mal no apoio, razoável na defesa.

Leandro Almeida: Onde está seu futebol?

Marcos: Peca muito quando rouba bolas e tenta fazer lançamentos que não passam de chutões.

Thiago Feltri: Ainda bem que foi só um jogo. As (poucas) investidas no ataque foram péssimas.

Renan: Se for correr atrás do Ramires desse jeito, não sei não.

Rafael Miranda: Muito fora de ritmo, chegando atrasado nas divididas. Só não comprometeu pelas circunstâncias.

(Júnior Carioca): Errou uma bola. Parece que foi só isso que o treinador viu. O que vi foi uma qualidade de passe e lançamento muito superior aos que têm jogado, embora não seja lá grande marcador.

Carlos Alberto: O lutador de sempre. Embora não seja matador, não pode se dar o luxo de errar tantos gols na cara.

Chiquinho: Correria pra lá e pra cá, sem produzir nada. Frequentemente errou dribles, empurrava ou caia no chão.

(Kléber): Entrou com boa postura em campo, tentou jogadas interessantes. Precisa aprender a se desmarcar. É alvo fácil para a zaga.

Éder Luís: Muito bem em campo apesar das críticas. jogou para o time, mas pecou em lances cruciais em que poderia ter dado o gol de presente pra algum companheiro.

Diego Tardelli: Jogou muito bem e continua amigo da bola. Do jeito que pega, ela vai pro endereço. Como sempre, saiu muito da área e houve momentos em que o lance estava na área adversária e ele lá, perdido no meio de campo.

(Tchô): Teve pouco tempo e pouco aproveitou. Precisa de mais oportunidade mas precisa fazer por merecer.


Leão: Esse papo de jogar com força total sempre é balela. Tem que poupar sim. Não fez isso com o Éder e estamos sem nosso segundo atacante para o primeiro tempo da final. E, de mais a mais, em momento nenhum o time jogou como se tivesse com força total. Erro de avaliação do treinador que, no geral, foi mal!

Afinidade é isto. Do jeito que vem, é bem colocada. (Foto: superesportes.)


Quinze minutos de permissividade. O Galo não atacava e se rendia às investidas de um adversário sem forças, mas com algum entusiasmo. Passado este tempo, alguns esboços de jogada foram surgindo. Com eles, vieram com mais clareza as deficiências de que temos falado. Em primeiro lugar, no banco de reservas. Não foi nada difícil constatar que na ausência do titular a lateral esquerda fica às moscas; que a zaga anda caindo pelas tabelas; que os volantes são lentos demais para o ritimo do futebol de primeira divisão; que o lado direito não pode se contentar em defender...

A quase cinco minutos do final, um alento.O ataque ainda nos dá esperanças. Com boas movimentações, Éder consegue um passe para o matador deixar sua marca. O artilheiro, quando está na área, está qusae imbatível. Mas é preciso que fique mais lá. O companheiro de ataque, vem se movimentando e sendo taticamente indispensável. Mas são vários passes errados para um acerto. É sim o setor que dá mais alento, mas ainda há muito o que melhorar.


No segundo tempo parecia que voltaríamos aos bons momentos de futebol deste ano. O ataque marcando saída de bola, deixando o adversário sem alternativas. Porém, quando a bola estava no meio, os volantes não chegavam e a zaga se adiantava, perdendo a bola e dando os tradicionais sustos na torcida alvinegra.

Neste lá e cá (fragilidades de lá e deficiências de cá), acabarama aparecendo algumas chances de gol para ambos os times. Do mesmo jeito que perderam dum lado, perdemos de outro. Mas, pelo nível do time que temos, não poderíamos. Então, o sinal de alerta nem dá sinais de que irá se apagar.


Em tempo: A emoção de estar no mineirão em jogo do Galo começa quando aproximamos do estádio e "termina" (não termina nunca) quando nos afastamos dele. O problema é que, com a exceção do golaço do Tardelli, que causou uma explosão, os 90 minutos nos deram mais motivos para continuar xingando, esbravejando e manter tudo o que temos feito no FEF.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Funcionava

Belo Horizonte (quase dez anos...) - Desde 2005, aquele ano ridículo, o Gus tem dito que time que não tem centroavante não ganha nada. Assim, solta, esta frase é de uma obviedade gritante. Mas, se considerarmos as contratações para a posição que tivemos nos últimos tempos, algum significado começa a aparecer.

A nossa diretoria antiga diretoria parecia ser a única a não perceber a verdade óbvia da constatação do Gus. Nos "presenteou", durante muito tempo, com "nomes consagrados da artilharia nacional", como Márcio Mexerica, Catanha e vários outros.

Este ano, ao que tudo indica, a "nova" diretoria resolveu dar um basta nas contratações de fachada e decidiu investir num nome promissor, que já tivesse demonstrado qualidade em time de peso. Contratou o Diego Tardelli (uma entrevista com ele está no post abaixo) que vem correspondendo a todas as expectativas. Superando-as, até, eu diria.

Mas o que isto tudo tem a ver? Ouvi alguém dizer que há dez anos nosso time não contava com um ataque de verdade. Quem disse referia-se à dupla de ataque que nos deu alegrias neste últimos tempos mais recentes: Marques e Guilherme.

Apesar deste último ter jogado com as marias - e dito (e feito) muita bobagem durante o período em que esteve por lá -, ele é, sem dúvida, o atacante mais importante que o Galo teve desde sua saída do Clube, em 2003.

