Duas derrotas consecutivas. Em ambos os casos, percebemos que tropeçamos nas próprias pernas. No primeiro, o ataque não foi aquele que vinha sendo. No segundo, a defesa também não. Resta ainda alguma dúvida que não estamos preparados, senão para um grande adversário, mas para um grande campeonato? Se tropeçamos nas próprias pernas, temos também que admitir que do outro lado havia adversários que se prepararam para fazer o que deveríamos ter feito: Neutralizar o oponente naquilo que ele tem de melhor. É assim que um time que deseja ser campeão se apresenta, mesmo quando não triunfa. O placar foi normal se olharmos na história do clássico. Anormal foi o comportamento em campo. Como diria o presidente, antes mesmo de sê-lo, o Time se borrou!
Aranha: Fez umas boas defesas, mas não parecia muito tranquilo.
Márcio Araújo: Na lateral, quase não ajuda o ataque.
(Pedro Paulo): Entrou na fogueira, mas quando teve oportunidade, deu no que deu.
Welton Felipe: Passou o jogo todo morrendo de medo do Adriano. E muito lento.
Werley: O mais razoável do setor defensivo. Não comprometeu.
Thiago Feltri: De médio pra ruim. Desperdiçou uma chance de reeditar o primeiro gol, ao ser fominha.
Renan: Dessa vez a lerdeza teve consequência. E olha que ele nem vinha tão mal assim.
Jonílson: Mais uma vez ficou com a bomba de pegar os restos do meio. Dessa vez não deu conta.
Serginho: Começou bem, mas depois ficou perdido.
(Marcos Rocha): Muito lento todo tempo. Perdeu feio na corrida no 3º gol.
Júnior: Péssimo. Andando em campo desde o primeiro minuto.
(Evandro): Melhorou um pouco. Mas não o suficiente.
Diego Tardelli: Errou todos os dribles, passes, etc.
Éder Luis: O mais razoável do ataque. Jogou sozinho no primeiro tempo e sofreu no segundo.
Celso Roth: Pedi muito o Marcos Rocha. Fui ingênuo. Ele não deveria ter sido. O rapaz entrou numa lerdeza que me faz entende o porquê da reserva. Mas a falha do Roth talvez tenha sido não mexer no time ainda no primeiro tempo, como fez em outra oportunidade. Era a única coisa que ele poderia fazer. Porque de tudo, ele mesmo disse o quanto ridículo estava o time. Aí, a culpa é mesmo dos jogadores.
Pré jogo de encher o saco. Todo mundo falando do conflito idiota entre as duplas de ataque. Embora alguns, como o Roth e o Renan tenham dito que a preocupação é com o time todo, isso não aconteceu em campo. A defesa tava tão preocupada com o Adriano que esqueceram que, mesmo em mal momento, o melhor jogador do mengo ainda é o Leo Moura. Pois ele acabou com o meio, com a zaga, com o jogo.
Primeiro lance de jogo: A história estava desenhada. Poderíamos ter tomado um gol logo. Mas cheguei até a pensar que seria como no ano passado. O Leo Moura perdendo um gol na cara e em seguida o Galo dando um show. E em seguida veio o gol numa jogada típica do Serginho, com bom posicionamento do Éder. Acabou aí.
A partir dos 20 minutos eu pedia desesperadamente que o juiz encerrasse o primeiro tempo. Em vão, claro. Suplicar aos jogadores não estava adiantado. Pedir aos céus, idem. Apelei pra sorte. Mas ela não veio. No final, veio a lógica e quem já ensaiava os gols fez logo 2 de uma vez.
No segundo tempo, quando eu já nem tinha tanta esperança - não pelo placar, mas pelo que vi no primeiro tempo - as coisas se equilibraram. Mas aí o meio campo do time se mostrou novamente inoperante. Discordei da substituição do Serginho porque, apesar de ser volante, ele tem dado mais perigo pro adversário do que os dois camisas 10 - Júnior e Evandro.
O terceiro gol não foi resultado da mesma exibição - das duas equipes - do primeiro tempo. Foi apenas o golpe de misericórdia. Que jogou na nossa cara a lentidão da defesa. Desesperador pensar que o time que até então vinha se destacando pelo conjunto e harmonia, apresentou-se completamente fragmentado.
Creio que a técnica ( com exceção dos camisas 10 que definitivamente não temos) não foi a questão pontual da partida. Mais uma vez, a postura do time ficou em xeque. Jogar mal acontece com qualquer um. Mas se apresentar daquela forma preguiçosa, medrosa, covarde, é inadimissível pra quem quer chegar em algum lugar.