Nada como estar perto da massa. Continuando a parafrasear o Milton, "foi nos bailes da vida ou num bar" hehe. Tudo bem que um bar não se compara ao Mineirão, mas o grito da galera é tal e qual. Pra completar, uma chuva danada, de água, vento, fumaça (dos fogos de artifício da galera). Nada com o que também não estejamos acostumados. Afinal, numa tempestade, torcer contra o vento é nosso maior saber-fazer. Pois, com a roupa encharcada não me canso de canso de torcer nem de cantar...
E a tal maturidade...? Carini: Não sabia porque ele passava mais segurança. Agora sei.
Carlos Alberto: Enquanto estiver na posição errada, não renderá. Seu lugar agora é reserva do Jonílson.
Jorge Luiz: Apesar de estabanado às vezes, tem melhorado na segurança.
Werley: Toda a má atuação do dia se resumiu no lance do gol adversário.
Thiago Feltri: Não anda seguindo os conselhos de treinamento do FEF (hehehe).
Jonílson: Carregou todo o setor defensivo nas costas.
Márcio Araújo: Apagado. Manteve as roubadas de bola, mas não ajudou nas subidas.
Correa: A
finesse do toque de bola do Júnior, mas com idade adequada e condição física apropriada.
Evandro: Oscilou bastante. Não foi bem como no último jogo. Próprio de quem não tem muito mais do que isto a oferecer.
(Ricardinho): Poderia ter entrado mais cedo. Não apareceu muito, mas ajudou a reagrupar o meio.
Éder Luís: Estava bem até sofrer a tentativa de homicídio. Fez falta.
(Renteria): Não substituiu à altura das últimas atuações do Éder. Aliás, sequer superou as suas atuações anteriores.
Diego Tardelli: Ocupou espaços importantes, para finalização, marcação e recomposição. Sentiu muito a falta do Éder e às vezes se embolou com o colombiano.
Celso Roth: Em time que está ganhando pode-se mexer também. Demorou um bocado pra por o Ricardinho e não queimou a regra 3. Por quê?
Perdi os primeiros 10 minutos que, pelas ondas do rádio, pareceram ser de pressão semelhante à da pesca à baleia. Não demorou e o gol apareceu. Daí a preocupação. O time relaxou em um momento que não poderia. O adversário não se abateu com o gol e, se até aquele momento ainda não havia feito nada, resolveu partir pra cima. Após (mais) uma bobeada da zaga, restou ao Carini o recurso da falta. Depois, contou com (além da péssima cobrança) seus treinamentos diários - como comentaram que fizera - e a tranquilidade na penalidade máxima. Corrigiu as besteiras da zaga e ainda deu aquele ar de alívio que tanto precisávamos debaixo da meta alvinegra.
A primeira etapa que deveria ter terminado com maior vantagem no placar, quase fechou em desastre. (Aqui em Itabira, o que fechou mesmo foi o tempo).
Na volta do intervalo, os atleticanos demoraram 20 minutos para entrar em campo. Aí valeu a superioridade técnica. Apesar dos esforços, o Barueri nada conseguia fazer. Quando faltavam apenas 10 minutos para o fim do jogo e a tensão já tomava conta dos fanáticos presentes, um bêbado ao meu lado alertou. "
Dalí, pode ser qualquer um dos 2. Ricardinho ou Correa. Quem bater faz o gol". Pois não é que o primeiro correu, passou pela bola e deixou o segundo fazer o arremate que estufou as redes? Alívio...
...até os 43, quando Werey 'coroou' seu dia de cão e numa lambança permitiu o chute adversário que diminuiu a vantagem. Final da história... mais 3 pontos.
Algumas estatísticas são legais. Pela TV - o sempre empolgado com a massa alvinegra -Milton Leite lembrou que fechamos o certame de 2008 com 48 pontos. Hoje já estamos com 47.
Como discutir a competência de um time que até aqui passou todo o campeonato entre os melhores? Ando fazendo isso nos GND e, talvez, algumas coisas precisam ser ditas de outra forma.
Em casos individuais, insisto. Falta competência para os laterais (sendo que um nem é de fato) pra cruzamentos. Falta ao armador a competência pra criar boas jogadas. Falta aos atacantes competência para o cabeceio (embora não recebam bons cruzamentos). Falta à uns zagueiros, competência no posicionamento.
Ao treinador, não. Conseguiu uma regularidade há tempos sumida da cidade do galo com um elenco se formando aos trancos e barrancos (em outra estatística, disseream que já foram 41 jogadores utilizados pelo Galo no brasileirão. O time que mais mexeu).
Ao grupo, o que falta mesmo é maturidade. Até quando se está vencendo, é preciso tê-la, para se manter no topo. A postura do time quando sai na frente no placar é incompreensível. Invariavelmente, a produção cai, a concentração vai embora e volta o sufoco. Os adversários já respeitam, mas ainda não temem o Galo. Isto é o que aconteceria se, com este elenco, tivéssemos mais maturidade. O São Paulo, por exemplo, nem de longe é um timaço. Mas o último jogo foi emblemático. Com um a menos e desvantagem no placar, continuaram pra cima. O empate foi o suficiente para fazer com que os pernambucanos tremessem nas bases e entregassem a partida - nesta altura, com 2 expulsões do lado tricolor.
O exemplo, entretanto, foi de um time que vem junto há quase 4 anos, com algumas variações.
Não temos isso ainda. E é por este motivo que apesar de toda euforia, não acredito no título.
Hoje já temos um elenco que pode se dar o luxo de nem relacionar pra partida jogadores como Júnior e Renan Oliveira. Além de aguardar ansiosamente a volta de bons jogadores, como Serginho e Aranha.
A maturidade, que vem com o tempo, poderá chegar em 2010, ano em que o Tom já alertou há tempos que será aquele onde de fato teremos um time em condições de brigar.
** Será que a maturidade está chegando também na torcida? Esta, mais uma vez entendeu que as vaias são para o adversário!
(Hoje falei demais... coisas da empolgação!)