domingo, 31 de janeiro de 2010

Galo no Divã: Atlético MG 3 x 2 Tupi

("Afagar a terra
Conhecer os desejos da terra
Cio da terra, a propícia estação
E fecundar o chão" Chico e Milton)

De que vale a pré-temporada? O profexô diz que ainda estamos nela. Não podemos esperar que o time já chegue voando. Além disto, as contratações demoraram a começar e o elenco anda capenga. Assim, as dificuldades são normais.
Pera aí, cara pálida! Estamos falando de campeonato Mineiro! O time deve chegar voando contra quem quer que seja. Só tem time pequeno. Não adianta insistir em dizer o contrário. O time ainda não jogou bem.

Em fim, os primeiros frutos da dupla.

Carini: Menos exigido que o Aranha. Não foi culpado nos gols. No geral deu mais segurança.
Coelho: Não cruza pros atacantes. Cruza pra área. Se colar, colou. Péssimo na defesa.
Werley: Irregular na defesa, importante no ataque.
Jairo Campos: Fazendo o seu dever, não apareceu, nem pra bem, nem pro mal.
Leandro: Não comprometeu mas fez menos do que se espera.
Correa: Bastante discreto. Ainda não chegou nas melhores apresentações.
Fabiano: O Meia mais veloz (!!!!) do time.
(Marques): Há pouco tempo Romário disse - com outras palavras - que continuava jogando porque via que os mais jovens não davam conta e que ele ainda era o melhor. Vale pro Marques.
Ricardinho:Ainda não passou do básico.
Evandro: Ah!
(Renan Oliveira): Movimentou-se bem e ensaiou boas jogadas. Ainda falta força e objetividade.
Muriqui: Jogou bem, correu bastante, fez o dele e perdeu a chance de liquidar antes de sair.
(Júnior): Ficou na dele, melhorando o passe pra evitar outra surpresa desagradável.
Diego Tardelli: Ainda não entrou em 2010.

Vanderlei Luxemburgo: A titularidade do Evandro é inaceitável. Não por o Renanzim é totalmente compreensível. Então, o que fazer? Quem sabe, daqui pra frente o 4-3-3 que ele disse na última semana entre em ação?

Se este era o objetivo, conseguiram. Mas, se não tomaram gol de cara, também não fizeram e ficaram dando bobeira até que o outro time fizesse. Posicionamento ridículo da zaga no primeiro gol do Tupi. Daí, vem a retranca. Mas como todo time pequeno, não deram conta de sustentar e nos deram um pênalti de presente. É, foi mais incompetência do zagueiro do que mérito do nosso câncer. Aí o mínimo da obrigação o Tardelli cumpriu.

"É por isto que estou aqui"... Assim falou Luxemburgo.
Teve de tudo. Menos bom futebol. O time mudou a postura sim, é verdade. Percebeu que ganhar não era mais do que a obrigação. Logo o Coelho, que só errava, acertou uma na gaveta. Mas como nada é 'racional' no time, veio outra bobeira. Não de um ou outro, mas, novamente, do setor defensivo.
Com as alterações o time ganhou certa qualidade. Qualidade esta, porém, que infelizmente não podemos contar com ela sempre. O Marques já não aguenta infernizar os zagueiros - como fez - durante um jogo inteiro. O Renanzim ainda não virou profissional. Valeu pelo momento. E numa das trocas de passes, sobrou pro Werley cruzar pro Muriqui empurrar do jeito que veio. Ele ainda pode fazer outro, se fosse já um grande atacante. Mas resolveu tocar. Aí o placar não mudou mais.
Nem o que temos falado tanto sobre o time.

Ainda temos muito o que fazer nessa terra....

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

O bom (!) filho à casa torna

Belo Horizonte (Ufa!) - O presidente avisou, ontem, pelo twitter: "Cáceres é do Galo. Chega semana que vem." E a novela termina com final feliz.