Vasculhando na net, achei esta entrevista realizada em 2008.

O artilheiro dos tempos atuais

Belo Horizonte (Ficou meio apocalíptico, o título, não?) - Um papo com o artilheiro do Galo, Diego Tardelli.

O vídeo está aqui. É meio longo mas, se você tá aí na coceba, vale a pena.

Agora, cá pra nós: vai ser fio assim lá longe, trem!

"Bobiô, dançô"!

Belo horizonte (Meteu o pé na jaca... ) - Bem que o Beth avisou, no intervalo do jogo contra o Uberaba: "O Leão é foda né... Aquele tal de Carlos Júnior num joga mais no galo". E num deu outra.

Agora, daqueles seis, restam cinco. Problema não. Aí, até que tá mais tranquilo. O calo tá apertando é na cozinha. Na zaga e no gol.

E olha que o Leão tá numa fase beeem light. Chutou a sorte, hein, rapaz!

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Galo no Divã: Guaratinguetá 2 x 2 Atlético MG

(como diria o Bóris, velhão, Isto é uma vergonha!)


Obsceno. No Houaiss, dentre outras coisas, aponta que na linguagem corrente é aquilo de ‘aspecto frio ou horroroso’, que se deve evitar ou esconder. É uma adjetivo que denota obscenidade. Obscenidade é o caráter do que, por sua inconveniência não está de acordo com as regras do decoro; caráter do que é chocante. Decoro, por sua vez, no mesmo ‘pai dos burros’ diz da postura requerida para exercer qualquer cargo ou função, pública ou não.

Em alguma discussão em sala de aula, foi trazido pela professora o tema do obsceno, trabalhado por um psicanalista de quem (pra variar) não me lembro o nome. Obsceno é aquilo que está fora da cena. Ou deveria estar. É o que não deve aparecer, permanece por trás das cortinas enquanto a cena se desenrola no palco. Por trás, apenas a fantasia.

Pois não pensemos que esta coisa de arbitragem é desculpa de perdedor ou Fantasia de atleticano. Não é. É coisa obscena mesmo. Aquele que não deveria aparecer, a lei a ser seguida ou mesmo transgredida não entra no jogo como ator principal. A cena do futebol foi feita para ser atuada pelos atletas. Mas vez por outra, os árbitros têm insistido nesta impostura, nesta falta de decoro, na obscenidade de aparecer onde não devem. E provocar o horror de nos obrigar a assistir algo muito diferente do que nosso eu está disposto a suportar.


Na verdade, os palhaços também atuam no palco... (Foto: Superesportes)


Juninho: Resumiu ontem tudo o que falamos dele. E precisamos de outro.

Werley: Perdido como os demais. E como tem sido, só foi útil na zaga.

Leandro Almeida: Lento e atrapalhado.

Marcos: Mal posicionado a maior parte do tempo.

Júnior: Perdido em campo. Pelo menos não perdeu a técnica, que apareceu num dos raros momentos de lucidez.

Renan: Também resumiu toda a sua participação no jogo de ontem. Lerdeza acima de tudo.

Márcio Araújo: Voltou no tempo. Naquele em que não tínhamos meio e ataque e ele tentava em vão fazer o que não sabe.

Lopes: Não produziu, não se movimentou, não agrediu o gol adversário.

(Édson): Entrou numa fria. Não teve culpa de nada que houve antes. Mas mostrou,como sempre, que nem pra reserva dá pro gasto.

Carlos Alberto: Sua garra e disposição tomaram a forma de uma absoluta desorientação.

Éder Luis: Desconectado do Jogo. Movimentou muito, mas sem objetividade.

Diego Tardelli: Mais uma vez, quando o time não se encontra, ele de desespera e quer cobrir todas as partes do campo. O próprio camisa 9 mostrou que seu lugar é na área. Ali fez 2 vezes o que sabe.


Leão: A escalação foi a mesma de antes. O time não. Por que será? Falta a famosa bronca no vestiário? Acho que muito mais...

(achei que eu tava doido, mas realmente foi só uma substituição... será que faltou isto também?)


Jogo horroroso! Deixando todo o espetáculo da arbitragem de lado, a partida foi lamentável. Se o trio do apito e bandeiras estragou uma parte, os times se encarregaram de estragar a outra.

Os paulistas, a quem não restava muita coisa na tal crise, se atiraram pra cima, como loucos. Os desatentos podem até pensar que o time é bom, que não merecia cair no paulistão (não é, Éder Luis?). Isto não é verdade. Ninguém cai à toa e o time deles é horroroso. Mas, no desespero, excedeu-se na vontade kamikaze de dar alguma resposta(como já previa o Leão). O Galo é que não soube segurar a onda e se perdeu.

Se o time de lá avançava e chutava de qualquer jeito, os mineiros não conseguiam se fechar, nem reagir. Não houve defesa, meio nem ataque. A única coisa positiva que acompanhou o Galo no interior paulista foi mesmo a sorte. Esta permitiu que não levássemos goleada, que os pernas de pau de lá chutassem pra fora, que deixassem o Tardelli frente a frente com o goleiro, etc.


Me envergonho de ter precisado contar com a sorte num jogo como este.

*Ainda não me envergonho de ser puta. Se tudo correr bem, após um ano, estarei de volta ao NOSSO gigante da Pampulha.