Ah, o bom e velho Peixe escocês me faz voltar aos bons tempos de infância. Quando eu podia terminar a noite rouco de tanto gritar ao ver o Galão. Pois hoje vi um futebol que me levou a fazer da minha pequena sala uma extensão das arquibancadas do Gigante da Pampulha.
Não vou falar que foi aquele peixão... mas a pescaria teve boa demais! Jason foi em cima! Voltou da Bahia com a corda toda. Não veio de Dinorah, mas veio de Dinah.
O jogo respondeu minha questão. O ataque misericordioso não o foi. A zaga vacilante foi menos. O ataque cruel não foi tanto assim. A zaga ruim se confirmou.
Aranha: Só faltou a defesa salvadora pra dar o placar do Mamute. Mas, a verdade é que fez várias!
Carlos Alberto: Grosso, truculento, empolgado, sortudo. Mas falhou em um lance fatal.
Jairo Campos: Competente como sempre, mas nervoso em demasia.
Werley: Sério como sempre, mas não tão tranquilo.
Júnior: A velha virgem matou a pau no primeiro tempo. No segundo, mesmo com a lingua de fora, não decepcionou.
Zé Luis: Jogou muita bola. Na medida do possível, barrou a superioridade técnica do meio campo deles.
Correa: Bem na função tática, mas não tão produtivo.
(Jonílson): Entrou bem e cumpriu o que era determinado. Fechar ainda mais a retaguarda.
Fabiano: Jogou bem, mas foi afoito nas finalizações. Não precisava ter saído.
(Renan Oliveira): Lerdeza, Ruindade, Amarelão, Preguiça... o que é isto?
Ricardinho: Muito bem no primeiro tempo. Sumiu um pouco no segundo.
(Leandro): Entrou pra cobrir os ataques do lateral recém chegado. E o fez. Não partiu pro ataque.
Muriqui: Quem não faz, serve. E foi fundamental, na movimentação, nas trocas de passe e servindo o matador.
Diego Tardelli: O que dizer? Não foram três gols, só. Talvez, uma amostra de todas as suas qualidades.
Vanderlei Luxemburgo: Exceto a entrada do Renanzim, fez tudo certo. É, não podia ser perfeito. Mas ele bem que se esforçou pra isto. Bons tempos do Bestial.
Dia de cair favoritos? Perguntei mais cedo. E cedo mesmo foi a primeira mudança no placar. Aos 2 minutos, Carlos Alberto, com sua grosseira empolgação armou uma bomba, soltou um peteleco e a bola encontrou os pés de quem sabe guiá-la com maestria. O abafa santista começou a ameaçar. O empate esteve perto e parou nas traves. Mas daí pra frente, muito equilíbrio e momentos de domínio nosso. E de tantas chances que criamos, aos 39 ampliamos. Novamente o matador, um pouco irregular, fez o que de melhor um atacante pode fazer na pequena área. O êxtase total começava a tomar conta, até com uma certa irresponsabilidade de minha parte. Afinal, o adversário não era um qualquer. Por isto estava sendo tão bem marcado. Mas, numa distração, o primeiro tempo não acabou como gostaríamos. Bola na área, linha burra, gol do Robinho.
O segundo tempo foi quase uma repetição do primeiro. Quase porque colocamos novamente dois gols de vantagem e novamente caímos em uma bobeira geral. Mas não foi tão parecido assim, porque, se na etapa inicial houve uma parte equilibrada, com belas jogadas santistas, no segundo o domínio mineiro foi total. O terceiro gol do Tardelli foi uma pintura, principalmente ao ver os dois zagueiros correndo pro lado errado após seu corte. O gol Santista, por sua vez, começou fora da área, quando o meia deles (não lembro quem) ficou encebando na frente do Renanzim que nada fez, até encontrar o momento certo pro passe que desencadeou todo o lance.
A classificação está aberta, claro. Tenho bons motivos pra aceitar uma possível eliminação.
Mas neste momento, quero ressaltar que há tempos não via o Galo jogando com tanta autoridade, qualidade, em um jogo que realmente nos exigiu. Aliás, fico satisfeito em dizer que, apesar das bobeiras, tomamos dois gols feitos pelo adversário, e não entregues pela nossa zaga. Sim, os atacantes deles são muito bons. Nossa defesa chegou a ser superior em vários momentos. Naqueles em que distraiu, a superioridade de lá apareceu. Mas o saldo final está estampado no placar.
Jogamos bem, colocamos o melhor time do país na roda, fizemos do mineirão o inferno que prometemos (apesar duns surtos de vaia pro Renanzim que eu ouvi), pudemos soltar um grito contido, não daquele sofrimento que nos acomete, mas digno de toda a paixão alvinegra.
O segundo tempo foi quase uma repetição do primeiro. Quase porque colocamos novamente dois gols de vantagem e novamente caímos em uma bobeira geral. Mas não foi tão parecido assim, porque, se na etapa inicial houve uma parte equilibrada, com belas jogadas santistas, no segundo o domínio mineiro foi total. O terceiro gol do Tardelli foi uma pintura, principalmente ao ver os dois zagueiros correndo pro lado errado após seu corte. O gol Santista, por sua vez, começou fora da área, quando o meia deles (não lembro quem) ficou encebando na frente do Renanzim que nada fez, até encontrar o momento certo pro passe que desencadeou todo o lance.
A classificação está aberta, claro. Tenho bons motivos pra aceitar uma possível eliminação.
Mas neste momento, quero ressaltar que há tempos não via o Galo jogando com tanta autoridade, qualidade, em um jogo que realmente nos exigiu. Aliás, fico satisfeito em dizer que, apesar das bobeiras, tomamos dois gols feitos pelo adversário, e não entregues pela nossa zaga. Sim, os atacantes deles são muito bons. Nossa defesa chegou a ser superior em vários momentos. Naqueles em que distraiu, a superioridade de lá apareceu. Mas o saldo final está estampado no placar.
Jogamos bem, colocamos o melhor time do país na roda, fizemos do mineirão o inferno que prometemos (apesar duns surtos de vaia pro Renanzim que eu ouvi), pudemos soltar um grito contido, não daquele sofrimento que nos acomete, mas digno de toda a paixão alvinegra.