Eu torcia bastante para que este negócio se concretizasse. Como foi dito na reportagem, ele foi um dos poucos poupados pela queda do time em 2005, apesar de não ter participado de toda a campanha desastrosa.

Assim, e com a prévia que tivemos do Jairo Campos, acho que teremos um pouco mais de tranquilidade na nossa zaga, com dois zagueiros muito experientes.


segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

O bom (?) filho à casa torna...


Belo horizonte (Continua valendo o exemplo do Jonílson...) - Quando ele jogava aqui, eu até que achava ele jogava bem. Mas naquele contexto, naquele time de 2004, jogar bem não era sinônimo de boas atuações.

De qualquer forma, precisamos, mesmo, de um outro volante para a reserva do Jonílson (ou alguém aqui acha que o Carlos Alberto dá conta?) e para compor elenco, até que não é má idéia.

Mas, como o Gus disse mais cedo, a gente precisa é de um meia pra ser titular.

domingo, 24 de janeiro de 2010

Galo no Divã: América 1 x 1 Atlético MG

("Procurando bem todo mundo tem pereba... só a bailarina que não tem". Chico)

Pois aquele tal 'futebol bailarino' anda mesmo sumido dos gramados. Mas os perebas...
Entra ano e sai ano, a coisa está cada vez pior. De volta à casa, o cenário era aquele mesmo de que com tanta saudade costumo me recordar. Mineirão cheio com a torcida do Galo, quando está fazendo festa, não tem coisa igual. Pena que esta imagem também remete à tão frequente mania do time em dar vexame com casa cheia. Este só não foi maior graças ao adversário ridículo e pequeno.


"Muitas pessoas se esquecem que eu sou o Aranha, não o Homem-Aranha" (O próprio, após o jogo)

Aranha: Não pegaria aquela bola. Mas fazer golpe de vista pegou mal.
Coelho: Mais lerdo do que de costume. Prometo não defendê-lo mais.
Werley: Jogou bem.
Jairo Campos: Surpresa muito agradável. Melhor do time.
Leandro: Totalmente sem ritmo. Não contribuiu em quase nada para o ataque.
(Júnior): Boa entrada, melhorou o toque de bola, mas na prática não adiantou.
Jonílson: Jogou mal o tempo que esteve em campo. Embora a expulsão tenha sido injusta, foi bobo demais.
Correa: Nem os passes que costumava acertar conseguiu fazer.
Ricardinho: Muito lento. No segundo tempo ajudou a articular o setor defensivo, mas do meio pra frente nada fez.
Evandro: Metástase.
(Fabiano): Perdeu um na cara e fez outro. Agradou ao sogrão e ajudou a minimizar o desastre do meio campo.
Muriqui: Comecei não gostando muito, mas aos poucos fui vendo algumas qualidades.
(Marques): O cara certo no lugar do cara errado. Ficou sem ter pra quem mandar a bola.
Diego Tardelli: ficou tão empolgado com a chegada do Obina que voltou a ser o Tardelli do Flamengo.

Vanderlei Luxemburgo: Viu bem os defeitos do primeiro tempo e começou a recuperar o meio campo. Teve boas intenções com Marques, mas não percebeu que este ficava numa lateral e o Tardelli na outra, sem ninguém na área. Ou seja, matou o nosso ataque que já andava mal. Depois falou um monte de bobagens na coletiva achando que o time foi bem.

Wagner Tardelli:Parece que não andou trabalhando direito. (Tudo bem que seu colega de profissão, mal intencionado, em campo foi ainda pior).

Vou muito pouco ao Mineirão. Mas, das vezes que fui, o primeiro tempo deste foi a pior apresentação do Galo que tive o desprazer de presenciar. Cobranças ridículas de escanteios seguidos por aterrorizantes contra-ataques. O meio campo estava numa fragilidade de dar dó, medo e susto. Numa dessas, a história dos gols sofridos antes dos 10' voltou a se repetir. Como o outro time era muito ruim, o estrago não aumentou.
Por incrível que pareça, com um a menos, após a bobagem do Jonílson e do árbitro, o galo passou a jogar melhor. Melhor do que estava e do que o time do Horto. Claro, isto não significa muita coisa. E o tempo acabou.

