("A gente vai contra a corrente
Até não poder resistir
Na volta do barco é que sente
O quanto deixou de cumprir
Faz tempo que a gente cultiva
A mais linda roseira que há
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a roseira prá lá..." Chico, campeão Brasileiro 2010)
Até não poder resistir
Na volta do barco é que sente
O quanto deixou de cumprir
Faz tempo que a gente cultiva
A mais linda roseira que há
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a roseira prá lá..." Chico, campeão Brasileiro 2010)
E assim, mais uma vez, terminamos o ano como começamos. Com um gosto amargo pelo que aconteceu ao longo do brasileirão, mas armando novo, projeto, reformulação, elenco de primeira sendo montado, sonhos, esperanças, e os mesmos blá blá blás. Lembremos como foi:
JANEIRO:
O ano iniciou com aquilo que o atleticano mais tem a se orgulhar: O passado. Daí, a coluna VPVN, contando com bons momentos do futebol alvinegro. Houve ainda algumas contratações comemoradas, como a volta do Cáceres e outras questionadas, como a do Zé Luis e Obina. Já sabemos hoje quem vingou e quem não deu conta. Mas as coisas estranhas começaram mesmo foram com a chegada do Rincón pra auxiliar do Fexô e do Tardelli, Wagner para fazer sei lá o que. Nesta celeuma, um ensaio. O Kalil filho e o fantasma do Pai.
FEVEREIRO:
Na cola do Luxa veio toda a sua (cara) comissão técnica. Coisas estranhas, parte 2. Aí vem o campeonato mineiro, com partidas pífias e mais uma derrota no clássico (acompanada dos tradicionais episódios de violência fora de campo). E o melhor treinador do Brasil vem com a desculpa de que não dá pra falar de competência num momento daqueles. Você que viu acompanhou o trabalho do homi até setembro, deve se lembrar...
MARÇO:
Assim como o problema não era novidade, a solução também não. Por aqui (e por tantos outros lugares legais que a gente vê na net) já se pedia pelo Renan. Mas o fexô era ôtôridade né... O time aos poucos foi se emendando no mineiro, mas houve tropeços estranhos na Copa do Brasil. De novidade, veio o uniforme. Não o de jogo, que ficou muito simplório, mas a hoje famosa camisa Rosa. E no dia de comemorar o ano II, homenagem ao Roberto Drummond.
ABRIL:
Pro cês verem como eu não tava lá muito bento, mal começou o quarto mês e eu já tava de saco cheio. Na copa, perdemos o Obina que acabou fazendo uma falta danada. Nos arrastamos no mineiro até a final inusitada, em que derrotamos o Ipatinga. É, o rival se borrou e não chegou lá. Na Copa do Brasil, tivemos o maior desafio e jogamos a melhor partida. Contra o jovem habilidoso e poderoso Santos de Dorival Júnior, jogamos o verdadeiro futebol no Mineirão (e eles também). Com alguma esperança, iríamos para SP tentar um feito heróico.
MAIO:
Campeão Mineiro, sem ganhar do rival que foi incompetente pra disputar conosco. Fizemos o dever de casa, com direito ao merecido presente dado( e recebido) pelo Marques. Saímos da Copa com honra, por não termos baixado a crista para um time que, em campo, definitivamente era melhor e soube sê-lo. E se houve um consolo para mais uma derrota, foi o de rever o bom futebol brasileiro. Da glória ao calvário. Começou o Brasileirão, com contratações dentro e fora de campo. A novela Diego Souza começava, veio o Daniel Carvalho e o Maluf, pra ser o homem do futebol. Mas o time continuava sendo apenas uma fotografia na parede. O clube com melhor CT do país ia de mal a pior na competição. Nisto, o Tom emplacou logo duas associações livres (aqui e aqui).
JUNHO:
Continuava a novela de goleiros e veio o Fábio Costa. Teve boas rimas ao longo do ano. Aí houve a pausa pra Copa do Mundo (à qual dispensamos menos quidado do que desejávamos), único motivo para diminuir as derrotas alvinegras. E enqaunto o time do Dunga dava ogeriza por lá, a gente continuava se preocupando por aqui. Mais uma vez valeu a nossa (a de Roberto Drummond) saudade pelo Galão, melhor que a seleção.