Na volta do intervalo, a postura estava mais interessante. O time partiu pra cima e começou a perder boas oportunidades. Do outro lado, entretando, a marca do time pequeno foi mostrada de cara. Um cai-cai irritante que só fez passar raiva. Teve ainda um gol perdido debaixo das traves e uma expulsão - também questionável - pro lado de lá. Depois, o Fabiano que havia errado, redimiu-se e colocou pra dentro. Contamos com outas loucuras do Aranha, em saídas estranhas do gol, bola na trave do Muriqui, Cabeçada pra fora do Tardelli... e poucas coisas dignas de comentar. Os últimos 20 minutos foram um tédio só, interrompidos esporadicamente por alguma bizarrice protagonizada pelo nosso setor defensivo.


É, amigos FEFianos... teremos muito trabalho!

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Reforço?

Belo Horizonte (E o calor continua...) - Alguém tem algo a comentar sobre isso? Tem alguma lembrança de seu futebol? Eu não tenho. Nunca o vi jogar.

No texto do jornal português, dizem que ele teve problemas de relacionamento com o técnico do Belenenses, time ao qual havia sido emprestado pelo Benfica.

Sei não. Vamos ver o que o Luxa consegue tirar dele.

Mas, se ele for melhor que o Renan Nhanbiquara, já é alguma coisa. Ou não.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Ôôô nada!



Belo Horizonte (Fazer o quê? Agora é só torcer...) - Se tinha algo que eu temia que acontecesse era isso. Obina no Galo. Nos últimos dias, quando a especulação diminuiu e a imprensa parou de falar em seu nome, confesso que fiquei tranquilo, acreditanto que isso não se concretizaria.


Pois é. Estava errado. Agora, espero que esteja mais uma vez. Espero que o Obina não seja, no Galo, o jogador lento, inconstante e mediano que sempre foi. Sinceramente, preferia o Kléber Pereira com seus 34 anos.


Depois dessa, só me falta contratarem o Edmílson... Aí é pra pedir o boné.


E por falar nisso, parece que o Cáceres não vem. É uma pena. Acho que seria um ótimo reforço pra nossa zaga. Pena que não se pode dizer o mesmo desse aqui.

E, pelo amor de Deus! Não me venha com essa de "ôôô, melhor que Etoo!"





segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

A primeira cara

Me parece que, para começar, é uma boa tentativa. Exceto aquele meia cancerígeno que já conhecemos.
Mas, olhando o time reserva, fica ainda mais claro que várias contratações são imprescindíveis e urgentes, uma vez que já estamos nas portas das competições.
Se isto acontecer, já é um começo.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Copinha: Galo x Olé Brasil

Belo Horizonte (Tetra só no ano que vem...) – E, mais uma vez, o Galinho dá adeus à disputa da Copa SP ainda na primeira fase da competição. O time precisava de uma vitória no sábado contra o Olé Brasil para tentar a classificação como um dos nove segundos melhores colocados. As chances eram boas até os 46 minutos do segundo tempo.

Foi um bom jogo. Franco, com as duas equipes buscando desequilibrar o marcador. O OB tentava isso se utilizando de contra-ataques rápidos e o Galo, como foi nos outros jogos, usava da posse e do toque de bola para tentar envolver os paulistas.

Na primeira etapa, o OB abriu o aos 28’. O empate veio logo em seguida, com o arisco Wescley, que aproveitou cruzamento da esquerda, após furada do João Pedro. Apesar de o jogo ter terminado o primeiro tempo empatado, foi no segundo que ele se tornou mais aberto. E o Galinho tratou logo de tomar a dianteira. João Pedro cobrou pênalti e virou o placar.

Entretanto, novamente os garotos do Micale perderam chances preciosas de gol. O próprio Wescley perdeu um gol inacreditável, sozinho, sem goleiro e a dois metros de distância da risca do gol, tentando completar, meio desajeitado, cruzamento do lado esquerdo. Antes desse lance, o João Pedro havia soltado uma ‘pedrada’ no travessão adversário.

No fim, prevaleceu a máxima do futebol: quem não faz toma. Após expulsão do lateral esquerdo Rômulo, o time perdeu muito de sua força ofensiva e nos acréscimos levou os dois gols que decretaram a derrota por 3x2 e a desclassificação.

Os destaques da partida foram o sempre consciente Sidmar que fez uma partida excelente, mostrando uma incrível capacidade de antecipação, ótimo passe e uma visão de jogo diferenciada. Uma pena que a jogada do terceiro gol tenha ocorrido com ele, quando o atacante do Olé lhe ‘deixou na saudade’.

Gostei do meiocampo Felipe Solto, jogador de bom passe e bom apoio; do Felipe Cordeiro, que surpreendeu neste pelo bom futebol; do João Pedro, que “se acertou”, como já havia notado o Tom; e do Wescley, jogador rápido e habilidoso.

Apesar da eliminação, fica a certeza do bom trabalho que o Micale tem realizado à frente dos juniores do Galo. Que isto nos dê bons frutos futuremente.

sábado, 9 de janeiro de 2010

Vale a pena ver de novo - Sensacional

Belo Horizonte ("Um nome imortal"...) - Provavelmente vocês já devem ter visto este gol, que é, realmente, uma obra prima.

Não é à tôa que muitos o consideram um dos maiores centroavantes que o futebol já viu.


sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Copinha: Fortaleza x Galinho

Belo Horizonte (Numb3rs) - A TV não passou o jogo e só pude ver os gols depois. Mas a goleada de 6x1 nos cearenses do Fortaleza mostra que o time do Micale não se abateu com a derrota sofrida na primeira partida e se recuperou espetacularmente bem.

Para melhorar, o galinho ainda contou com a ajuda do próprio América-SP que ficou no empate com o próximo adversário dos alvinegros, o eliminado Olé Brasil. Fortaleza e América jogam no sábado (famoso amanhã), ambos com chances de classificação. Para passar à próxima fase, o Galinho precisa de uma vitória simples contra o Olé Brasil, contando que o Fortaleza não vença o América por uma diferença maior que 5 gols.

No mesmo dia, o Galinho pega o eliminado Olé, às 19hs. Este será transmitido.

Uma olhada rápida na tabela de classificação mostra a diferença técnica do Galinho para os demais adversários: foi o time que menos tomou cartões amarelos (3), que mais fez gols (6) e que menos cometeu faltas (25, dez a menos do que o segundo time menos faltoso).

Que estes números se convertam em vitória no sábado.

Sorte ao Galinho!

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Então tá...

Belo Horizonte (A idéia é boa...) - O espanto causado pelo anúncio de um árbitro como auxiliar técnico do Bestial começa a se desfazer. O próprio Wagner Tardelli começou a explicar sua função, ou seja, a de orientar os jogadores exclusivamente para questões da regra do jogo, utilizando para tanto, uma escala desenvolvida por ele mesmo.

O que mais me pareceu interessante nesta novidade toda foi o mesmo que impressionou o Boris. Induzir os atletas desde as primeiras etapas da categoria de base a praticarem o futebol cientes das regras parece, sim, ser uma boa idéia . A sistematização proposta pela proposta (blergh) deve ajudar os boleiros a visualizer melhor os pontos fracos e utilizar melhor a regra a seu favor.

Como disse o Boris, aplicar este conceito à base talvez seja tão importante (senão mais) quanto fazê-lo junto aos profissionais.

A teoria parece sensacional. Vejamos o que acontecerá de fato.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

AK e o Parricídio

O relacionamento de um menino com o pai é, como dizemos, ‘ambivalente’. Além do ódio que procura livrar-se do pai como rival, uma certa medida de ternura por ele também está habitualmente presente. As duas atitudes mentais se combinam para produzir a identificação com o pai; o menino deseja estar no lugar do pai porque o admira e quer ser como ele,e também por desejar colocá-lo fora do caminho” (Sigmund Freud, 1927).