JULHO:
Voltou o campeonato e junto com ele vieram as derrotas. O fexô se machucou no rachão, mas quem andava ruim das pernas era o time inteiro. Terminou a novela Diego Souza e de quebra veio o Réver. Ainda assim, os resultados não vieram.
AGOSTO:
De cara, perdemos mais um clássico. Daqueles em que prevalece o clichê do detalhe que decide o jogo. O bolo do Luxa continuava encroado e ele insistia, dia após dia, a dizer as mesmas lorotas. Como se alguém desse crédito. Bom, talvez. Mas a gente se perguntava: e agora, Kalil? foi o que livremente associou o Jomar.
SETEMBRO:
Começamos a transferir idéias de cá pra lá, linkando coisas que também lemos pela net. Resolvemos Twittar também. Desde maio o time não jogava, então as notícias de verdade eram dos bastidores. Como gosta de ser, o Luxa parecia ser mais estrela que os demais e só lorotava. O Chefão, obnubilado, tinha dias que parecia não falar coisa com coisa. Mas, após um último vexame, deu o grito final. Tarde, mas, pelas circunstâncias, pontual. O DJ tinha acabado de ser demitido pelo Neymar e não havia melhor oportunidade para contratarmos um treinador. E em pouco tempo isto se concretizou. Milagres? Não, ele não faz. E em sua primeira partida, vimos que o trabalho seria difícil. Tudo poderia ter dado certo, mas deu errado. Alguma ideia?
OUTUBRO:
De trás pra frente. No fim do mês, um pequeno bate-bola com o Copo Sujo, com o sempre desagradável tema da violência. Voltando ao início. Minhas esperanças já tinham ido embora e eu ja tinha sacramentado a queda do time. Mas o Galo começou a ganhar. Conseguiu levar a Sula em banho maria, jogando com time misto e classificando. No clássico, deu um show contra as marias e finalmente uma vitória honrosa. Milagres? Será que o Dorival faz?
NOVEMBRO:
Mês de muita tensão, poucas postagens e quase todas acerca dos jogos. A não ser por uns restos de pesadelos e lembranças da era luxa, como a ideia de vir outro goleiro sei lá de onde. Abrimos mão da Sula, numa gentil troca de favores com os porcos alviverdes. Lá eles ficaram com a vaga, no Brasileirão ficamos com 3 pontos. E no final do mês, contra o rebaixado Goiás, espantamos de vez o rebaixamento que eu dei como certo. Milagres? O Dorival FEZ.
DEZEMBRO:
O alívio dos jogadores foi tanto que deram um tremendo vexame em São Paulo. Mas, graças à sorte que acompanha os competentes, o DJ contou com resultados que nos favoreceram e nos deixaram com a vaga pra Sula de novo (será que um dia ela será realmente disputada por nós?). Por falar em resultados, com o fim do campeonato, fui premiado pelo meu pessimismo com o Troféu Pitacos, seguido de perto pelo Tom e Daniel (ainda não esquecemos as premiações, mas é que os desencontros estão nos matando!). Aí vem os projetos, os planos, as contratações, reformulações. As saídas até agora tem sido boas. Só gente que não ajudou em nada. O Galo é o time que mais contratou. O que significa isto? O time está ficando mais forte ou estava muito horroroso? Estamos com bala na agulha ou voltamos a contratar "pros côco"? Os outros times estão bem armados ou o nosso está passando a perna neles? O mercado está bom pra nós ou, por estar fraco, ninguém quer mexer com isto?
Continuamos convivendo com incertezas. Muito me desagrada lembrar a famooooosa frase do fexô de que o Futebol não é uma ciência exata. Mas como qualquer ofício, exige competência. Se temos que conviver com a incerteza, que pelo menos tenhamos meios para driblar os inconvenientes, chutar as pedras do caminho. Ou será que os últimos campeões viveram num mar de rosas? Como diz o Kalil, o Atlético é um time como qualquer outro. Compra e vende. Agora falta vencer.
A todos, um grande 2011, no ano III alvinegro!
("No peito a saudade cativa
Faz força pro tempo parar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a saudade prá lá ...
Faz força pro tempo parar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a saudade prá lá ...
Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração...")
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração...")