Vez por outra o Presidente está em pauta aqui no FEF. E esta questão também (esqueci em qual post. quando achar, ponho o link). Embora eu quisesse continuar o assunto há algum tempo, resolvi esperar o término do brasileirão para que as impressões não ficassem presas a quaisquer dos momentos por que passamos. Pois, independente dos resultados do time (que comentaremos em outro post), dedicamos aqui o espaço para o presidente.

Reutilizando a foto...

O título mais uma vez é inspirado em um texto de Freud, chamado “Dostoiévski e o Parricídio”. Neste escrito de 1927, são feitas análises em cima de questões fundamentais do escritor russo. São óbvios os motivos pelos quais não devemos pensar que aqui estou comparando as personalidades de Dostoiévski e Kalil-filho. O que podemos extrair de fundamental é a relação com a imagem do pai.

Como não presenciei a época do Elias, contei com a ajuda da Eliana para trazer algumas palavras:

Já vai fazer 30 anos desde que assumiu pela primeira e (infelizmente) única vez a presidência do Galo aquele que é, sem dúvida, o top of mind dos presidentes do Glorioso, que, alías, nunca foi tão glorioso quanto naquela época, apesar de não termos conquistado nenhum título de expressão, um pouco por culpa dos “ratos” da vida.

Kalil, o pai, tinha um espírito mais mineiro que o filho, embora soubesse responder à altura quando necessário. Conta-se que quando comprou o terreno de Vespasiano, foi ironizado pelo então dirigente das Marias, que teria dito que “O Atlético vai assumir a periferia!”, ao que ele respondeu: “Quando o nosso CT estiver pronto, a Toca dele vai tornar-se um barracão”. Hoje, o sonho por ele idealizado, transformou-se em realidade, quis o destino que com a participação do filho.

Depois de tanto tempo passado, as lembranças ficam um pouco esmaecidas, mas não dá para esquecer os gols e jogadas protagonizados por Luizinho, Éder, Cerezzo, Nelinho, Reinaldo, Palhinha… componentes do esquadrão de ouro formado por ele. Foi inegavelmente um homem de visão, à frente de seu tempo. Com Kalil pai, pudemos provar um pouco do gostinho da felicidade.

Estou certo de que não foram poucas as vezes que ouvi de outros grandes atleticanos impressões como esta acerca do antigo presidente. Em seu lugar, antes de tudo, ficou a imagem.

Freud indica que o assassinato do pai de Dostoiévski foi fator de destaque na acentuação de seus sintomas neuróticos, bem como em sua produção literária (Aliás, o assassinato, o crime, a culpa, são preponderantes em Os Irmãos Karamazov e Crime e Castigo). Há algo que prende – na cadeia sintomática; e algo que liberta – na sublimação literária. Freud tratou de observar em Dostoiévski uma de suas construções na psicanálise: “A neurose, afinal de contas, é apenas um indício de que o ego não conseguiu fazer uma síntese e de que, ao tentar fazê-la, perdeu sua unidade” (FREUD, pg.185).

No post a que me referi no início, falamos de um Alexandre que pode estar as voltas com um desejo seu – e da massa – de reviver os tempos do Elias e ao mesmo tempo, com a necessidade de espantar o fantasma. Esta é, pois uma síntese cujo resultado jamais será o que se pode supor como ideal.

O desejo pelo parricídio convive lado a lado com a culpa que é gerada. A culpa por desejar a morte daquele que ao mesmo tempo é um rival e um objeto de amor. Aquele cujo lugar se quer assumir e em cuja imagem se identifica. Não obstante, é precisamente porque o pai está morto que ele se faz mais presente.

O pai não só está morto, como assim sempre esteve. E mais. É preciso ser morto. Não se trata, é claro, do Homem Elias Kalil, mas, da imagem de identificação sobre ele criada. É esta que se impôs cada vez com mais força, desde os anos 80, uma vez que não há pessoa viva que possa encarná-la. E sequer haverá, nem mesmo o Alexandre.

Recordo-me que ao final do fatídico ano de 2005, já afastado da presidência do conselho, AK disse a imprensa “hoje eu morri”. E a cada pergunta, recusava-se a desenvolver uma resposta, dizendo coisas do tipo “morto não fala, morto não pensa”. Hoje, em um ano de presidência, fica pra mim a impressão de que se ergue o Presidente Alexandre, no lugar daquele que era o Filho do Elias.

Embora costumemos não poupar críticas ao jeito AK-47 de ser (e falar, principalmente), creio que o atual presidente traz, em sua maneira de operar, as identificações que construiu com o antigo. O discurso acerca do futebol como carro chefe, da estrutura física do clube, do elenco que deve ser digno, fazem lembrar as palavras de Eliana sobre o Elias. Isto feito com toda a paixão que faz questão de exacerbar, com um know how que parece ter construído muito mais com as pancadas do mundo da bola do que com a repetição do que possa ter aprendido com o pai.

Porém, nunca é demais estar atento a algo que Dostoiévski escreveu: “é sabido que o homem excessivamente envolvido por uma paixão, sobretudo se já está entrando em anos, fica totalmente cego e disposto a suspeitar de esperança onde ela absolutamente inexiste; além disso, perde a razão e age como uma criança tola, mesmo sendo um poço de sabedoria” (trecho de "O Idiota"). Atentemos para que a paixão característica do Alexandre não o conduza para a morte de uma imagem que ainda está por criar para os que virão. E que tampouco nos levem a cegueira esperançosa em que a massa há anos está mergulhada. Acredito que não nos everedaremos por este caminho. Provas disto, temos aos montes aqui. Esta preciosidade do Borusso é a última delas.

*É sempre bom lembrar. Não há aqui pretensão alguma de analisar de forma inadvertida e desautorizada, psicológica ou psicanaliticamente a personalidade de alguém. A questão é trazer para a pauta das discussões do FEF alguma referência de fora do futebol. Afinal, “Futebol é Freud”!

** Final e início de anos conturbados. Falta tempo, energia e memória. Faltam alguns links e referências que postarei depois. O texto do Freud tá no mesmo volume que o Mal-estar na civilização.


O Corinthians não quer

Belo Horizonte (Bah...) - Se há poucos dias comemorávamos algumas despedidas, esta notícia joga um balde de água fria na euforia.

Não precisa ser nenhum gênio pra sacar o por quê do reempréstimo, né?

Que ao menos o Luxa o utilize em sua posição de origem, onde fez suas partidas mais razoáveis
.


Data Roleta


Belo Horizonte (Sábio...) - Claro que isso vai dar o que falar. Principalmente a maria-mor, que adora falar merda.

Não me estresso com estas coisas. Quando vejo coisas do tipo, só me lembro do Ziza Valadares: "O que interessa é o 'Data roleta'".

E ele não mente.




Quê?

Belo Horizonte (Hein?) - Essa me pegou de surpresa: Rincón auxiliar técnico do Luxa!


***


Update: Consultoria de arbitragem?

Copinha: Galo x América- SP


Belo Horizonte (Não foi) - Vi a maior parte do jogo ontem. Todo o primeiro tempo e parte do segundo. Não posso dizer que não gostei do que vi, mas também não posso dizer o contrário e isso se deve ao fato do time ter se comportado de maneira muito diferente nas duas etapas do jogo.

No primeiro tempo, o Galinho logo controlou o ímpeto do América que havia começado querendo mostrar alguma coisa. O toque e a posse da bola acalmaram os ânimos do time de vermelho e os galinhos dominaram as ações.

Entretanto, não foi um domínio agudo, já que nosso ataque parou diversas vezes no bom esquema defensivo armado pelo adversário. Apesar disso, algumas boas oportunidades apareceram ora sendo rechaçadas pelo arqueiro do América, ora sendo desperdiçadas pelos nossos atacantes. O primeiro tempo termina e não é injustiça dizer que o empate era justo.

No segundo tempo, o América parece ter despertado para a partida e igualou as ações. Pressionou mais o Galinho e obrigou o setor defensivo a trabalhar mais do que havia até aquele momento. Mas o falinho insistia em desperdiçar ótimas oportunidades de marcar. O Wendel, que continua enchendo os olhos com seu futebol, perdeu uma chance claríssima de abrir o placar. Num lance em que ele poderia ter rolado a bola para um companheiro muito mais bem colocado, quis, como sempre, refinar demais a jogada e acabou dando um chute ‘rapa bosta’, como diria o Gus.


Aliás, a despeito de todo o seu talento, este tem sido o seu maior defeito: quer ser mais craque do que é. Penso que, quanto ao seu futebol, pouco precisa ser feito, pois é um jogador de raro talento que precisa ser lapidado para que seja um grande jogador. O maior trabalho será psicológico. O garoto precisará de alguém que “pode suas asinhas” para que ele consiga alçar vôos mais longos.

Destaques positivos para o próprio Wendel, que apesar de tudo jogou bem, para o Sidimar, zagueiro constante em suas apresentações e para o Wescley, jogador rápido, agudo, mas que perdeu uma ótima chance chutando por cima do gol.

Destaques negativos para o Felipe Cordeiro, lateral à lá Carlos Alberto, para o Paulinho, volante e capitão do time, completamente perdido em campo, para o Augusto, centroavante forte, mas lento e para o Marion, jogador rápido, mas incrivelmente ‘pouco inteligente’.

Derrota que obriga o Galinho a vencer as duas próximas partidas para ter chance de classificação para a próxima fase, lembrando que classificam-se os primeiros colocados de cada um dos 23 grupos mais os nove melhores segundos colocados.

Vencer, vencer, vencer...

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

É hoje!

Belo Horizonte (Sorte ao "cofre") - O Galinho inicia mais uma edição da Copa São Paulo de Futebol Junior, o maior torneio do gênero no País. No ano passado, venceu a Taça BH de Futebol Junior - torneio que só perde em importância para a própria Copa SP - e chegou à final do Campeonato Brasileiro, recentemente.

Pelo que pude observar, a força do galinho está, justamente, no conjunto. Exceções feitas ao meia Wendel e ao zagueiro Sidimar, não há nenhum outro jogador que se destaque muito dos demais. Entretanto, parece haver uma certa 'química' entre os garotos que obviamente é resultado direto da competência do treinador Rogério Micale.

É, sem dúvida, um torneio muito difícil e é preciso muito mais do que concentração para vencê-lo. Apesar disso, acho que nossos juniores têm condições de levantar a taça.

Na medida do possível, o FEF vai tentar acompanhar os jogos e comentar aqui seus resultados.

Ufa!

Belo Horizonte (Primeiro dia, de fato) - E, com o ano novo, as boas novas!

Que alívio!

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Vale a pena ver de novo

Belo Horizonte (Enfim, Ano II) -Ano novo, coluna nova. Há algum tempo que já pensava em criar este espaço, mas um monte de coisas ajudaram a adiar a idéia. E, ao contrário do que pensam muitos, 'ano novo' não é bom só pra começar dietas mirabolantes.

A seção VPVN começa relembrando um dos gols (senão O gol) mais importante da história alvinegra, o 'Maracanazzo' atleticano.



Sei que a blogaiada aqui tem memória de elefante e que se lembrarão dos mais belos e/ou importante gols do galo. Por isso, compartilhem conosco. Mandem pra gente gols que vocês acham que foram marcantes, golaços de placa ou gols de biquinho, não importa, ou simplesmente aqueles que vocês gostariam de relembrar e compartilhar
com a galaiada aqui do FEF. Enviem os links dos vídeos para futebol.freud@gmail.com.

É isso.

Ah! Feliz Ano II pra todos vocês!